quinta-feira, 26 de agosto de 2010

OPERAÇÃO EM POSTOS DE EMPRESÁRIOS APREENDE CARROS E R$400 MIL

Caminhão roubado também foi encontrado

A Polícia Civil cumpre na tarde desta quinta-feira, mandados de busca e apreensão em cinco postos de combustível no município de São Sebastião, região Agreste de Alagoas. De acordo com informações do delegado Antônio Barros foram apreendidos cerca de 10 carros sem placa, 10 gaiolões e dois caminhões; um deles com combustível que supostamente seja adulterado.

De acordo com o delegado Barros, há denúncias de sonegação fiscal e desmanches de carros na região. O mandado expedido pelo juiz João Luiz de Azevedo determina a apreensão dos carros, a interdição dos postos do empresário Genival Ferreira e tudo o que estiver nos cofres; um valor que chega a R$400 mil.

O chefe da operação Asfixia, Daniel Pinto, lembrou que essas investigações são do ano de 2008. “As investigações começaram em 2008, hoje conseguimos realizar esta operação. Nós apreendemos cerca de 20 carros, e tudo o que estava no cofre do dono dos postos, no valor de R$400 mil”, frisou Daniel Pinto.

Os bens apreendidos do empresário estão no pátio da delegacia de São Sebastião, e a Polícia Civil aguarda um perito que chegará na manhã desta sexta-feira, 27, para fazer análises dos produtos apreendidos, e determinar a procedência do combustível.

O delegado Antônio Barros lembrou que um dos caminhões apreendidos era roubado e quem prestou queixa foi o próprio funcionário “laranja” do empresário, conhecido na região como 'Geová do Posto'. - Fonte: www.cadaminuto.com.br

ONGUE REQUER AO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL ACESSO ÀS PRESTAÇÕES DE CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL E DA SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER

ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL DE OLHO EM SÃO SEBASTIÃO
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Of-“ONGUE”-036/2010
São Sebastião, Alagoas, 23 de agosto de 2010

Assuntos: agradecimento, considerações sobre despesas da CM e da SEMEL, não-disponibilização e descumprimento da legislação, prejuízo à população, reiteração do pedido de providências jurisdicionais

Senhor Promotor,

Em aditamento ao ofício aí protocolizado em 25/05/2010, sob o nº (não consta) e considerando os termos do despacho de f. 07-verso, do respectivo procedimento, esta Ongue aduz e requer:

Inicialmente – agradece a intervenção de V. Exª, no sentido de requisitar e disponibilizar à população são-sebastiãoense a cópia do Balanço Municipal de 2009, fato que foi objeto de matéria (in)formativa em uma das edições de o OLHAR! e no blogue desta Ongue, cópias anexas.

Considerações sobre o orçamento e o balanço municipais - no pertinente às despesas da Câmara Municipal (CM) e da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL), constatam-se diversas possíveis irregularidades. Esta foi a conclusão a que chegaram os participantes dos módulos 4 e 5 de mais uma das edições do Curso de Noções sobre Administração Pública Municipal (CENAPE).

As irregularidades praticadas pela CM há muito são denunciadas à Promotoria de Justiça (PJ) e ao Tribunal de Contas Estadual (TCE). Todavia, as possíveis práticas de improbidades administrativas e de crimes, comuns e de responsabilidade, parecem-nos, que não têm fim ou sequer têm diminuído. A planilha comparativa, ora anexa, também já protocolizada nessa PJ, bem demonstra os fatos e os fortes indícios de malversação de recursos municipais pelo Poder Legislativo local.

Tudo está a indicar que os nossos parlamentares continuam a acreditar na impunidade.

As informações do orçamento e do balanço, com respectivos dados e valores das despesas, não deram aos participantes a certeza da honestidade administrativa. Motivo por que há a necessidade de acesso à prestação de contas ou à documentação que originou os valores dos gastos legislativos ou da execução orçamentária.

As irregularidades praticadas pela Prefeitura também têm sido denunciadas ao TCE e à PJ. Aprofundando os debates sobre as contas de governo, a partir do ano passado, esta Ongue passou a analisar o orçamento e o balanço de alguma secretaria municipal. Em 2008, analisaram-se os dados da Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAG). Indícios de irregularidades confirmaram as fortes suspeitas da população agrícola, cópia anexa.

Naquela SEMAG a situação não era das mais legítimas. Todavia, nenhuma providência a V. Exª ou ao TCE foi solicitada, na época.

Nesse ano, em 2 debates e após a requisição de V. Exª, estudaram-se o orçamento e o balanço da SEMEL de 2009. Conforme planilha anexa, os participantes dos módulos do CENAPE chegaram à conclusão de que existem muitas irregularidades e de que algo precisa ser feito, no sentido de dar legitimidade, legalidade e publicidade à política pública municipal de desporto. Até como forma de contribuir, efetivamente, para impedir que a juventude seja atraída por atividades e atitudes perigosas e perniciosas.

As informações do orçamento e do balanço, com seus dados e valores das despesas, cópias anexas, não deram aos participantes do CENAPE a certeza da honestidade administrativa. Daí, também, a necessidade de acesso à prestação de contas ou à documentação da SEMEL que deu origem aos valores dos gastos desportivos ou da execução orçamentária da referida Secretaria.

Não-disponibilização das contas e descumprimento de prefeitos legais – pela Prefeitura e CM são a tônica, por todos reconhecida. Tanto a Prefeitura como a CM não disponibilizam as respectivas prestações de contas ou sequer os correspondentes balanços, que são documentos sintéticos daquelas.

Esse fato – a não-disponibilização da prestação de contas – de forma direta impede a efetivação do controle social sobre a gestão pública e caracteriza, no nosso sentir, crime de responsabilidade e improbidade administrativa, além de infração político-administrativa.

A não-disponibilização violenta os artigos 31, parágrafo 3º, da Constituição Nacional (CN), 36, parágrafo 2º, da Constituição Estadual (CE), 33, parágrafo 3º, da Lei Orgânica Municipal (LOM) e 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), bem como a diversas disposições e finalidades do Estatuto da Cidade.

A não-disponibilização da prestação de contas tem a clara intenção de impedir à sociedade o exercício do direito consignado nos parágrafos 3º e 4º, do artigo 33, da LOM e, por isso, as diversas “incongruências” não tiveram as respectivas ilegitimidades questionadas, no prazo legal e somente agora.

Essa condenável situação foi levada ao conhecimento do TCE por esta Ongue, conforme cópia anexa. No referido ofício, solicitou-se do TCE, a devolução da prestação de contas à CM, para que esta dê integral cumprimento às determinações constantes dos dispositivos jurídicos acima mencionados, além dos princípios da administração pública.

Tergiversação que comprova irregularidades - da própria CM e da Prefeitura. Na tentativa de explicar-se, por intermédio do ofício de f. 7, a CM confirma que não cumpriu as diversas determinações que lhe são impostas pelo art. 33 da LOM, bem como por outras disposições legais.

A CM chega a afirmar, inclusive, que a ilegalidade foi praticada pelo prefeito Zé Pacheco, que não teria cumprido o disposto no parágrafo 1º, do artigo 33 da LOM. No entanto, não consta o carimbo, com data e horário da protocolização na CM.

Logicamente, faz sepulcral silêncio sobre o disposto no parágrafo 2º, do artigo 33, da LOM.

Considerando os termos do ofício de f. 3-4, remetido por esta Ongue à CM, percebe-se que a CM também violentou o artigo 270 de seu Regimento Interno (RI), quando sonegou fornecer uma certidão de inteiro teor do balanço ou a cópia do mesmo, fato que necessitou e levou à pronta intervenção dessa PJ.

Orçamentos, despesas e valores fortemente questionáveis - em virtude de diversos fatores. Analisando-se os orçamentos da CM e da SEMEL, cópias anexas, percebem-se valores que não estão representados nos correspondentes balanços.

A título de exemplo: o orçamento da CM informa que o próprio parlamento determinou gastos R$120 mil, com diárias; R$60 mil, com material de consumo; R$13 mil, com serviços de terceiros – pessoa física e R$288.000,00, com indenizações. Neste orçamento, os gastos fixados foram de R$1.123.700,00

No respectivo balanço, no entanto, surgem outros valores e sem explicação alguma. São R$247.768,00, para diárias; R$220.158,00, para material de consumo; R$90.954,48, para serviços de terceiros – pessoa física e R$57.536,81, para indenizações e restituições. Neste balanço, os gastos determinados foram de R$1.346.345,10.

No orçamento da SEMEL aparecem R$1.100.000,00, com obras e instalações; R$15 mil, com serviços de terceiros – pessoa física e R$20 mil com material de consumo. Na LOA, o total de gastos fixado foi de R$1.227.000,00

O correspondente balanço informa valores diferentes. São R$191.793,34, para obras e instalações; R$57.467,90, para serviços de terceiros – pessoa física e R$37.291,50, para material de consumo. Neste balanço, o total de gastos determinado foi de R$394.682,74.

Uma balbúrdia só. As despesas informadas nos balanços são por demais estranhas. Têm (in)exatidões duvidosas e gastos, no mínimo, exacerbados. O balanço da CM informa que foram gastos R$247.744,00, com diárias para 8 vereadores e uma vereadora; R$218.946,09, com material de consumo; R$89.954,48, com serviços de terceiros – pessoa física e R$57.536,81, com indenizações e restituições. Foram gastados R$1.344.109,10, diferente do aprovado no orçamento e do informando no próprio balanço.

No balanço da SEMEL a situação também é bastante complicada. Existem dotações e gastos que não foram aprovados. Contrato por prazo determinado, R$10.230,00; premiações, R$3.500,00; material de distribuição gratuita, R$400,00 e aquisição de imóvel, R$2.000,00.

Teria havido lei de crédito adicional especial? No balanço não há resposta a essa e outras indagações.

As despesas determinadas e efetuadas ou não compõem algo que traz muitas indagações. Obras e instalações, R$00,00; serviços de terceiros – pessoa física, R$57.467,90 e material de consumo, R$36.291,50. Total executado ou investido no ano: R$159.336,93.

Esses fatos demonstram a deliberada construção de um aparente “orçamento de ficção”, conforme parlamentares e prefeitos gostam de propagar, e, estranhamente, alguns estudiosos reforçam esse discurso enganativo, quando a Constituição Nacional e legislação infraconstitucional afirmam que o descumprimento da lei orçamentária é delito ou improbidade administrativa.

Essa calamitosa situação é a razão por que Prefeitura e CM não realizam o orçamento participativo e escondem o próprio orçamento e o balanço correspondente, violentando diversos princípios constitucionais, da administração pública e de Direito Administrativo, além de inúmeros dispositivos jurídicos definidores de uma boa gestão pública.

Acesso à prestação de contas - nos módulos do CENAPE chegou-se ao consenso da necessidade de requerer-se o acesso à documentação ou à prestação de contas da CM e da SEMEL, com a finalidade de averiguar-se a veracidade, legalidade e legitimidade dos respectivos gastos, em conformidade com os correspondentes orçamentos e balanços.

Na verificação e na análise das contas estará presente, possivelmente, um integrante de cada uma das seguintes instituições: Ongue, SINTEAL, SINDSPMES, ADEFISS, FECOM, SINDACS, FCOP-AL, Instituto Sílvio Vianna e FOCCO, sob a coordenação do Instituto Federal de Controle (IFC), que, em municípios de vários Estados, já coordenou e coordena diversas dessas verificações e análises, sob o manto da “Caravana ‘Todos Contra a Corrupção’ ”, conforme cópia anexa.

Considerando-se a singularidade da situação, convida-se, também, essa douta PJ a participar das referidas verificações e análises, como instrumento de garantia da efetivação do regime democrático e da democratização da gestão pública, fomentando e estimulando o controle social, em razão do alcance de seus resultados.

