HÁ QUE SE RELEMBRAR ASPECTOS SEMELHANTES DA EPIDEMIA
DE MENINGITE QUE ACONTECEU NO BRASIL NA 1ª METADE DOS ANOS SETENTA, DO SÉCULO
XX.
Atualmente
quem está na faixa etária de 62 ou mais anos de idade pode relembrar algumas
dessas estórias, histórias e preconceitos que envolveram a meningite naqueles
também sofridos tempos.
Naquela época, quando uma pequena parte do
Brasil ainda comemorava o tricampeonato mundial de futebol, na Cidade do
México, o Brasil sofria uma plena ditadura militar-civil e o então Presidente
ordenava em seu mortífero mote: “ame-o ou deixei-o”.
Ordem ditatorial que, como o seu próprio
impronunciável nome, Weintraub, cumpriu exatamente
50 anos depois, ao fugir desse País ontem, 20-06-2020. Por ironia, início do
Inverno, data de muita esperança produtiva na agricultura.
Mas, como os ditadores daquela época, Abraham, ficará impune?
Na data jogo, 21 de junho, 2º dia do Inverno
brasileiro, como hoje, há 50 anos e é um período em que muitos poucos que têm
os 62 anos atualmente viram a seleção brasileira ganhar o título de uma Itália,
que também havia eleito fascista, como Brasil de hoje. Muitas coincidências!
Segundo leituras, a campanha para o
tricampeonato mundial começou sob o comando de um comunista como técnico da
seleção. O gaúcho João
Alves Jobim Saldanha, que, na sua 1ª “coletiva” à imprensa, já escalou o time
vitorioso. Mas não chegou à Copa na América do Norte porque foi demitido pelo ditador presidente de
plantão, general Emílio Garrastazu Médici.
Ainda conforme as leituras,
o chamado “assassínio” por Saldanha, queria a convocação do atacante Dario. Mas
o comunista teria dito que o torturador presidente organizava o ministério e
ele, Saldanha, cuidava da convocação e da escalação do time. Aqui, https://www.uol.com.br/esporte/reportagens-especiais/comunismo-invasao-armada-e-demissao-conheca-o-tecnico-que-montou-a-selecao-de-1970/#joao-sem-medo, se pode ouvir e ver um vídeo no qual o próprio
Saldanha.
O “João Sem Medo”, como era
conhecido no meio político, explica a sua demissão por João Havelange, em seu
apelido brasileiro, conivente com e da ditadura e poderá também ler uma
excelente matéria, escrita pelo jornalista Diego Salgado.
Não
deu outra, não foi morto, como muitos e muitas, mas perdeu o cargo de técnico
para o alagoano, de Atalaia, Mário Jorge Lobo Zagallo, que, com o time montado
por Saldanha, trouxe para o Brasil a Taça Jules Rimet e, o menino do Vale do
Paraíba, tornou-se legendário no futebol mundial. Aqui, https://www.youtube.com/watch?v=XsK0X-wKj78, ouça-o, já envelhecido.
Antes de retornar à
epidemia e à pandemia, após ter falado sobre a pandemia da Gripe Espanhola (http://onguedeolho.blogspot.com/2020/06/gripe-espanhola-uma-das-pandemias.html), informa-se que a partir do 2º semestre de 1974, já
na adolescência, palavra ainda não de uso cotidiano naquela época, e já em Belo
Horizonte, vi Dario jogar.
Centroavante, Dario ou “Dadá
Maravilha" (https://www.youtube.com/watch?v=igdxYQ_9M70), era "rompedor" e
marcava muitos gols. Mas perdeu o título de Campeão Mineiro para o Cruzeiro.
Transcorria 1974 e após a 1ª ida a um estádio de futebol, o Mineirão, assistir
ao 1º jogo e ver a equipe Cruzeiro ser campeã, então me tornava cruzeirense,
"ser azulino da cor anil", e a epidemia caminhava para o seu fim.
Dario jogava no Clube Atlético Mineiro, o Galo Vingador, diz sua torcida.
O Estádio José de Magalhães Pinto ou Estádio Governador Magalhães Pinto ou "Mineirão da Pampulha" ou simplesmente "Mineirão", foi palco de excelentes jogos, de grandes vitórias e imensas derrotas, como a 7 X 1, do Brasil prá Alemanha, na última Copa do Mundo.
O Estádio José de Magalhães Pinto ou Estádio Governador Magalhães Pinto ou "Mineirão da Pampulha" ou simplesmente "Mineirão", foi palco de excelentes jogos, de grandes vitórias e imensas derrotas, como a 7 X 1, do Brasil prá Alemanha, na última Copa do Mundo.
Antes, aqui, vivendo e
convivendo no povoado Camaratuba, ouvia e sentia algo que não compreendia.
Mas... Era um algo muito estranho. Já lá, na capital mineira, com muito acanho,
passei a ouvir falas sobre meningite, epidemia, censura, ditadura, vacina,
contaminação etc..
Passei, então, a
compreender o algo que contarei na ParteII, deste
texto, na próxima terça-feira. Que venha São João!
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