QUANTO SOMAM?
Melhor ainda: melhoram a qualidade de vida e o bem-estar da população?
Os dinheiros da mineração compensam ou mitigam os sofrimentos que a mesma acarreta?
Eis 3 respostas que podem sinalizar determinados impactos, para além dos ambientais e dos cuidados com as pessoas e com a mãe comum de todos e de todas nós.
Nas tabelas a seguir, leia alguns valores e
montantes.
Exercício |
Royalties-N |
ISS |
IPTU |
ITBI |
2024, até 09 |
11.306.154,01 |
? |
? |
? |
2023 |
20.139.022,00 |
9.369.816,39 |
142.313,17 |
81.577,61 |
2022 |
14.975.392,15 |
6.603.455,49 |
5.719,17 |
45.493,36 |
2021 |
2.143.527,72 |
8.983.580,91 |
43,04 |
32.121,41 |
2020 |
6.953.351,99 |
8.061.565,02 |
48.976,89 |
59.182,47 |
2019 |
1.472.717,76 |
1.580.668,99 |
33.738,36 |
00,00 |
Exercício |
ICMS |
IPVA |
IPI |
Taxas |
2024, até 09 |
11.954.709,21 |
1.172.035,73 |
11.618,66 |
? |
2023 |
14.311.211,50 |
1.500.065,10 |
6.591,79 |
127.052,94 |
2022 |
8.956.831,00 |
1.203.653,14 |
26.433,98 |
93.623,32 |
2021 |
5.819.167,32 |
883.409,61 |
2.691,55 |
115.972,26 |
2020 |
4.567.802,49 |
407.701,11 |
330.231,17 |
65.721,91 |
2019 |
4.262.787,79 |
556.253,10 |
95.186,97 |
65.591,18 |
Exercício |
Cosip |
PATRIMONIAL |
Royalty-E |
ORC |
2024, até 09 |
? |
? |
51.181,40 |
? |
2023 |
2.795.618,81 |
9.632.395,15 |
69.536,35 |
110.697,28 |
2022 |
2.614.051,18 |
7.207.579,20 |
62.285,59 |
19.805,58 |
2021 |
2.152.054,70 |
2.074.888,18 |
25.201,30 |
148.781,46 |
2020 |
(?) 00,00 |
1.762.560,04 |
21.778,83 |
410.474,74 |
2019 |
(?) 00,00 |
2.854.477,73 |
22.200,69 |
532.378,59 |
Há cerca de 2 décadas e até esses atuais tempos, um dos argumentos para convencer a população de Craíbas e de vizinhos municípios aceitarem a mineração e não se preocuparem com a destruição que dela viria.
A história ou a estória era que ali e na região iria haver muito dinheiro. Tentavam dar a entender que todos iriam enriquecer.
Seria um “Oásis mineral”, no sentido de que iria jorrar dinheiros.
Quando alguém falava e fala nas destruições existentes em localizações como Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro, Maceió etc., era como se houvesse um agouro à vida alheia, pois terras, casas etc. e tudo o mais aufeririam grandes valorizações.
Passados os tempos, com o início das escavações, perfurações etc. percebeu-se que muita gente foi e ainda está sendo enganada.
Continuam a falar dos altos montantes de royalties produzidos pela mineração, silenciando sobre todos os montantes dos royalties ou mesmo só dos de 2023: R$20.139.022,00 ou 10,99% e menos ainda da movimentação financeira total ou R$183.293.895,98, e a desqualificar ou a desacreditar as muitas reclamações das populações e a proferir mentiras sobre documentos, que, se existirem, escondem.
Perceba que a salvação pelos dinheiros dos royalties é mentirosa, falsa notícia, pois são bem inferiores aos dinheiros do FPM: R$39.449.918,12 ou 21,52% e do Fundeb: R$53.518.392,73 ou 29,21%.
Sem adentrar muito no debate do suposto “muito dinheiro” do royalty, cabe questionar e debater se os dinheiros que saíram, saem e sairão da destruição da mineração, darão ou se ao menos melhorarão a qualidade de vida e o bem-estar da população daquele Município e dos municípios vizinhos como Igaci, Major Izidoro, Jirau do Ponciano, Arapiraca etc..
Qual seria a dimensão do impacto dos dinheiros na fauna, na flora e na vida de quaisquer viventes nas boas e em destruição terras daquelas e dessas bandas?
Enfim, os dinheiros vindos da mineração compensarão os sofrimentos da fauna, humana e não humana, e da flora, além do meio ambiente?
Quem viver verá!
Afinal, Mariana, Brumadinho, Currais Novos, Maceió, Jacobina, Diamantina, dentre outros lugares estão a nos alertar que os aparentes muitos “dinheiros não compensam”, diria alguém ecologista e samaritano.
Este Foccomal estimula à população, especialmente as lideranças dos segmentos sociais, a realizarem o OPIP (Orçamento Participativo por Iniciativa Popular), mediante ELIP (Emendas Legislativas de Iniciativa Popular) ao pLOA (projeto de Lei Orçamentária Anual) para 2025, buscando combater as desigualdades sociais e os continuados empobrecimentos da população.
QUE TAL VOCÊ MOBILIZAR E PARTICIPAR?
Como a situação do Município Craíbas foi bastante debatida na 7ªAtividade do 3ºErma, inclusive, em decorrência do estudo acadêmico de Geografia, apresentado na Sinpete, na UFAL, em 22-10-2024, adita-se a este, o seguinte texto anterior a respeito daquele Município:
“Os dinheiros que chegam a Craíbas, infelizmente, não servem para a população, como propagando pela MVV e, triste, até por várias outras pessoas, que ou não conhecem a assombrosa realidade municipal ou estão coniventes com as destruições e os sofrimentos lá existentes. Assim, mesmo não plural.
A qualidade de vida e o bem-estar, não promovidos pelas diversas administrações do Município Craíbas, são péssimos.
Dois maus índices não desmentem isto.
Eles estão representados no recente Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que é um desastre. A nota do seu Ideb é 4ª mais baixa do Estado: 4,7.
Comparando: no final da tabela, em 4ª posição, se o Município Craíbas fosse um time de futebol, estaria “rebaixado”, juntamente com outros 3 municípios de nota 4,7 e mais outros 4, com notas inferiores à de Craíbas.
Municípios rebaixados no IDEB-2023:
4º - Olho d’Água do Casado e Delmiro Gouveia, no Alto Sertão e vizinhos; Japaratinga, no Litoral Norte, e Craíbas, no Agreste, notas 4,7;
3º - Barra de Santo Antônio, no Litoral Norte, e Pindoba, na Zona da Mata, notas 4,6;
2º - Estrela de Alagoas, no Médio Sertão, nota 4,3;
1º - Minador do Negrão, no Médio Sertão, nota 4,2, a pior do Estado.
No último IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal): 0,523, muito baixo, comparando-se com os 5.570 municípios brasileiros.
Uma outra situação, seria dividir a arrecadação pelo número daquela população, o que resultaria em R$7.217,15, por cada craibense, em 2023.”
>Produção: Fórum de Controle de Contas Municipais – FoccomalContatos – Imeio:ongdeolhoss@bol.com.br – Blogue: ptssal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – Integrante do Foccomal
Data: 30-04-2024
Atualizações: 12-10-2024 e em 26-10-2024, à noite, a pedido.
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