Portanto, considerando que as informações e os valores do orçamento e do balanço de 2009 precisam ser checados e comprovados com os documentos que lhes deram origem, como forma de combater-se a possível malversação dos recursos municipais ou, então, certificar-se a honestidade administrativa, solicita a V. Exª:

a) – requisitar à CM a documentação ou a prestação de contas que deu base às informações e aos valores consignados no seu balanço de 2009, inserto no Balanço Geral deste Município;

b) – requisitar à Prefeitura a documentação ou a prestação de contas correspondente às informações e aos valores consignados em seu Balanço Geral de 2009, pertinentes à Secretaria Municipal de Esporte e Lazer;

c) – requisitar, ao menos, um servidor da CM e um da SEMEL para acompanhar a verificação e a análise da respectiva documentação ou prestação de contas;

d) – requisitar espaço adequado para colocar a documentação ou a prestação de contas à disposição, averiguação e análise; sugerem-se como locais: o Plenário da CM, quanto à correspondente prestação de contas e as dependências da SEMEL, no Clube Municipal Mulher Rendeira, quanto à documentação da referida Secretaria de Esportes;

e) – designar uma data (um só dia, entre a 3ª e 5ª feiras) e dois períodos (o da manhã, das 07:30 às 12:00 horas e o tarde, das 13:00 às 17:30 horas) para o desenvolvimento das atividades fiscalizatórias, considerando-se que dois dos participantes virão de Maceió e um de Brasília, possivelmente; sugere-se que na SEMEL seja no período da manhã e na CM seja no período da tarde.

Sobre estas atividades será elaborado e divulgado circunstanciado relatório, consignando-se as possíveis irregularidades ou certificando-se a probidade das administrações fiscalizadas, CM e SEMEL.

Requer, ainda, as providências jurídicas que essa PJ entender cabíveis, no sentido de coibirem-se as ilegalidades supramencionadas, dando cobro à existente impunidade, decorrente das possíveis práticas de improbidade administrativa e de crime de responsabilidade.

Em mais esta oportunidade, reiteram-se a V. Exª e a tod@s que fazem essa Promotoria de Justiça, votos de apreço e de distinta consideração.

José Paulo do Bomfim
Conselho Comunitário da “ONGUE”
(82) 9971-2016

A Sua Excelência o Senhor
Doutor Max Martins de Oliveira e Silva
Digníssimo Promotor de Justiça da Comarca de São Sebastião, Alagoas
SÃO SEBASTIÃO – AL

ONGUE ENVIA MANIFESTAÇÃO AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL SOBRE PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO QUE APURA DENÚNCIAS

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Of-“ONGUE”-029/2010

São Sebastião, Alagoas, 10 de julho de 2010

P. A.: nº:1.11.000.000467/2006-14

Assuntos: Manifestação sobre procedimento investigatório

Senhor Procurador,

Considerando os termos do vosso despacho de f. 11, as declarações por mim prestadas em 10/05/2010 (8 anos e 5 dias após a protocolização da representação) e expediente aí protocolizado em 16/06/2010, mediante o qual solicito a prorrogação do prazo para apresentação desta manifestação, em razão de ter sofrido um acidente automobilístico, passo a fazer as considerações abaixo.

Inicialmente – Agradeço a prorrogação do referido prazo para apresentação desta extensa manifestação. A extensão deve-se à compreensão da relevância dos próprios fatos e da luta para ver-se prosperar o próprio controle social, que é uma das ações para melhorar a qualidade de vida municipal.

A representação foi formulada em 05/05/2002, quando vivíamos uma grande angústia em razão das indiretas ameaças à vida. O medo e os comentários sobre a possibilidade de integrantes da Diretoria do Partido dos Trabalhadores (PT) serem eliminados eram tamanhos que, além da representação, publicou-se uma edição extra do informativo LEIA! e cuja matéria de capa foi: “S. O. S. PARA SÃO SEBASTIÃO” e a matéria “Clamou de S. O. S.”, intitulava o texto da representação, cópia do jornal em anexo. Esta edição foi remetida para diversos órgãos públicos e instituições privadas, na busca de socorro.

Apesar do tempo decorrido para a tomada de providências, fato que gera impunidades e, realmente, contribui para o descrédito nas instituições fiscalizadoras e nas julgadoras, e total desânimo para quem promove, fomenta e atua no controle social, entendemos que há algumas pendências quanto aos termos daquela representação.

No mínimo, a restituição dos recursos possivelmente desviados. Mas, como apurar irregularidades depois de tantos anos?

Instituições nacionais - Em nossas intervenções durante as atividades do Fórum de Controle de Contas Públicas (FCOP-AL) sempre ressaltamos os agires e a reconhecida sobrecarga de trabalho das instituições nacionais e percebemos que esse sentir é compartilhado por muita gente, esperançosamente, ainda.

Ultimamente, muito se comenta sobre a atuação da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Polícia Federal (PF), da Justiça Federal (JF), do Ministério Público da União, por intermédio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e desse Ministério Público Federal (MPF).

Instituições estaduais - Quanto à atuação das instituições estaduais, o sentimento é de que a inoperância das mesmas é a regra. Inclusive do Ministério Público Estadual (MPE), que, no mínimo, não tem uma intervenção no sentido de fazer cumprir o Estatuto da Cidade (EC) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), especialmente o concernente nos artigos que impõem o dever de transparência administrativa a todas as gestões públicas municipais.

Mesmo o FCOP-AL já remeteu diversos ofícios a promotorias de justiça e até à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), consoante algumas cópias anexas da representação nº2.949, de 18/11/2008 e audiência de 23/11/2009, em que estavam presentes representantes de 16 municípios, mas, com exceção da Promotoria de Justiça (PJ) de Jirau do Ponciano, nenhuma solução houve.

Entidades que compõem o FCOP-AL, como esta, têm diversas representações não solucionadas quer pelo MPE quer pelo Tribunal de Contas Estadual (TCE). Aliás, dentro do possível, esses fatos têm sido denunciados através do blogue do mencionado Fórum e de seu informativo FOCCOPA!, algumas edições em anexo.

Como o Ministério Público (MP), possivelmente, o Estadual, não faz cumprir as normas pertinentes à transparência administrativa, as gestões de prefeituras e de câmaras não apresentam à população a prestação de contas, sequer o balanço. Aliás, ofícios de determinados promotores de justiça não são respondidos por determinadas gestões.

No entanto, alguns agentes ministeriais ficam a solicitar de quem faz controle social a comprovação das alegações, que têm como fundamento documentos aos quais essas lideranças não têm acesso.

O MP deve agir de ofício para fazer cumprir a legislação. Mas... Como enfrentar poderosos prefeitos e vereadores, amigos dos cargos e, muitas vezes, supostos amigos pessoais ou até parentes?

A Rede de Controle Social, organizada pela AMARRIBO e a Articulação Brasileira de Combate à Corrupção e à Impunidade (ABRACCI) entendem que o Ministério Público, face à reconhecida ausência de transparência administrativa das gestões executiva e legislativas, deve requisitar a documentação ou determinar que as gestões a coloque à disposição da sociedade, como determina a legislação e não solicitar a documentação de quem não tem acesso à mesma.

Na qualidade de integrante do FCOP-AL e em contatos telefônicos ou pessoais recentes, diversas entidades informam que têm ofícios não atendidos por municípios e por câmaras e, também, sobre providências não tomadas pelo MPE. Aliás, isto foi conversado com o Procurador Geral de Justiça, quando de audiência ocorrida em 23/11/2009. Todavia, a situação posta naquela oportunidade ainda não foi modificada.

Universotária ou Universoroubária - Ideologicamente, tenta-se incutir na sociedade que os não escolarizados são os culpados pelas roubalheiras e demais malezas do País, mas não lhes dão a escolaridade necessária para acabar com esses males.

O MPE sequer faz os municípios universalizarem a educação infantil, mas participa de festas e até homenagens aonde a criançada sem direito à escola aparece com frequência. Talvez sejam essas “amizade” que fazem alguns gestores mandarem procurar o MP, quando têm questionado a legitimidade de suas ações e a prática de seus atos administrativos ou até mesmo o descumprimento da Lei Orgânica Municipal.

Daí debater-se que as atribuições do MP precisam ser melhores planejadas e priorizadas no sentido de que as suas ações na defesa do regime democrático, da ordem jurídica e dos interesses indisponíveis tenham como foco a repercussão social, otimizando as ações para que as mesmas tenham maior impacto social e atendam aos interesses da sociedade e não ações para atendimento individuais, com pouca ou nenhuma relevância para a sociedade.

No entanto, quebrando-se um construído silêncio, os fatos chamam à responsabilidade as universidades e as faculdades alagoanas. Não só em São Sebastião, mas também em outros municípios alagoanos, os “grandes ladrões do dinheiro público” são quase todos doutores ou pessoas pouco escolarizadas, mas cercadas e orientadas por doutores.

Cria-se, então, a configuração do “entorno corruptível” ou das “ações técnicas de construção da corrupção”, no dizer de Weber Abramo, da Transparência Brasil e especialista em estudos de combate à corrupção e à impunidade.

Essa triste realidade motiva a João Luiz Woerdenbag Filho, conhecido artisticamente por Lobão, usar as expressões universotária ou universoroubária quando quer afirmar que as universidades brasileiras não formam pessoas para fomentar a ética e a honestidade, sendo entidades que, na prática, têm péssima visualização da realidade e omitem-se em fazer o debate de o porquê de muitos daqueles que por ali passam tornarem-se “larápios ou continuam a sê-los, agora bem qualificados” e, naturalmente, os responsáveis pelos os índices sociais que Alagoas detém.

Irregularidades, áreas de infringência e prescrição – No nosso modesto entender, os diversos tipos de irregularidades praticadas por três ex-prefeitos e uma ex-prefeita podem infringir áreas dos direitos Administrativo, Civil, Eleitoral e Penal.

No administrativo teríamos, no mínimo, a prática improbidade administrativa e no penal poderia haver a prisão de quem praticou crimes, comum e/ou de responsabilidade e foi condenado. Nestes procedimentos, a demora no agir leva à prescrição das ações judiciais correspondentes e, pois, à impunidade.

No eleitoral teríamos, por determinado período, a inelegibilidade por pura disposição legal ou mesmo depois de declarada pela Justiça Eleitoral (JE) e no cível teríamos o ressarcimento dos recursos desviados, sendo que não há prescrição para obstar a restituição dos recursos surrupiados.

Representação objeto desta manifestação – Conforme posto naquela representação e em vosso bem resumido despacho de f. 11, 4 itens foram focados:

1 – Maria Helena Lisboa de Almeida - desvio de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em 1991, no valor total de Cr$6.339.000,00, ex-prefeita e odontóloga, então no Partido Social Cristão (PSC).

Com relação a essa situação, reputamos, em parte, solucionado o problema.

No julgamento do processo nº TCU 200.206/95-8, o TCU condenou a ex-gestora por ter desviado os dinheiros e determinou a devolução dos recursos desviados. Após o calvário percorrido pelo processo nº 2004.80.00005600-4, na Justiça Federal, quando a ex-prefeita sofreu bloqueio de bens e salários, a Advocacia Geral da União (AGU) consegui fazê-la efetuar o “completo ressarcimento ao erário” dos valores desviados, conforme ofício datado de 05/03/2010, cópia anexa, eis que não foi protegida pela prescrição.

Quanto à questão eleitoral, a ex-prefeita observou o disposto na Lei das Inelegibilidades, Lei Complementar Federal nº 64/90. O prazo de sua inelegibilidade já decorreu e comenta-se que a ex-gestora será candidata nas próximas eleições municipais.

Quanto à questão criminal, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) declarou a prescrição da punibilidade, conforme processo nº.0004387-09.2005.4.05.0000. A ex-prefeita, portanto, “está livrinha da silva”, como gracejam aliados, reforçando essa cômica expressão por outra também bastante conhecida “viram, que não adianta?”

Aliás, vale como registro histórico. Não poucas vezes, ouvimos chacotas de seus adversários dizendo que era melhor chamar o “4º Poder” - a criminalidade - de que chamar as instituições oficiais. Esses comentários se referiam ao fato de a ex-prefeita ter sido seqüestrada em São Sebastião, quando ela e seus bens não eram localizados pela polícia e pela justiça.

As chacotas pararam, após a divulgação da notícia de que a ex-prefeita teve seus salários e bens bloqueados e, assim, devolveu o dinheiro.

Pendente, apenas, informar à população o valor da restituição em moeda atual e atualizado. Com essa última providência, entendemos ter havido resposta à pergunta “CADÊ O NOSSO DINHEIRO”, posta na página 03 do jornal LEIA!, cópia anexa.

Quanto à improbidade administrativa, acreditamos que a ação sequer foi ajuizada e a ex-prefeita teria sido beneficiada pela morosidade que levou à prescrição e, consequentemente, à impunidade também nessa área.

2 – José dos Santos Nunes – O comerciante, agropecuarista, ex-prefeito e atual vice-prefeito pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em 1997, foi denunciado pelo possível desvio de R$225.000,00, que eram destinados à construção da Barragem Rancho Alegre, no então povoado Baixa Preta,vizinho ao centro de São Sebastião.

