O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) diz que o concurso estadual para preenchimento das cercas de 150 vagas de tabeliães existentes nos cartórios extrajudiciais no estado de Alagoas deve ser feito em breve.
Em cumprimento à determinação do CNJ, o desembargador do Tribunal de Justiça alagoanos, Tutmés Airan, eleito desembargador pelo voto direito entre os advogados e as advogadas, disse que o edital do concurso será publicado em 30 dias.
sábado, 24 de agosto de 2013
VICE-GOVERNADOR, NONÔ, DIZ QUE CRIMINALIDADE USA MUITO DINHEIRO PARA COMPRAR AUTORIDADES ESTADUAIS,
MAS NÃO
APONTA SAÍDAS PARA OS DIVERSOS PROBLEMAS ALAGOANOS, COMO SEMPRE.
Que o vice-governador José Thomaz Nonô é dado a falar como se não
fosse um dos fortes responsáveis pela triste realidade alagoana, ninguém mais
duvida.
Nonô, um dos dignos representantes do setor sucroalcooleiro
alagoano, foi também promotor e procurador de justiça, bem como deputado
federal por diversas legislaturas e, atualmente, é vice-governador do Estado,
além de fracassado gestor da reconstrução das casas populares, se alguém não
quiser sofismar.
Uma outra de suas características é proferir retóricas que
tenham como fundamento, isentá-lo das responsabilidades profissionais,
políticas e administrativas.
Agora, em sua aparente última manifestação pública, Nonô diz que
o mundo das drogas dispõe tem muito dinheiro para instrumentalizar – ou, no
popular, comprar, mesmo - advogados e juízes.
Estranhamente, “esquece-se” de sua categoria, membros do
ministério público estadual, e da polícia civil, a quem comanda como governador
em exercício diversas vezes.
Chegou a dizer que sabe, por intermédio de informações da
Polícia Civil alagoana, quanto é o gordo caixa da drogatização para promover o
tráfico de influências várias, entre os advogados e juízes, além da compra de
decisões judiciais favoráveis às ações das drogas.
Mas...
Inaturalmente,
Não diz, por exemplo, se a Polícia Civil, apreendeu a
dinheirama, como é de seu dever funcional ou se pediu à justiça estadual ou mesmo
à federal, o arresto do milhão que informa saber existir.
Estaria, então, o senhor José Thomaz Nonô a cometer também algum
delito?
Que em Alagoas há vasto tráfico de influência e a venda de
algumas decisões judiciais, também ninguém duvida, sinceramente.
Todavia, a OAB, Seccional Alagoas, entidade dos advogados, e a
Almagis, associação da magistratura devem reagir à entrevista fornecida à rádio
Gazetaweb, nesta sexta-feira.
Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (Foccopa)
Redação: Paulo Bomfim
Data: 23 de agosto de 2013
Fonte: Matéria da rádio Gazetaweb.
PESSOA COM DEFICIÊNCIA TEM DIREITO À ISENÇÃO DE IPVA E DE ICMS, E TAXA DE EMPLACAMENTE NA COMPRA DE VEÍCULO, MESMO QUANDO O CARRO FOR SER DIRIGIDO POR TERCEIRO,
DESDE QUE A UTILIZAÇÃO DO VEÍCULO SEJA REAL EM BENEFÍCIO
DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.
Na compra de um veículo a pessoa consumidora paga impostos sobre o consumo e sobre a propriedade. Um imposto sobre o consumo, o IPI, é pago para a União. Um outro imposto sobre o consumo é pago para o Estado, o ICMS. Para o Estado também paga-se um imposto sobre a propriedade do veículo, o IPVA.
Além desses três impostos, paga-se também taxa de licenciamento ou
taxa de emplacamento para o respectivo Departamento Estadual de Transito
(Detran).
No entanto, as pessoas com deficiência têm direito à isenção do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que é federal. Na maioria dos
Estados existe também a isenção para o Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) e para o Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA).
Isenta-se também a taxa de licenciamento ou de emplacamento.
Mas se a deficiência impossibilitar que, mesmo com adaptações
mecânicas, a pessoa com deficiência dirija o veículo, alguns Estados não
isentam dos seus impostos e de sua taxa, porque o automóvel seria dirigido por
outra pessoa, que seria, então, a beneficiária da utilização do veículo.
Todavia, “por extensão interpretativa da lei mais benéfica” e
protetora da dignidade humana, várias decisões judiciais têm deferido a isenção
do ICMS e do IPVA, bem como da taxa, mesmo que o veículo seja dirigido por
outra pessoa, mas em claro e comprovável benefício da pessoa com deficiência. Nessa
situação, se o terceiro for beneficiado o seria indiretamente, apenas.