Quando investigava a denúncia sobre a Barragem Rancho Alegre, o MPF encontrou a inexistência de uma outra barragem no povoado Riacho Seco, no valor de R$200.000,00, na região Norte deste Município, na divisa com Arapiraca.

Portanto, constataram-se a inexistência de dois açudes no valor de R$425.000,00. O do povoado Baixa Preta e o do povoado Riacho Seco. Com a tramitação das investigações, noticiou-se que a barragem do Riacho Seco teria sida construída no povoado Lagoa Seca. No entanto, este é um pequeno açude e, possivelmente, foi superfaturado.

Ante a descoberta do valor do mesmo, a origem do dinheiro e o debate sobre superfaturamento, além de outras irregularidades, técnicas, inclusive, retiraram a placa que informava “construído com recursos próprios”. Aliás, esse tipo de placa é uma constante nos municípios, sem que haja comprovação de que “recursos próprios” são esses.

A matéria “AÇUDES CONINUAM DESAPARECIDOS” informava que:

“Em 1997, o PT denunciou ao TCU e ao MPF o desaparecimento do açude do Baixa Preta, no valor de R$225 mil. Estranhamente, o TCU pediu provas da inexistência do desditoso açude.

O MPF, apurando a denúncia do PT, agravou a situação do ex-prefeito José dos Santos Nunes. O MPF informou que o açude do Baixa Preta não existe e que sobre um outro açude, que deveria ter sido construído no povoado Riacho Seco, sequer há informação sobre o mesmo. Com certeza, em razão da seca que atinge aquela abandonada região de São Sebastião, os R$200 mil daquele açude evaporaram.”

No nosso entender, esse próprio MPF, por intermédio do procedimento administrativo nº08102.000.159/97-94, em seu parecer confirmou a denúncia, quando constatou que:

“...Verificando os convênios do município, vislumbra-se que:

a) o Convênio118/96, tendo como parte o Ministério do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos da Amazônia Legal, possui como objeto a construção de açude, na localidade de Riacho Seco com repasse de 200.000,00 (duzentos mil reais );

b) já o Convênio 0.93.95.0027/00, assinado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale de São Francisco – CODEVASP, possui como objeto a construção de Barragem em Rancho Alegre, com a liberação de 225.00,00 (duzentos e vinte e cinco Reais).

Sopesando as informações dos convênios com a Tomada de Preços, percebem divergências, pois, o objeto da licitação é construção de duas barragens, e pelos convênios firmados há apenas uma barragem, que, no entanto, não foi executada conforme Ata de Inspeção (fl.74).”

Moral da história: segundo a licitação que a empresa PLANENGE ganhou, via procedimento de Tomada de Preços, duas barragens deveriam ter sido feitas, mas a licitação foi apenas para uma barragem e mesmo esta não foi construída.

Uma baita confusão!

No entanto, informações sobre o superfaturamento do açude do povoado Lagoa Seca e todas as demais irregularidades sobre a sua construção não foram mais divulgadas à sociedade. Na época, o ex-prefeito disse que o açude do povoado Baixa Preta foi construído no povoado Lagoa Seca e o do Riacho Seco foi construído no povoado Curralinho.

Mas, como colocado na atualização da matéria “Clamou de S. O. S.” (PS):

“...Lá (no povoado Curralinho, na região Sudeste deste Município) existe um açude sim. Construído pelo DNOCS, nos idos de 1956/56,”.

Aparentemente, nada há de verdadeiro nas alegações do ex-gestor Zé Nunes.

A partir daí faltou-nos forças e não soubemos mais nada a respeito das apurações, objeto do procedimento retromencionado.

Se não já ajuizadas as ações judiciais de improbidade administrativa e penal, acreditamos que haja a prescrição das mesmas.

Na área cível, entendemos restar a busca da restituição dos valores desviados, o que faria a impunidade não se tornar ampla, geral e irrestrita.

3 – José Pacheco Filho – A chamada “questão-do-leite” até agora só beneficiou o ex e atual Prefeito, então no Partido Progressista Brasileiro (PPB), oftalmologista de renomada e sua esposa Arlete Regueira Pacheco, odontóloga e professora universitária, que não se acanharam de malversar os recursos públicos municipais destinados às pessoas carentes.

Não houve punição alguma e ainda não há a restituição dos recursos desviados.

Assim, parte da matéria e a pergunta “Programa do Leite? Ainda!” (página 07, do LEIA!) continuam em aberto.

O relatório da auditoria efetuada por técnicos do Ministério da Saúde (MS) constatou diversas irregularidades na execução do programa. Todavia, a conclusão da referida auditoria disse que não havia irregularidades. Um dos servidores que assinou a auditoria, quando foi procurado naquela época pelos militantes do PT, disse que a conclusão “saiu desse jeito por causada do copia cola”, mas que ele mantinha o teor do texto do relatório e que realmente havia irregularidades.

Apurando a denúncia, por intermédio do procedimento PR/AL nº08102.000116/99-43, em julho de 2001, o MPF em relatório concluiu que:

“...Existe nos autos, indícios de possíveis ocorrências de crime, uma vez que o próprio relatório de auditoria frisa que o preço do leite está acima do praticado no mercado.Esta PR/AL, após diligenciar, constatou que a licitante vencedora nunca existiu no endereço apresentando na Declaração de Firma Individual quando da sua abertura em 06/11/1996 (após a eleição do Prefeito) e que essa licitante encontra-se com a inscrição cancelada na Secretária da Fazenda desde 31/10/1998. Informa a SEFAZ/AL, que a Nota Fiscal extraída, não foi autorizada.”

No âmbito penal, em razão do foro privilegiado, o processo ficou a transitar entre a 1ª e 2ª instância da Justiça Federal. No entanto, em decisão inacreditável para o senso comum, mesmo ante todos os indícios de ilícitos, nos autos do processo nº0009147-96.2001.4.05.8000, o TRF-5 disse que não havia crime e determinou o arquivamento do inquérito.

Em razão de fatos semelhantes a esse é que muita gente diz que há conivência do judiciário e até mesmo alguns magistrados dizem que o judiciário promove a impunidade e a reiteração dessas práticas, como o atual prefeito Zé Pacheco tem feito e agora mais sorridente e amigos de determinadas autoridades.

O que dizer o estômago de nossas pobres e desnutridas crianças?

O relatório de uma estranha auditoria do MS, a Polícia Federal (PF) e o MPF dizem uma coisa e o judiciário diz outra. Quem estaria com a razão ou fazendo justiça?

Poderia haver o desarquivamento e o reinício do procedimento penal? Teria havido a interrupção do prazo prescricional e ainda considerando que prescrição não foi declarada pela justiça?

Na área administrativa, parece-nos que a ação de improbidade administrativa não aconteceu e que o prazo para seu o ajuizamento já prescreveu.

No âmbito cível, não se tem informações da propositura da ação para obter a restituição do dinheiro possivelmente desviado. Todavia, parece-nos que não há prescrição para buscar-se essa restituição.

Queixa-crime - Mesmo com o relatório da auditoria do MS que informa a prática de diversas irregularidades, do posicionamento da PF de que houve malversação de recursos e do parecer do MPF, posto acima, procurando fazer intimidação a toda a sociedade e a militantes sociais, ex e atual 1ª dama, Arlete Regueira Pacheco entrou, no início de 1999, com um processo de queixa crime contra os então integrantes da Diretoria do PT, mas continuou naquela gestão e continua na atual a praticar diversas irregularidades.

Durante longo período ficamos respondendo a perguntas do tipo: “quando vocês serão presos?” ou comentários do tipo: “tá vendo que não adiante mexer com gente grande?”

O processo nº037.08.500676-5 (antigo nº2.699/1999), em junho/2010 e antes de ouvirem-se os técnicos auditores do MS, como testemunhas indicadas pelos réus José Paulo do Bomfim, Maria Solange da Silva, Edi Paulo de Oliveira e Rosiana Quitéria Pereira dos Santos, como diz a matéria “PORCESSADOS!”, também prescreveu e foi extinto pelo judiciário.

Só, aparentemente, a impunidade teria funcionado para cá e para lá, igualmente.

4 – Manuel Sertório de Queiroz Ferro – integrante do Partido Liberal (PL) e ex-esposo de Maria Helena Lisboa de Almeida. A inexistência de licitação aconteceu para várias obras. Duas mais importantes: Escola Municipal de Educação Básica Professora Maria de Queiroz Ferro, no bairro Campo e Centro Educacional e Tecnológico de Agricultura Social e Familiar (CETASF).

Aliás, nesse ano, o atual prefeito Zé Pacheco praticou mais uma irregularidade: destruiu este moderno centro educacional (CETASF) e a coisa está em apuração no MPE desta Comarca.

Também a não comprovada compra do Centro Educacional Padre Antônio Coutinho (CEAC), no povoado Canabrava. Respondendo a ofício, o então Prefeito apresentou uma avaliação de mais de R$700 mil, mas não apresentou a escritura pública.

A empresa fantasma era a Resplendor Construções Ltda., cujo endereço na época era na cidade Satuba. Lá estivemos e a empresa não existia e nem os sócios residiam nos respectivos endereços. Não se tem a comprovação das construções que ela realizou e nem encontramos empregados dessa empresa em São Sebastião.

Não fugindo ao costume e até que se saiba, o TCE deu o silêncio como resposta, apesar dos vários ofícios protocolizados.

Através de ofício protocolizado sob o nº2052/2001-93 a FUNASA foi comunicada sobre as irregularidades. Não temos informações se as mesmas foram apuradas. Aliás, em São Sebastião, o comportamento da Fundação Nacional de Saúde tem tido emblemático e, possivelmente, conivente com a corrupção na atual gestão.

As irregularidades sobre o então FUNDEF foram apuradas e levaram à condenação do ex-prefeito, por improbidade administrativa. Segundo comentários, o ex-prefeito e alguns servidores e servidoras já estão, inclusive, com bens bloqueados pela justiça, com o objetivo de ressarcir o dinheiro desviado.

A situação político-administrativa da gestão sertorista era de extrema dificuldade e foi posta na matéria “Clamou de S. O. S.”, item 4:

“O reeleito prefeito do PL, antes do PSC, senhor Manuel Sertório de Queiroz Ferro, tem praticado varias irregularidades. Contratação irregular de servidores; superfaturamento de obras; brigas verbais com servidores, podendo a qualquer hora a coisa se agravar, realização de obrassem licitação; não prestação de contas da verba da merenda escolar; contratação de firma fantasma, em convênio com a FUNASA (protocolo-2052/2001-93), além da não execução correta do respectivo convênio; perseguições; publicidade sem previsão orçamentária e enganosa; enriquecimento sem renda própria aparente; atraso no pagamento de servidores, inclusive relativamente aos trabalhadores da educação e muito mais.

Em razão das irregularidades, o PT fez várias denúncias e requerimentos ao TCE/AL, onde o atual Prefeito foi o Diretor-Geral e tem o seu Conselho–padrinho sendo acusado pela imprensa de superfaturar cadernos escolares. A ação do TCE/AL foi o silêncio, mesmo após a reiteração dos ofícios (protocolos–4912, 4913, 4914, 4915 e 3825/02).”

Em conclusão – pedindo perdão por essa longa e desabafante manifestação, em nosso modesto entender, aduzimos que:

a) – no cível e no concernente aos ex-prefeitos José Pacheco Filho, José dos Santos Nunes e Manoel Sertório Queiroz Ferro, haveria a possibilidade de ações cíveis no sentido de fazer os mesmos restituírem aos respectivos erários os valores desviados;

a.1) - quanto à ex-prefeita Maria Helena Lisboa de Almeida, pendente apenas a informação à sociedade do montante restituído, como medida de fortalecer as ações de controle social;

b - no administrativo e no concernente aos ex-prefeitos José Pacheco Filho, José dos Santos Nunes e Manuel Sertório de Queiroz Ferro, e à ex-prefeita Maria Helena Lisboa de Almeida, as correspondentes ações judiciais de improbidade administrativa já estariam prescritas?

c) – no penal e no concernente aos ex-prefeitos José dos Santos Nunes e Manoel Sertório Queiroz Ferro, as ações penais já estariam prescritas?

c.1) – quanto ao ex-prefeito José Pacheco Filho, haveria a possibilidade de desarquivamento do inquérito e reinício da ação penal, eis que a prescrição não foi declarada?

c.2) - quanto à ex-prefeita Maria Helena Lisboa de Almeida, a prescrição do procedimento penal foi declarada judicialmente e não há mais possibilidade de punição.

Assim, em mais esta oportunidade, reiteram-se a V. Exª e a tod@s que fazem esse Ministério Público Federal (MPF), votos de apreço e de distinta consideração.

José Paulo do Bomfim
Conselho Comunitário da “ONGUE”
(82) 9971-2016

A Sua Excelência o Senhor
Doutor José Godoy Bezerra de Souza
Digníssimo Procurador-chefe da Procuradoria da República no Município de Arapiraca
ARAPIRACA – AL

SÃO SEBASTIÃO - O FUTEBOL E SUAS GRAVES QUESTÕES

Nos 4º e 5º módulos da atual edição do Curso de Noções sobre Administração Pública Municipal, promovido pela Ongue de Olho em São Sebastião, foram debatidas diversas questões sobre a prática do futebol em São Sebastião. Constatou-se que a situação está muito difícil. Caótica mesmo!
E não é por faltar dinheiro. Repita-se e alerte-se aos desavisados.
Aliás, dinheiro para investimento no futebol e até em outras modalidades desportivas, sobra. Essas informações constam no orçamento e no balanço de 2009.
No 4º módulo, analisaram-se o orçamento de 2009, quando foram determinados investimentos no valor de R$1.227.000,00 (um milhão e duzentos e vinte e sete mil reais). Todavia, o prefeito Zé Pacheco, por intermédio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL) só gastou R$159.336,93. Mesmo nesse pequeno gasto, há forte suspeita de haver diversas irregularidades.
Foram investidos míseros 12,98% do valor destinado ao desporto em 2009. No entanto, R$1.067.663,07 ou 87,02% não foram gastos e não existem explicações para que ou quem foram destinados.
Ei!...
Percebeu algo estranho?
Verificou-se que determinados dados do orçamento não têm correspondência no balanço. Esses dois documentos aparentam um “ajeitado” da administração, pois não tem maiores informações sobre os valores de cada um deles.
No 5º módulo, debateram-se a situação atual do esporte são-sebastiãoense e quais seriam as futuras ações.
Na área urbana, constataram a falta de campos de futebol – “de areião” – para as famosas “peladas” e treinamento dos atletas. Se esses campos existissem, o Estádio Municipal Zeca Pacheco estariam preservado apenas para os jogos oficiais. Os participantes entenderem que existe a necessidade de, no mínimo, três campos, com utilização organizada pela administração.
Constatou-se também que não há cadastros de quantos equipes existem no Município e qual a situação das mesmas. Estão regulares ou não? Não se tem informações completa sobre quem são os responsáveis por cada equipe. Debateram-se sobre os equipamentos esportivos e o custo anual de cada equipe.
Percebeu-se que pode ser destinada uma subvenção anual (dinheiro municipal) de R$10 mil, para cada equipe que esteja regularizada e tenha Tesoureiro responsável pela prestação de contas. Poderiam ser gastos em tornou de R$400 mil com as equipes e, mesmo assim, ainda sobraria muito dinheiro.
Bem...
A Ongue fez a sua parte. Agora cabe aos desportistas lutarem para que haja respeito e investimento no futebol, bem como em outras modalidades desportivas. – Paulo Bomfim

domingo, 15 de agosto de 2010

CAOS FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER - SEMEL

Existem muitas reclamações sobre a má gestão municipal em políticas públicas de desporto. Mas não é por falta de dinheiro, como sempre se quer dar a entender, até nas entrelinhas dos aéticos discursos.
A Ongue realizou estudos sobre a situação financeira e orçamentária da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL) e descobriu que existia é muito dinheiro fixado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2009.
No entanto, o dinheiro disponível praticamente não foi utilizado pela gestão do prefeito Zé Pacheco, representante do Partido Popular (PP).
Do valor anual de R$1.227.000,00 foram utilizados apenas R$159.336,93 ou míseros 12,98%.
Onde foram parar os exatos R$1.067.663,07 ou vultosos 87,02% do dinheiro do desporto?
Se alguém souber, por favor responder.
Em breve, neste blogue você terá a oportunidade de ler o estudo comparativo e refletir sobre a situação de abandono em que se encontra a política pública municipal de desporto.

CURSO SOBRE NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL

5º DEBATE SOBRE ORÇAMENTO E BALANÇO MUNICIPAIS

Venha debater as finanças e os gastos municipais.
Quanto a Prefeitura arrecadou e gastou na Secretaria Municipal de Esporte e Lazer em 2009?

Na LOA DE 2009, O PREFEITO, OS VEREADORES E A VEREADORA DISSERAM QUE INVESTIRIAM R$1.227.000,00. MAS, NO BALANÇO DE 2009, SÓ GASTARAM R$159.336,93.

A diferença de mais de um milhão parou onde?

Data: 20/08/2010
Dia: sexta-feira
Horário: das 19:30 às 21:30 horas
Local: Centro Cultural Salomé, situado na Rua São Paulo 150, Centro, (defronte à rádio comunitária Salomé)
Atenção: senhores e senhoras desportistas, venham debater o passado e construir o possível futuro
Participe!
Exerça a cidadania-ativa!

Promoção: “ONGUE” de Olho em São Sebastião e Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (FCOP-AL)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FICHA DE INSCRIÇÃO - SEMINÁRIO SOBRE ORÇAMENTO E BALANÇO MUNICIPAIS

FICHA DE INSCRIÇÃO

“SEMINÁRIO SOBRE ORÇAMENTO E BALANÇO MUNICIPAIS”

DATAS DO EVENTO: 17 e 18 DE SETEMBRO 2010.

CIDADE: SÃO SEBASTIÃO/AL

Nome do participante: José Carlos

Nome para o crachá: Zé Carlos

DATA DE NASCIMENTO: 23-07-1960; CPF nº: 821.436.850-31, CI nº: 861.457, SSP-AL

Contatos: Rua Antero de Araújo Lessa, 18, Bairro:Centro CEP:57.275-000, São Sebastião, Alagoas; Telefones: (82)3542-2070; (82)9981-2116; Imeio:zecarlossilva@bol.com.br

Nome da entidade: Ongue de Olho em São Sebastião, CNPJ nº 03.299.083/0001-50

Contatos: Rua São Paulo, 150-A, Centro, CEP 57.275-000, São Sebastião, Alagoas - Telefone: (82)3542-1544; Imeio:ongdeolhoss@bol.com.br; Sítio/blogue:onguedeolho.blogsport.com

Observação: Por favor, preencher e remeter a ficha para fcopal@bol.com.br

ORIENTAÇÕES - 01 - SEMINÁRIO SOBRE ORÇAMENTO E BALANÇO MUNICIPAIS

ORIENTAÇÕES – 01

Companheir@,
Vinde SER participante do “Seminário sobre Orçamento e Balanço municipais”!

Algumas pessoas têm perguntado o quê fazer para ter acesso à prestação de contas e ao balanço municipal, bem como qual a diferença entre um documento e outro?

A prestação de contas é o conjunto de todos os documentos da prefeitura ou da câmara. A depender do município, são várias caixas de papéis. Esse conjunto de documentos é sintetizado um único documento contábil, que é balanço. É assim na nossa casa, nas empresas e nos governos, municipal, estadual, federal ou distrital. Em municípios é chamado de “prestação de contas geral”, “balanço geral”, balanço da Prefeitura e Câmara”, e até “prestação de contas sintética”. Apesar de ser padronizado pela Lei nº4.320/64, na prática, cada município acaba elaborando-o de um jeito e colocando uma denominação inadequada ou até confusa.

Em verdade, não são dois documentos, mas um documento (o balanço municipal) que resume os fatos administrativos (as prestações de contas da Prefeitura – conta de governo – e da câmara – contas de gestão).

A orientação é que não se pegue a prestação de contas (todo o conjunto dos inúmeros de documentos), mas apenas o balanço municipal, que é o resumo da prestação de contas. Com o balanço em mãos, analisam-se os itens da despesa municipal ou da câmara e, se houver desconfiança de algo aí resumido, pede-se o acesso à prestação de contas e analisam-se os documentos que deram origem aos valores suspeitos. A depender dos aspectos suspeitos e a depender do grau de desconfiança, pode-se solicitar os documentos correspondentes a todo o balanço ou só a algumas despesas.

O balanço municipal ou mesmo a “prestação de contas” deve ficar à disposição da sociedade e de entidades durante todo o ano, na Secretaria Municipal de Finanças e na Câmara Municipal, conforme determinam as constituições, Nacional e Estadual, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Estatuto da Cidade e a Lei Orgânica Municipal.

O Secretário Municipal ou Presidente da Câmara que não cumprir as determinações da legislação comete crime de responsabilidade, improbidade administrativa e infração político-administrativa.

Peça à Presidência da Câmara ou à Secretaria Municipal de Finanças uma cópia do balanço. Normalmente, eles se recusam a entregar essa cópia. Dizem que não tem dinheiro para tirar a cópia, como disse Moisés Machado, então Presidente da Câmara de Arapiraca ou que não é obrigado a fornecê-la, como disse Atla Lima (PSB), atual Presidente da Câmara de São Sebastião.
Se a cópia lhe for negada, existem duas soluções: custeie a cópia você mesm@ (ela fica em torno de R$10,00) ou, por escrito, faça uma representação ao Promotor de Justiça para ele requisitar uma cópia para a sua entidade. Nesta hipótese, poderá demorar um pouco, pois os promotores dão prazo de em torno de 10 dias para que a câmara forneça a cópia.

Mesmo apenas a cópia do balanço é muito importante para @ participante do Seminário, pois, com ela, poderá ir acompanhando e comparando as informações, melhorando a compreensão do debate.

Se, por absurdo, não conseguir a cópia do balanço na Secretaria ou na Câmara, registre a data em que lá esteve e o nome completo d@ Presidente da Câmara e d@ Secretári@ Municipal de Finanças, que no Seminário faremos uma representação ao Ministério Público, solicitando a requisição da cópia e processar o responsável pela sonegação, por possível prática de improbidade administrativa, crime de responsabilidade e infração político-administrativa.

Abraços!
Paulo Bomfim
(82)9971-2016

CONVITE - SEMINÁRIO SOBRE ORÇAMENTO E BALANÇO MUNICIPAIS

CONVITE!
Venha debater as finanças, o orçamento e os gastos municipais.

Quais são os tributos, as arrecadações orçamentária e extraorçamentária, os gastos e as dotações orçamentários?

Quanto a prefeitura e a câmara arrecadaram e gastaram em 2009?

Como, com quem e com o quê os poderes municipais gastam?

Datas: 17 e 18 de setembro de 2010

Dias: sexta-feira, à noite e sábado, durante o dia

Horários: na sexta-feira, das 19:30 às 22:30 horas e no sábado, das 08:30 às 16:00 horas, com intervalos para almoço e lanches,

Local: Centro Cultural Salomé, situado na Rua São Paulo 150, Centro, (defronte à rádio comunitária Salomé), em São Sebastião, Alagoas

Condições: O Seminário será gratuito e @ companheir@ que se inscrever até 12/09/2010, preenchendo e devolvendo, por imeio, a ficha de inscrição, terá pernoite e alimentação fornecidos pela Ongue e pelo FCOP-AL.

Atenção: Por contenção de despesa e do material (in)formativo, pede-se que só se inscreva quem realmente for participar do Seminário.


Promoção: Ongue de Olho em São Sebastião, FCOP-AL e SINDSPMESS

Informações: Paulo Bomfim (82)9971-2016 e por imeio

MAS, QUEM PRATICA E QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS?

Nos últimos dias, a imprensa tem publicado informações sobre a má qualidade da merenda escolar e sobre fraudes nas licitações para a compra pública dessa alimentação, como ocorre em União dos Palmares e em São Sebastião. Em nível nacional a coisa também não é diferente. Com a candidatura a vice-presidência na chapa demotucana, o candidato a vice, Índio da costa, viu sua situação novamente debatida. Ele foi acusado pela CPI da Câmara do Rio de Janeiro que investigou superfaturamento e má-qualidade nos alimentos comprados para a merenda escolar. Na época, Índio tinha mandato de vereador.

A divulgação dessas práticas é fundamental para o seu combate. Todavia, não existem novidades nessas odiosas práticas e quase não se fala na silenciada e reinante impunidade. Em texto antigo, mas que parece atual, o Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (FCOP-AL) já manifestou-se sobre essa temática. Ei-lo!

Fraudar licitações é prática das mais comuns nos municípios, encontrada quando a CGU faz as auditorias de recursos federais. Nos discursos, as prefeituras dizem que o dinheiro da merenda escolar é muito pouco, mas é um dos tipos de compras públicas mais fraudado.

O interessante é que o TCE praticamente não apura isto, quando elabora o parecer prévio e o próprio MPE que atua junto ao TCE não age. Talvez pelo fato de os "técnicos" do TCE exercerem cargo em comissão em municípios, como tem constatado o MPE da Comarca e os conselheiros do TCE serem oriundos de indicação política, sendo até o nomeado pessoa de caráter duvidoso.

O pior é que existe um conjunto de "pessoas institucionais" e de "pessoas sociais" que são responsáveis, mas que não é cobrado publicamente. Além dos vereadores, o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) tem componentes cooptados pelas prefeituras ou são meros aliados eleitorais ou políticos. Entidades da sociedade civil e lideranças de segmentos sociais também são culpadas ou por decidida conivência ou por simples omissão. Sequer participam das reuniões do CAE ou “brigam” para participarem do mesmo.

A corrupção e, para além dela, a estimulante impunidade só serão combatidas de formas eficiente, eficaz e efetiva, quando a maioria das pessoas sentir-se responsável, até pela merenda escolar que, muitas vezes, os próprios filhos e filhas comem.

Este Fórum tem defendido que prefeitos praticam corrupção, mas ganham impunidades de outras instituições e pessoas, que fazem até discursos contrários à corrupção e à própria impunidade.

Mas, quem pratica a corrupção e a impunidade?

Respondendo-se a essa pergunta sobre quem pratica a corrupção e a impunidade, pode-se perceber muitas responsabilidades. Daí, compreender-se mais uma vez, a real dificuldade de combater-se e mudar-se essas práticas.

* José Paulo do Bomfim - reside em São Sebastião e trabalha em Santana do Ipanema; como voluntário, facilita o Curso de Noções sobre Administração Pública Municipal e do Curso de Cidadania. Texto escrito em novembro-2008 e atualizado em agosto=2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CURSO DE NOÇÕES SOBRE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL

3º DEBATE SOBRE O ORÇAMENTO E O BALANÇO MUNICIPAIS

Venha debater as finanças e os gastos municipais.

Quanto a Prefeitura e a Câmara Municipal arrecadaram em 2009?

Como os poderes municipais gastam o dinheiro?

Data: 07/08/2010

Dia: sábado

Horário: das 19:30 às 21:30 horas

Local: Centro Cultural Salomé, situado na rua São Paulo 150, Centro, (defronte à rádio comunitária Salomé)

Participe!

Exerça a cidadania-ativa!

Promoção: Ongue de Olho em São Sebastião e Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (FCOP-AL)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

CETASF FOI DESTRUÍDO, MAS AINDA PEDE PUNIÇÃO

ACREDITE, SE PUDER:
FUI DESTRUÍDO!
ALGUÉM SERÁ PUNIDO?

Ou também farei parte da listagem da impunidade? De menções como: “sempre foi assim mesmo!” e “não adianta!” Se ainda pudéssemos ouvir o destruído Centro Tecnológico de Agricultura Social e Familiar, conhecido pela sigla que você lê em sua principal entrada, acredito que o ex-CETASF faria-nos perguntas
e comentários bem semelhantes a qualquer agredido ou desacreditado humano.
“Sei que o ceticismo e o silêncio parecem campear!”
Como imóvel, supostamente, não fala, especialmente depois de destruído, agora, inclusive com as suas estacas de cimento arrancadas e levadas, resta a todos e a todas são-sebastiãoenses a luta para alguém com as piores e inconfessáveis intenções ou até “detrator de minha serventia, como em breve vocês ficarão sabendo, ser responsabilizado pela minha absurda morte”.
“Como todos vocês sabem, sou filho de brigamícios entre ferro e pacheco”. Minha suposta sorte e meu claro azar, sem que ambos os exoterismos fossem de minha vontade, foi servir de objeto a oligarquias municipais.”
“Como a milhões de brasileiros e brasileiras, e a milhares de são-sebastiãoenses, deram à minha vida um completo descaso, ou melhor, descompromisso, apesar de eslogan contrário.” “Como a grande maioria da população que servi e ainda gostaria de servir, nasci sem nenhum planejamento, mas bonito, robusto e até festejado.”
Nessa conversa com o CETASF noto que ele, como a maioria de nós, não percebeu ser fruto de inconsequentes ações e da lavagem da honra, tanto ao nascer, às pressas, no verão e inicio de 2001, como ao matarem-no, no outono e início do segundo trimestre de 2010, também à-toda.
“Então? Como muitas alagoanas e brasileirinhas crianças, meu fim, mesmo em terna e tenrura infância, sequer foi chorado por aqueles a quem tanto servi e ainda pretendia servir, se a vida tivessem-me preservado”. “No entanto, amigos e amiguinhas, como muitas tantas, mundo afora, aqui, ali, acolá e em além mar, parti em paz, pois fui a vítima e não a causa de tanta psicopatia, até de doutor que poderia ter-me compreendido, zelado e preservado.”
Aparentemente sem-consciência, ele, o CETASF, não percebia ser objeto de uma espécie de odiosa alienação parental, como muitas das crianças que servem ao ego de desamadas almas, tidas humanas e sábias.
Nesse sentido, como diz Jorge Maranhão, em “Como Sair Dessa?”, o CETASF sofreu as danosas ações do atual 4º Poder, que é integrado por muitos membros dos outros três poderes institucionais, a criminalidade.
Mas, no bom combate à impunidade, dando efetividade à legitimidade, à legalidade e à democracia, e, especialmente, ao esperançar que teima em reinar, o Ministério Público desta Comarca já caiu em campo.
“E assim, se não mais me salvará, como certeza, excluir-me-á da lembrança em que se encontram Paulo Bandeira, Fábio Acioly e Sílvio Viana, Ceres Ney e tantas formosas e desejadas brasileironas.”
Homens e mulheres, como eu, mártires da decência!
Afinal, “só peço a Deus que salve a quem de mim lembrar-se e teimar dizer a todos: Ele, como eu, existiu!”
Amém!
Paulo Bomfim

GESTOR PÚBLICO TEM O DEVER DE EXIBIR OS DOCUMENTOS DA GESTÃO

A Prefeitura e a Câmara Municipal não mostram os documentos da respectiva gestão e também sonegam informações. Todavia, a lei obriga a qualquer gestor público municipal apresentar à população os documentos municipais que compõem a prestação de contas municipal e, portanto, fundamentam o Balanço Municipal.
No entanto, as gestões municipais descumprem a legislação e não mostraram a prestação de contas e, sequer, o balanço. Todavia, a justiça tem determinado que os gestores que exibam os documentos, que são públicos.
Além da obrigação de exibir os documentos, para o gestor essa omissão tem outras conseqüências. Caracteriza ato de improbidade administrativa e crime, de responsabilidade e/ou comum.
Uma das dificuldades para se conseguir a exibição e também para que o gestor responda por ato de improbidade administrativa e por crime de responsabilidade é que os partidos políticos não cobram essa responsabilidade de seus filiados, bem como as demais entidades quase sempre ficam apenas nas simples reclamações verbais.
Outra omissão que impõe muita dificuldade à efetividade do controle social é a falta de atuação do Tribunal de Contas Estadual (TCE), que não analisa se a gestão cumpriu a legislação e não divulga o teor do parecer prévio. Este fato, inclusive, faz muitos vereadores dizerem que não aprovaram a prestação de contas irregular.
Nota-se, também, a não atuação do Ministério Público Estadual (MPE), no sentido de fazer efetivos os princípios da legitimidade, publicidade e legalidade. Para atuar, o MPE não precisa de provocação da sociedade, pois a promotoria de justiça tem o “dever de atuar de ofício”, por iniciativa própria.
Com as diversas irregularidades, até decorrentes de omissões de diversas instituições, a população vai sofrendo com a péssima qualidade de vida. Esta não decorre da falta de dinheiro, como muitos prefeitos e até a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) dizem, mentindo, naturalmente e parte da imprensa engolindo.

domingo, 1 de agosto de 2010

AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL JÁ FUNCIONA

A Agência da Previdência Social (APS) de São Sebastião está em pleno funcionamento. A APS, com seu órgão de atendimento às pessoas seguradas, Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), tem capacidade para atender a todos os são-sebastiãoense que precisam de algum serviço previdenciário.
A Previdência Social (PS) paga diversos benefícios previdenciários. Benefício, em conceito de Direito Previdênciário e de Direito Assistencial é qualquer pagamento efetuado em dinheiro pela PS, através de convênios com as agências bancárias.
A PS paga diversos tipos de benefícios previdenciários. Aposentadorias por: invalidez, tempo de contribuição, especial e idade; auxílios por: doença, acidente, reclusão, acidentário; pensão por morte; salários: maternidade e família. São benefícios previstos na Lei Federal nº8.213/90, conhecida por “Lei de Planos de Benefícios da Previdência Social”.
Os pagamentos da PS são feitos com os recursos das contribuições previdenciárias pagas por empregados e por empregadores. Regulamente, só recebe algum tipo de benefício previdenciário quem pagar à PS, sendo segurado previdenciário.Só os agricultores e as agricultoras que trabalham em regime de economia familiar recebem benefícios previdenciários sem pagar contribuição à PS, pois tem a qualidade de Segurad@ Especial.

CURRALINHO COM ÁGUA TODOS OS DIAS, SERIA VERDADE?

“...A ÁGUA CHEGA TODOS OS DIAS EM NOSSA CASA”. Esta estranha frase teria sido dita por Maria Silvinha da Silva, quando ouvida pela “Revista da Mentira” para a matéria intitulada “Abastecimento de água beneficia moradores do Povoado Curralinho”.
Em diversas idas ao Curralinho, integrantes da “ONGUE” verificaram o contrário. O antigo sonho continua apenas sonho. Em 6 casas que o OLHAR! visitou para confirmar a história, em nenhuma delas havia água.
Ouviram-se três senhoras dizerem que a água só chegou no dia da inauguração. “Foi enganação”, disse uma delas. Outra um pouco constrangida e olhando para a secada torneira e para os lados disse: “até gosto do Pacheco, agora água não existe”. Provocada sobre o que a promocional revista diz, arrematou “quem escreveu não esteve aqui ou escreveu enganado”. Apesar da mentirosa revista, o sistema de abastecimento d’água do povoado Curralinho não suporta uma boa auditoria que fosse verdade.

AVENIDA ANTÔNIO CUSTÓRIO PORTO E BURACOS

Continuam as reclamações sobre o estado deplorável em que se encontra a principal avenida da nossa cidade. Perguntas sobre quando as condições da avenida Custódio Porto serão vistas e modificadas pela Prefeitura são feitas constantemente, mas não há respostas. Se alguém souber, favor informar ao OLHAR!, que a resposta ser divulgada com prazer.Aliás, com as constantes chuvas, tornou-se comum muita gente perguntar quando as obras do saneamento básico e ambiental de São Sebastião serão iniciadas. As pessoas compreendem que saneamento é fonte de limpeza e de promoção da saúde pública.

REVISTA PROMOCIONAL MENTE

A chamada da “Revista da Mentira” continua alimentando inverdades. Algumas matérias mentirosas são publicadas sem nenhum respeito à inteligência da população, como a que diz que o “Conselho de Saúde é Implantado”.
O que existia antes era o quê, então? Se alguém souber avise à reportagem, por favor.
A reportagem diz que “... foi implantado o Conselho Municipal de Saúde...”, tendo “...a realização de oficinas e plenárias e a participação de equipes de profissionais da área da saúde.”
São por essas e outras mentiras, que Casoy, se lesse a revista, bradaria de “aleivosias contumazes” que a situação dos serviços de saúde estão em péssima qualidade.
A matéria talvez tentasse esconder a fraude na recente eleição do CMS. A fraude revoltou diversos servidores da saúde, apesar de alguns terem sido cúmplices das mesmas.
A fraude foi denunciada por servidores da saúde e pelo Sindicato dos trabalhadores municipais ao Ministério Público Estadual (MPE). Considerando o que o Promotor de Justiça disse, tudo indica que a eleição será anulada, mas antes será ouvido o Secretário Karl do Rego Lima.

PARTE DOS DINHEIROS PARA EDUCAÇÃO!

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) informaram quanto dinheiro remeteram para São Sebastião, até essa data.
O dinheiro é o complemento do Governo Federal para a manutenção de diversos programas governamentais que têm como objetivo melhorar a qualidade do sistema de ensino.
Além da divulgação do valor repassado, algo “mais importante é a população fiscalizar como os recursos estão sendo gastos”, diz o diretor do FNDE. No quadro abaixo, leia quanto veio.
Merenda escolar: Fundamental - R$272.492,00; Creche - R$4.536,00; Pré-escolar - r$25.544,00; EJA - R$28.116,00; Transporte escolar - R$138.471,40; Brasil Alfabetizado -R$39.950,00; Salário educação - R$199.287,95; Aquisição de ônibus - R$331.650,00; FUNDEB - R$5.481.803,01.

ACONTECEU A ELEIÇÃO NO SINDICATO MUNICIPAL

Acabou há pouco o processo eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (SINDSPRESS). Assim, encerrou-se um dos piores momentos que os servidores e as servidoras municipais vivenciaram com um sindicato sem Diretoria e onde a ex-gestão malversaçou os recursos da categoria.
A Central Única dos Trabalhadores, interventora nomeada pela Justiça do Trabalho, por intermédio da Vara do Trabalho de Penedo, com brilhantismo, está realizando todo o processo eleitoral e também dará posse aos eleitos.
Segundo informações da representante da Interventora, jornalista e sindicalista, Élida Miranda, a posse acontecerá em 10/07/2010 – domingo -, às 11:00 horas, no Centro Cultural Salomé, defronte à rádio comunitária Salomé.
Apesar de chapa única, eis que a candidata, servidora Sivalda Oliveira, indicada pele Município perdeu o prazo para registro da chapa da situação, o processo eleitoral chegou a ficar tumultuado. A 1ª dama, professora Arlete Regueira Pacheco, começou a intimidar os filiados e as filiadas, no sentido de que não comparecessem para votar. O blogue comentou o fato com um professor da UFAL e ele disse: “com certeza, ela não aprendeu isso na academia”.
Lamentável!
A professora Arlete teria determinado à Sivalda para afixar nos locais de trabalho avisos dizendo que ninguém estaria liberado para votar. Um dos avisos foi afixado no Laboratório. Quando a Diretora do mesmo percebeu a “mancada” da 1ª dama, arrancou o aviso. A partir daí, a Sivalda passou a avisar “de boca” a recomendação da professora Arlete.
Os trabalhadores e trabalhadoras resistiram e compareceram para votar. Alguns, resguardando-se de possíveis perseguições político-administrativas, solicitaram da Comissão Eleitoral uma declaração de que compareceram para votar e o respectivo horário.
Para quem não conhece a situação político-administrativa em São Sebastião, achará uma perseguição dessa um fato inacreditável. Mas, esse histórico é antigo por estas bandas.
O eleitorado é de 189 filiados e filiadas. 122 compareceram e votaram. Foram votos 110 válidos, 1em branco, 9 nulos e 12 inválidos. A chapa 1 teve 100 votos e 10 votos foram em separado porque os nomes dos respectivos servidores filiados não constavam na listagem de votação
A questão de gênero foi observada entre @s componentes da chapa eleita são: Ádames Cleiton da Silva Santos, Edileila Izabel Santos Ângelo da Silva, Márcia Rejane da Silva, Jailson Pastora Bispo, Raquel Lacerda Pontes, Aldemeres dos Santos, Maria Aparecida Santos Silva, Maria Andréia dos Santos, Severino Galdino da Silva, Maria Luíza Santos Silva Agenor Raimundo e Luciene Araújo de Oliveira.
Enfim, a chamada “Questão do Sindicato” vai chegando ao fim. O blogue tem certeza de que os eleitos não decepcionarão por mal práticas administrativas e políticas.
A todos e todas, os parabéns pela luta!Fonte:ongue.blog.terra.com.br

AUMENTO PARA AS APOSENTADORIAS SAIU

Calando a oposição eleitoreira e da política do “Estado Mínimo” (PSDB-DEMO), fundamentada no neoliberalismo, o presidente Lula (PT) sancionou o projeto, promulgando e publicando a respectiva lei e concedeu o aumento à aposentadoria ou à pensão-por-morte, para quem recebe mais que o salário-mínimo (ou seja, valor igual ou superior a R$510,01).
O Presidente atendeu a uma antiga e justa reivindicação do movimento sindical e da classe das pessoas aposentadas e que recebem salário superior ao mínimo. Algo que Fernando Henrique (PSDB) não fez, alegando que a Previdência Social quebraria.
O negociado índice de aumento é de 7,72% e incide sobre o salário cujo início do pagamento do respectivo benefício-previdenciário foi fevereiro-2009, segundo a Portaria nº333-2010, da Previdência Social.
Assim, os tetos do salário-contribuição e do salário-benefício passam para R$3.467,40. Passando o auxílio-reclusão (pago a dependentes de segurad@ pres@) para R$810,18 e o salário-família (para filh@s de até 14 anos de idade) para R$27,64, para quem recebe até R$539,03 e para R$19,48, para quem recebe entre R$539,04 e R$810,18. Quem recebe acima deste valor não tem direito a esse tipo de benefício.
No setor privado, as alíquotas e faixas de contribuição são de 8%, para que recebe do piso (R$510,00) até R$1.040,22 e de 9% para que tenha salário entre R$1.040,23 e R$1.733,70, e de 11%, para que recebe entre R$1.733,71 e R$3.467,40.
Portanto, lembre-se!
A certa velhice ou alguma desdita chegará (ou até as duas chegarão) e você ou sua família precisará de algum amparo do sistema de seguridade social (composto por Previdência Social, Saúde e Assistência Social), materializado em um benefício-previdenciário (sua aposentadoria, por tempo de contribuição, velhice ou invalidez ou, para seus familiares, uma pensão-por-morte).
Por que preciso pagar? Porque, com exceção de trabalhador(a) em regime de agricultura familiar – chamad@ de segurad@ especial, só tem direito a benefício-previdenciário quem paga à Previdência Social.
A partir de 16 anos de idade, qualquer pessoa poderá pagar à Previdência Social. Quem pagava e por qualquer motivo parou, poderá reiniciar o pagamento, que readquire a qualidade de segurad@-previdenciári@ e o direito a algum dos 12 tipos de benefícios que a Previdência Social paga.
Atualmente, o menor valor para pagamento é de R$56,10 e o maior é de R$693,48, se for contribuinte individual (autônomo) ou de R$381,41, para contribuinte empregad@.
Lembre-se que o Presidente Lula construiu uma Agênciada Previdência Social (APS) neste Município. - Paulo Bomfim

“ONGUE” DENUNCIA A CÂMARA MUNICIPAL AO TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL

A Câmara Municipal não cumpre os artigos 31, parágrafo 3º, da Constituição Nacional (CN), 36, parágrafo 2º, da Constituição Estadual (CE), 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e 33, parágrafo 3º, da Lei Orgânica Municipal (LOM), quando determinam que as contas municipais devem ficar o ano todo à disposição da população.
O artigo 33 da LOM determina à Câmara que ao receber a prestação de contas da Prefeitura publique um edital, informando que a prestação de contas chegou à Câmara e que ficará por 60 dias para a manifestação da população, que poderá questionar a ilegitimidade e a ilegalidade da mesma.
Após decorrido esse prazo, com a manifestação que alguém fez ou informando que não houve nenhuma, as contas seriam remetidas pela Câmara ao Tribunal de Contas Estadual (TCE) para elaborar o parecer prévio sobre a mesma.
A “ONGUE” solicitou ao TCE a devolução da prestação de contas à Câmara para que esta cumpra o que determina a legislação, aprovada pelos próprios vereadores, inclusive.

HUMILDES SERVIDORES MUNICIPAIS TRABALHAM EM PROPRIEDADES PARTICULARES DE GRADUADOS

O OLHAR! recebeu informações de que pessoas ligadas à gestão do prefeito Zé Pacheco e em bons cargos estariam usando humildes servidores públicos para fazer serviços particulares, inclusive, insinuando ameaças se os fatos forem tornado público.Essa história de trabalhadores municipais serem usados em serviços particulares de gestores é antiga e repetida em São Sebastião. Se o fato for levado ao conhecimento do Ministério Público poderá haver punição.

VOCÊ JÁ VERIFICOU O SEU PIS OU PASEP?

A partir de agosto, quase 19 milhões de trabalhadores e de trabalhadoras podem receber algo em torno de nove e meio bilhões de reais, através do Programa de Integração Social (PIS) ou do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP).
Esses programas sociais pagam o abono de um salário mínimo para quem trabalhou ao menos 30 dias no ano anterior e está cadastrado no respectivo programa há 5 anos pelo menos, além do só receber até dois salários mínimos mensais.
Essas informações devem constar na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que deve ser entregue por todas as pessoas jurídicas, sejam elas comerciais, industriais, associações, fundações, ONGs, sindicato, partidos políticos e demais espécies de entidades.
As contribuições parafiscais para o PIS e PASEP são recolhidas pelo empregador, desde que pessoas jurídicas, sem nada descontar do empregado. O empregado doméstico não tem direito ao PIS, pois o patrão, pessoa física, está isento de recolher a contribuição para o PIS.
Quem não recebe o abono de um salário, por não preencher as condições legais, pode preencher as condições para receber os rendimentos do respectivo.
Os valores são pagos, considerando a data de aniversário do trabalhador, conforme tabela divulgada pela rede bancária. Dizem os economistas que os recursos do PIS/PASEP irão incrementar ainda mais a economia nesses próximos meses, gerando mais emprego.Com o número do PIS ou do PASEP ou mesmo do Número de Identificação do Trabalhador (NIT), pode-se obter maiores informações na Caixa Econômica Federal, gestora do PIS, através do telefone 0800-726-0101, ligando de qualquer telefone fixo. - Paulo Bomfim

ARRECADAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS

O Município cobra diversas taxas. Estas são espécies di tributos municipais. Dividem-se em taxas de-polícia e taxas de-serviço. Os recursos arrecadados das taxas constituem-se em receitas tributárias. Em 2009, conforme informações do Balanço Municipal, arrecadaram-se os seguintes montantes:
Taxas: de-polícia, R$25.911,28; de-serviço, R$9.769,14

POVO FAZ LUTA E É ATENDIDO PELO DER

As populações dos povoados Gado Bravo de Baixo e de Cima fizeram uma manifestação popular e, por isso, foram ouvidas pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER).
Na “curva do Gado Bravo” muitos acidentes aconteciam e diversas pessoas lá morreram ou ficaram feridas. Em razão disso, a população resolveu exigir do DER a construção de quebra-molas.
Foram inúmeras idas ao DER, em Arapiraca e ofícios solicitando a construções dos chamados “redutores de velocidade”, mas nada era atendido, sob muitas desculpas de até sumiço de ofício e de processo.A população muito cansada de esperar resolveu bloquear a pista durante uma manhã e a coisa foi resolvida, afirma o agricultor Damião Porto, uma das lideranças do movimento. Segundo a líder comunitária Marinez, a ideia do bloqueio da pista foi muito importante para que o DER desse a resposta que a população há tempo esperava, construindo os quebra-molas.

ARRECADAÇÃO, CUSTOS E DESPESAS PÚBLICOS

A “Lei de Responsabilidade Fiscal” (LRF) ou Lei Complementar Federal (LCF) nº 101/2000, em sua atual redação, dada pela também LCF nº 131/2009, conhecida com “Lei Capeberibe” (eis que de iniciativa do então senador pelo Amapá João Capeberibe), determina que cada gestão Nacional, Estadual, Distrital e Municipal divulgue em tempo real a sua arrecadação, despesa e gasto, bem como o seu investimento.
Exigência que tem como fito cumprir o princípio da transparência e possibilitar à sociedade fomentar e concretizar o controle social sobre cada gestão pública. Muitos estudiosos têm como certo que essas intervenções populares farão melhorar a qualidade de vida municipal, eis que as políticas, fiscal, tributária, orçamentária e de controle institucional, serão adequadas aos interesses da população e não apenas ao de gestores, que, quase sempre, não têm um planejamento municipal pronto.
A Gestão Nacional já vinha divulgando todas as referidas informações sobre execução orçamentária por intermédio de o portaldatransparencia.gov.br. Havia problemas com as gestões Estadual e de Maceió. Mas com o término do prazo de “adaptação” dado pela Lei Capeberibe, as gestões Estadual e de Maceió, começaram a divulgar as informações.
No Estado, o portaldatransparenciaruthcardoso.gov.br, tem divulgado as informações que possibilitam à população alagoana saber como o seu dinheiro é gasto e quem o recebe. A divulgação já tem assustado a muita gente. São gastos e despesas que a população não sabia que existiam ou se sabia não desconfiava qual o montante e nem que recebia a dinheirama.
Estranhamente, a imprensa em geral não tem dado repercussão às informações. Em conversas com membr@s do Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas e em debate com alunos da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), o sentimento é de que as gordas verbas da “comunicação” cooptam ou “compram” o silêncio quase generalizado de diversos segmentos da imprensa.
Se não estou enganado, apenas o jornalista Edivaldo Junior, em sua coluna “Mercado Alagoas”, publicada pelo jornal Gazeta de Alagoas, tem dado repercussão às informações divulgadas pelo Estado. Como esperado, a divulgação tem assustado não só a gestores, mas também a até humildes servidores que recebem diárias ou passagens aéreas, por exemplo. Imagine a quem aluga ou “agrega” carros?
No sitio você também pode saber os gastos da Assembleia legislativa e da cada deputado estadual, bem como do Ministério Público e do Tribunal de Contas Estadual, além do Tribunal de Justiça.
Em Maceió, o sítio www.smf.maceio.al.gov.br, meio confuso, informa os totais de alguns gastos e despesas, bem como o valor repassado para a Câmara Municipal.
É muita grana!
Portanto, acesse as informações e as compare com as divulgadas pelo seu município e a sua câmara municipal, debatendo-as publicamente.Segundo alguns estudiosos de questões orçamentárias e de controle social, esse debate é o urgente, pois ajudará a combater a corrupção e a impunidade, possibilitando melhorar a qualidade e a quantidade da arrecadação e dos gastos públicos. – Paulo Bomfim

SE HOUVESSE DENÚNCIA SERIA UM ESCÂNDALO!

A “Questão da Avenida Antônio Custódio Porto” vai ganhando contornos, no mínimo, escandalosos e comprovam e demonstram como as gestões municipais e legislativas desrespeitam a população.
Para promover a cobrança de tributos municipais, aprovados pela Câmara Municipal, como a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis entre Vivos (ITBI), a Prefeitura diz que ali é área urbana.
Quando se trata da conservação, a Prefeitura diz que a via é uma rodovial estadual. Todavia, a Prefeitura não mostra o documento que informa isto e o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) nunca respondeu ao ofício enviado pela “ONGUE”, solicitando a informação.
Em conluio de uma noite e um peço de dia, a Prefeitura e o Estado mentiram à população são-sebastiãoense, dizendo que tinham asfaltado a avenida.
Por cima da enganação desfilaram o prefeito Zé Pacheco e o governador Teotônio Vilela.
Quê pisadas!
A natureza resolveu pedir respeito aos macomunados gestores e mostrou que piche e uma “camada” de asfalto não seguram água, mesmo sem nenhuma tromba. Lá está a avenida descascando e toda esburacada para causar vergonha a alguém.
A reportagem entrou em contato com o Gabinete Civil do Estado e lá foi informada de que a Prefeitura nunca “comunicou o estado da obra”. O fato foi levado pela “ONGUE” ao conhecimento da Controladoria Geral do Estado (CGE) e ao Serviços de Engenharia do Estado de Alagoas S. A. (SERVEAL).
Espera-se apenas saber de quem é a responsabilidade pela, perdõem, “esculhambação”, no dizer de uma moradora da avenida e que votou no prefeito Zé Pacheco, mas tem que pular as crateras ou passar por cima de pinguelas para chegar em casa ou sair.
Uma coisa é certa, se você não perder a vergonha, criar coragem e denunciar o absurdo, a coisa continuará assim por muito tempo.
Não espere para ver e crê, como São Tomé!

PRAÇAS: SAIRÃO OU MAQUIARÃO?

O Ministério do Turismo (MT) informou que empenhou R$390.000,00 para a construção de praças, através do convênio nº744671 e do empenho nº901886.
Resta saber onde as praças serão construídas. Desconfia-se que como não há mais espaço central para tal construção, haverá uma maquiagem ou a triste repetição um tal de derruba e faz, e faz e derruba.
Por telefone, a reportagem entrou em contato com o MT e a aparente inocente funcionária disse que se houvesse “sinais de alguma irregularidade, levasse ao conhecimento da Câmara Municipal” e aí a “linha” caiu.A história ou a “Questão das Praças” já registra fatos cômicos e de destruição. Que o digam as praças do Fuxico, Senador Rui Palmeira e Padre Cícero, além do Lago Muniz Falcão e seu antigo arvoredo.

QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS POR FISCALIZAR AS CONTAS PÚBLICAS?

Os valores da arrecadação municipal e as diversas irregularidades divulgadas nas edições de o OLHAR! têm causado muita perplexidade, revolta e indagações da população.
Uma das perguntas mais formuladas é a quem cabe fiscalizar os gastos deste Município e desta Câmara Municipal.
A resposta assustará a muita gente omissa, mas “que finge não saber”, como disse uma professora do Ginásio, bem como a pessoas que realmente não sabem, em razão da falta de estudo e de informação.
Como diz as constituições, Nacional, Estadual e Municipal (Lei Orgânica Municipal-LOM), qualquer pessoa, física ou jurídica, é parte legítima para ter acesso às prestações de contas do Município e da Câmara Municipal e denunciar possíveis indícios de irregularidades.
Esse poder-dever decorre do direito político a uma gestão pautada na probidade administrativa, na legítimidade de suas ações e que estas tenham como fundamento o interesse público.
Além de “qualquer pessoa”, duas instituições têm o dever de fazer a fiscalização. A câmara municipal, cujos vereadores são eleitos para fiscalizar e legislar. No entanto, como os vereadores também praticam falcatruas - e a Câmara deste Município não foge a isto - as câmaras não fazem fiscalização. Ao contrário, tornam-se lenientes e coniventes com os desmandos práticos pela Prefeitura. Essa omissão constitui-se em uma “troca de favor entre corruptos”, diz a ABRACCI.
Os conselhos municipais também têm o dever de fiscalizar. Eles foram criados, quando a sociedade percebeu a fragilidade e a corrupção de vereadores, nossos representantes, em uma democracia indireta. Imaginava-se que a democracia direta ou mesmo participativa, através dos conselhos, faria a fiscalização melhorar.
No entanto, existem sérios problemas com os conselhos e eles também não cumprem com o papel institucional. Em vários municípios, sequer data, horário e local de reuniões divulgam. Menos ainda os dados correspondentes às respectivas atividades.
No dizer de João Vidal, conselheiro em Ribeirão Bonito, São Paulo, a experiência mostra que a maioria dos conselheiros é cooptada por dinheiro ou apenas com pequenos favores das gestões e fica omissa ou até encobre as irregularidades. Segundo Vidal, a omissão e conivência de conselheiros não decorrem da pouca escolaridade de alguns, como muita gente alega.
Segundo a AMARRIBO, que coordena a Rede de Controle Social, e a Articulação Brasileira de Combate à Corrupção e à Impunidade (ABRACCI), a situação em que os processos judiciais envolvem gestões de pessoas e de partidos políticos diferentes são fatores que também dificultam as denúncias e a apuração das responsabilidades sobre práticas corruptas, facilitando o agir do “entorno corruptível”.
Portanto, a todos e a todas cabe o dever de fiscalizar.

SÃO SEBASTIÃO FESTE CUSTOU QUANTO?

O Ministério do Turismo informou o repasse para a realização do evento: R$200.000,00. Os R$200 mil foram repassados através do convênio nº00865/2010, como estímulo ao turismo interno.
Questiona-se se as bandas que tocaram na festa custaram tão alto.

QUANTAS CASAS POPULARES SERÃO?

O Ministério das Cidades avisou que formalizou um convênio de R$646.878,76 para a construção de casas populares. O dinheiro é repasse do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), através do fundo municipal.
Espera-se que as casas sejam corretamente construídas e entregues às famílias que realmente precisam. Esse negócio de casas entrou para a História de São Sebastião como a “Questão das Casas Populares”. Algo que revela as más gestões daqui ao longo desse meio Século de emancipação.

DESPESA versus CUSTO públicos serão debatidos

Entre 30 de agosto e 2 de setembro, em Brasília, no Distrito Federal, acontecerá o “1º Congresso sobre Informação de Custo e Qualidade do Gasto no Setor Público”. O evento será uma oportunidade de debater a diferença entre custo público e despesa pública para, daí, qualificar a política fiscal do governo, no sentido de equacionar a arrecadação de impostos aos gastos.
Possivelmente, o tema e o debate deixarão claras as linhas ideológicas e a opção administrativa de cada gestão sobre que interesses deve atender.
O SERPRO desenvolveu uma tecnologia e um sistema de informática que permitirá cruzar os dados administrativos, como arrecadação, custo, despesa e compra governamentais etc. Segundo os técnicos idealizadores do Sistema de Custos Federal (Sic-Gov), a partir do cruzamento de informações será possível melhorar as despesas públicas, mediante a capacidade de identificar o real custo do produto, tamanho da despesa e o custo-benefício da compra.
A ideia e o sistema foram defendidos pelo Governo Federal há semanas, no sentido de diferenciar os conceitos de custo público e de despesa pública, como determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, dez anos antes.
Aparentemente, a engenhoca da relação custo-benefício dos serviços públicos foi aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que norteia as ações do Governo Federal, apesar das sérias críticas que recebe.
O conceito de despesa está ligado ao montante de arrecadação que a gestão precisará para solver todas as suas despesas e os seus investimentos.
O conceito de custo está ligado ao valor-benefício que cada produto, equipamento ou serviço comprado pelo governo oferece à sociedade. Praticamente há um consenso de que a má qualidade dos gastos não tem correspondência com o custo-benefício dos serviços.
Segundo os idealizadores da diferenciação de conceitos, em que o custo é uma coisa e o montante da despesa é outra, cairia por terra a ideia de que o gestor que mais gastou em determinados aspectos da despesa pública foi quem melhor administrou.
Assim, o custo seria o benefício que realmente a despesa proporcionou à população ou a segmentos dela e não o montante do valor do pagamento, que muitas vezes foi superfaturado, mas serviu para enganar à população sobre a qualidade de determinada gestão. - Paulo Bomfim

VERGONHOSO É! MAS...AS CASAS NÃO EXISTEM!

Você deve ter ganhado ou soube da “construção de 50 casas populares”, na gestão do prefeito Zé Pacheco de 2005-2008. Se duvidar, leia a matéria na revista promocional da gestão, distribuída nas festividades dos 50 anos de emancipação administrativa.
Aliás, essa estória das casas é antiga e já gerou até vaias a vereador e muito lero-lero.
Lembra-se que na posse para o 2º mandato, na Câmara Municipal, o Deputado Federal Benedito de Lira, disse que faria 300 casas naquela gestão?
Lembra-se também que o vereador, então na oposição, Gilvan Porfírio, quando discursou chamou o Deputado de mentiroso, dizendo-lhe que já havia votado no mesmo, por mais de uma vez, mas que ele nunca tinha feito nada por São Sebastião e não iria fazê-lo?
Com essa fala do vereador, a professora Arlete Pacheco puxou fortes e, talvez, as primeiras vaias para o vereador Gilvan e o fato foi muito comentado na época.
Bem...
As 300 casas populares não foram feitas, mas a população quer saber onde estão apenas as 50 casas construídas, segundo a propaganda.
Aliás, por causa das casas do Barro Branco houve forte brigamício entre os prefeitos Sertório Ferro e Zé Pacheco, pois um construiu e o outro inaugurou.

CADÊ AS AMBULÂNCIAS, CIDADÃ E SAMU?

Na irregular propaganda, divulgada quando dos festejos de emancipação administrativa, o prefeito Zé Pacheco disse que o “Atendimento em saúde é ampliado”, pois “o município foi contemplado com uma Ambulância Cidadã, doada pelo Governo do Estado”, desde 21/04/2010. Todavia, a ambulância não é vista atendendo a população.
Segundo denúncias chegadas ao OLHAR!, a ambulância estava escondida na casa do Prefeito para ser apresentada na data da emancipação, como o foi. Depois, teria sido “guardada” e sem uso na Secretaria de Saúde.
Quanto à ambulância do SAMU, a propaganda, com foto e texto, diz que “o município conta agora com Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para servir toda a população”.
O OLHAR! conversou com algumas pessoas e elas informaram que a ambulância não existe. Um deles disse que “nunca viu essa ambulância”. Uma outra disse que “parece que não tem essa ambulância”, mas que “um parente meu que mora em São Paulo viu pela internet e acha que a ambulância da SAMU está atendendo o povo”, arrematou a pessoa que reside na “pichada” e esburacada av. Antônio Custódio Porto.
Mas essas mentiras têm alguma utilidade. Servem para se tirar lições. Portanto, reflita sobre os fatos e sobre as propagandas do dia-a-dia.
Uma coisa é certa. Os fatos também servem para se ter muito cuidado com o que se lê, se ouve ou se vê etc. A coisa que chega ao nosso conhecimento poderá não ser verdadeira.
Espera-se que a gestão não diga que a culpa é da Assessoria de Comunicação, como disse um prefeito sertanejo quando flagrado na mentira.

CINQUENTA ANOS DE BURACOS

São Sebastião não esperava passar por uma vergonha aos seus 50 anos de emancipação administrativa. A avenida Antônio Custódio Porto e quem de nós por ela trafegar que o digam.
Quanta buraqueira!
Mas velha conhecida e, inclusive, a solução. Dizem até que houve aconselhamento de que aquilo não fosse feito, pois não daria certo.
Aja piche e noite e dia.
Uma baita enganação!

SESSÃO DA CÂMARA MUNICIPAL FOI FRAUDADA

A situação da Câmara Municipal vai de mal a pior. Ali várias situações vexatórias já aconteceram. Mas a coisa se agrava com o passar dos tempos. A Câmara não fornece cópia de documentos públicos, solicitada por diversas entidades, inclusive por esta “ONGUE”.
Agora frauda até uma sessão, que deveria ser publicada e pública. A população não teve acesso ao pLDO para saber o seu conteúdo. Será que vai adivinhar?
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (pLDO) para 2010 para ser aprovado precisava que o Prefeito realizasse audiências públicas, sob condição de a Câmara não poder aprovar o projeto, como dizem o Estatuto da Cidade (EC) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Conivente com os desmandos, mas querendo dar um ar de legalidade, a Câmara fraudou aquilo de deveria ser uma audiência pública.
É triste!
A fraude consistiu no seguinte: alguém da Câmara telefonava para alguém aliado e o convidava para ir à sessão pública que deveria ser publicada e pública.
Chegando lá, cadê a sessão? Mas os amigos convidados sofriam ainda um constrangimento maior. Era lhes dado uma lista de frequência para assinar, como se a malfadada sessão tivesse acontecido.
Segundo Adenil Rocha, confirmando outras denúncias, lá realmente só tinha alguns aliados da administração e que ele contou 18 assinaturas, inclusive de servidora da Câmara que não assistiu a suposta sessão.
Outra liderança informou que ninguém teve oportunidade de debater o pLDO e de oferecer as necessárias emendas.Que vexame!

PONTES QUE ACIDENTAM E QUASE CAEM

Os moradores dos povoados Jenipapo, Malhada da Onça, Grotão e Braúnas continuam a reclamar e passam um susto danado todas as vezes que precisam usar a ponte existente sobre o riacho Perucaba.
Será que vai ser preciso acontecer uma tragédia?
Mas a ponte do Poço Dantas não está em situação diferente. A aparência é que logo ela cairá. É só passar um caminhão ou ônibus.O problema é a quem pedir o conserto das duas, pois parece que o prefeito Zé Pacheco não sabe que elas existem

DINHEIRO PARA VEÍCULO ESCOLAR

O Ministério da Educação (MEC) informou que liberou ao Município em 30/06/2010, R$331.650,00, para a compra de um veículo, com especificações de transporte escolar, conforme convênio nº660701, por meio do Programa Caminho da Escola.

NÃO PAGARAM OS SALÁRIOS POR QUÊ?

O decreto municipal falsificado ainda rende dissabores ao prefeito Zé Pacheco. Trabalhadores e trabalhadoras da limpeza pública reclamam que ainda não receberam os salários dos dias que trabalharam indevidamente. Muitos irão à justiça para receber os salários dos correspondentes dias.
O decreto falsificado é datado de 26/10/2009. Sua finalidade era modificar os termos do Decreto Municipal nº 009/2009, como o OLHAR! publicou. A falsificação foi parar no Ministério Público Estadual, mas os trabalhadores ainda não tiveram os seus direitos trabalhistas respeitados.
Até quando?

ATENDIMENTO BANCÁRIO É DEFICIENTE E ILEGAL

Muita gente continua a reclamar do atendimento do Banco do Brasil, apesar de a Lei Municipal(LM) nº280/2005, cujo projeto foi de autoria do vereador André Bomfim (PT) e aprovada pela nossa Câmara Municipal, fixar o limite de tempo máximo para o atendimento.
Diz o artigo 2º da LM: “O tempo máximo de atendimento para efeito de aplicação do disposto no artigo anterior, corresponde a: I – até 30 (trinta) minutos em dias normais; II – até 40 (quarenta) minutos em véspera e após feriados prolongados; III – até 40 (quarenta) minutos nos dias de pagamento de funcionários públicos municipais, estaduais e federais, de vencimento de contas de concessionárias de serviços públicos e de recebimento de tributos municipais, federais e estaduais.”
Por sua vez, o artigo 3ª da LM diz: “Para efeito de controle de tempo de atendimento os estabelecimentos bancários fornecerão bilhetes ou senhas, onde estarão impressos, os horários de recebimento da senha e dos atendimentos juntos aos caixas.”.
Portanto, reclame pessoalmente ou para o 0800 do BB e faça valer a LM. Em Maceió muitas agências bancárias já cumprem a chamada “lei do atendimento bancário” de lá, inclusive com a intervenção do Ministério Público Estadual e do Poder Judiciário.

NEPOSTISMO CONTINUA EM DESRESPEITO À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

Nepotismo é a contratação de parentes para cargos públicos em comissão ou de confiança. Todavia, há um completo desrespeito à Lei Orgânica Municipal (LOM), que passou a proibir as espécies de nepotismo, direto ou cruzado.
Diz o artigo 48, inciso V, da LOM: “Os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargos de carreira técnicas ou profissional, nos casos e condições previstos em Lei, vedada a nomeação de parentes consangüíneos ou colaterais até o 3º (terceiro) grau do chefe do Executivo e do Legislativo respectivamente.”
A proibição da privilegiada contratação de parentes foi imposta pela Emenda à LOM de nº 003/2006, em 07/07/2006, quando a mesma foi promulgada pela Câmara Municipal. A emenda foi proposta pelos vereadores Gilvan Porfírio, Jorge Ferro, Luciano do Sapé, Zé do Freitas e André Bomfim, bem como pela vereadora Marinez Camilo.

O IPTU É OU NÃO DEVIDO?

Após comentários no programa radiocomunitário “Debate na Salomé” sobre a possível ilegalidade na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), em razão da ilegalidade da lei que o criou, Paulo Bomfim recebeu muitas perguntas sobre se o referido “imposto deve ser pago ou não?”.
A polêmica é antiga e o prefeito Zé Pacheco não soluciona a questão. Com o objetivo de esclarecer, o OLHAR! divulga o texto de dois ofícios que tratam do tema. Em um, o contribuinte José Paulo do Bomfim indaga à Secretaria de Administração se há ou não a regularidade da referida lei. Em outro, a Secretaria de Administração responde, confirmando a irregularidade formal da lei municipal.

Leia um dos referidos textos:
“Excelentíssima Senhora Secretária de Administração do Município de São Sebastião
José Paulo do Bomfim, brasileiro, servidor público, convivente em união- estável, CPF N° 295486086-34, residente da rua Antero de Araujo Lessa , 18, centro, São Sebastião, Alagoas, vem, respeitosamente, estar à presença de Vossa Excelência ara expor fatos e solicitar cópia de lei .
Em 2003, esse Município cobrou o imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), difusamente alegando a aprovação de lei municipal que teria criado esse tributo municipal. Este contribuinte pagou o referido imposto.
No entanto, começou-se a dizer que o projeto de lei não havia sido sancionado e, conseqüentemente, a lei não teria sido promulgada e publicada e, portanto, não existia. Ante os comentários e ainda em 2003, este contribuinte solicitou à Prefeitura e à Câmara Municipal uma cópia da referida lei. As respostas foram um sepulcral silêncio.
Oficialmente não se sabe o porquê, mas no exercício de 2004, o tributo ora mencionado não foi mais cobrado pelo Município.
A cobrança foi retornada em 2005, por essa administração. Ante a possível inexistência da lei quer criou o tributo, este contribuinte, mais uma vez solicitou dessa administração e também, à Câmara Municipal informações e uma cópia da mesma.
A Prefeitura, mai uma vez silenciou. A Câmara Municipal remeteu uma cópia do projeto de lei nº 018/02, que teria sido aprovado pelo Legislativo no final de 2002 e teria sido remetido ao Executivo. Neste, ano não se sabe se houve sanção ou veto do projeto, promulgação e publicação da lei.
No entanto, tudo indica que, por desorganização administrativa, essas providências não foram observadas. Com amparo nessas informações, este contribuinte não quitou os valores do IPTU de 2005, mas está preocupado com a possibilidade desse fato configurar sonegação fiscal, no caso, sonegação do IPTU e da inscrição de seu nome no cadastro da dívida ativa municipal.
Portanto, solicito à pessoa de V. Exª uma cópia da lei que criou o IPTU, se a mesma existir regularmente, acompanhada de informações quanto às datas de promulgação e de publicação da mesma possibilitando, a este contribuinte fazer análise do seu teor e correção.
Fraternamente,
São Sebastião, Alagoas 25 de março de 2006.

José Paulo do Bomfim

A Sua Excelência a Senhora
Professora Nilda Fernandes Porto
Digna Secretária de Administração de São Sebastião
57.275-000 SÃO SEBASTIÃO –AL

Agora leia também a agradecida resposta da Secretaria Municipal de Administração: “Oficio nº 018/06 SMAD
A Sua Senhoria, o Senhor.
José Paulo do Bonfim.
Rua Antero de Araújo Lessa, 18
São Sebastião – Alagoas
Assunto: atendente requerimento.
Senhor Paulo,
A Secretaria Municipal de Administração do município de são Sebastião – Alagoas, através de sua secretária Sra. Nilda Fernandes Porto, sente-se honrada em poder atender seu requerimento com base nos arquivos desta prefeitura “agora organizados", após intensivos trabalhos de localização e arquivamento de documentos deixados de forma “desorganizada” pela gestão anterior.
Como afirma em seu requerimento, o poder legislativo aprovou no final de 2002 o projeto de Lei 018/02, que trata sobre a cobrança de tributos neste município.
Inadvertidamente, a administração anterior, conforme costa em ‘livro de Leis a partir da Lei nº 237/02’, registrou a aprovação do projeto em epígrafe, no dia 01 de novembro do mesmo ano, não podendo esta administração explicar ou justificar com tal fato aconteceu.
Reconhecemos a vossa preocupação, enquanto cidadão desde município, e sobre tudo, o direito de exercer sua cidadania, ao passo em que informa esta secretaria, que se encontra nesta prefeitura a vossa disposição de segunda a sexta freira, no período das 07h às 13:00 horas, a referida Lei, para que a pessoa interessada, providencia sua cópia.
Atenciosamente,
Nilda Fernandes Porto
Secretaria Municipal de Administração”

A ilegalidade da lei consiste em que? Conforme cópias em poder da “ONGUE”, o projeto foi aprovado pela Câmara Municipal em 26/12/2002 (acreditas? Teria havido sessão naquela data?). E não é só! O então prefeito Sertório Ferro sancionou o autógrafo decorrente do projeto em 01/11/2002, ocasião em que também promulgou e publicou a correspondente lei. Tudo muitíssimo duvidoso, no mínimo!
Portanto, mesmo irregular, a lei existe e todo cuidado é pouco. Quando alguém for comprar algum imóvel ou terreno urbano deve solicitar à Secretaria Municipal de Finanças uma certidão de quitação do IPTU, sob pena de comprar também uma possível dívida do imóvel.
Com a irregular lei, @ contribuinte tem algumas opções. Pagar o IPTU e pronto! Outras são entrar logo na justiça para ter declarada a inconstitucionalidade da lei ou não pagar o imposto e quando a Prefeitura for à justiça cobrar o respectivo valor, alegar que o mesmo é indevido, em virtude dessa inconstitucionalidade. Nessa última hipótese, o proprietário do imóvel que não pagar o IPTU na época própria não cometerá possível crime de sonegação fiscal ou, pura e simplesmente, sonegar. Neste caso, algum dia alguém pagará a conta e @ proprietári@ poderá ter cometido crime de sonegação ou o imóvel ser vendido judicialmente, em leilão. Em alguns municípios isto já acontece.