Na utilizado do veículo, diretamente, o benefício seria para a
pessoa com deficiência. Portanto, se ficar comprovado que a pessoa com
deficiência realmente necessita do veículo para seu tráfego e que o carro
comprado não é “de luxo”, a isenção será um direito a ser deferido, mesmo que o
motorista para o veículo seja uma terceira pessoa.
Produção: Ongue de Olho em São Sebastião
Redação: Paulo Bomfim
Data: 24 de agosto (data em que o então Presidente Getúlio
Vargas suicidou-se no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro) de 2013
Fonte: pesquisa na jurisprudência dos tribunais de justiça e
tribunais regionais federais.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
ALGUÉM SABE QUANDO ACONTECEM AS OBRIGATÓRIAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS PARA ELABORAÇÃO DOS PROJETOS DO PPA 2014-2017 E DA LOA 2014?
Quem souber, por favor, amplamente
divulgar e informar à população são-sebastiãoense.
A Constituição alagoana, a quem este Município deveria obedecer,
determina que os projetos das leis municipais que poderão resultar no Plano
Plurianual de Ação (PPA) e na Lei Orçamentária Anual (LOA) deverão ser
remetidos à Câmara Municipal até 15 de setembro, próximo, conforme artigo 177,
parágrafo 6º, incisos I e III.
Além das constituições, brasileira e alagoana, o Estatuto do
Município ou “da Cidade” (EM), como ele próprio diz, e a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) impõem que na elaboração dos referidos projetos a
gestão municipal deve realizar “audiências públicas”, sem precisar quantas.
Daí, alguns estudiosos da temática planejamento municipal dizerem
que uma gestão honesta, transparente e democrática deve fazer ao menos 5
audiências públicas. Uma em cada ponto cardeal do município e uma na região
central. Após amplamente fazer a divulgação das mesmas e com bastante
antecedência.
Estas audiências públicas servem para que a população,
pessoalmente, e cada entidade que representa determinado segmento da sociedade
formulem as sugestões para melhoria da gestão municipal, inclusive da atuação
legislativa, dando mais e maior qualidade às atividades dos poderes municipais,
e dos estaduais e nacionais que atuem diretamente neste Município.
Fundamentalmente, analisando e colaborando na elaboração dos
projetos do PPA e da LOA a população e as entidades tomam conhecimento do
montante dos dinheiros que o município movimentará nos períodos de 1º-1-2014 a 31-12-2017 (o PPA é
para um período de 4 anos) e de 1º-1-2014 a 31-12-2014 (a LOA ou orçamento é para o
período de um ano).
A partir do montante da movimentação financeira, a sociedade
pode decidir como melhor e em quem gastar os dinheiros municipais e, portanto,
construir uma melhor qualidade de vida para o conjunto da população e não
apenas para alguns poucos, ficando a maioria dos trabalhadores municipais,
inclusive, ganhando salário mínimo mensal, em razão da já decana decisão
judicial da Vara do Trabalho de Penedo, que impôs à observância da lei, sob
pena da pessoa física do Prefeito arcar com o pagamento de multa.
O então prefeito e médico Zé Pacheco não cumpriu a legislação em
suas três gestões, mas não sofreu nenhuma punição por isso. Aparentemente, o
atual prefeito, Charles Requeira, não irá cumprir, pois já não cumpriu quando
da elaboração do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e até agora
não fez nenhuma ampla divulgação sobre as mencionadas audiências públicas,
mesmo o prazo para elaboração dos projetos estando a findar. Nesse momento, a
cerca de um mês e meio.
Pela a importância das suas (ir)responsabilidades, política e
legislativa, e também para não cometer irregularidades, a Câmara Municipal deveria
não aprovar esses irregulares projetos, até porque está probidade de assim
proceder, se a lei respeitar e, então, regularmente atuar.
Mas, parece-nos, que os poderes municipais optam pelo
cometimento de crime de responsabilidade, improbidade administrativa e infração
político-administrativa, dentre outros desvios de atuação e de finalidade.
Com a palavra, inicialmente, a própria população em geral, bem
como as entidades da sociedade civil e os partidos políticos, inclusive os que
têm parlamentares no exercício de mandato. Concomitantemente, espera-se o agir,
individualizado – ou em conjunto – das instituições de controle como o Tribunal
de Contas Estadual (TCE) e os ministérios públicos, Estadual e de Contas, além
de outras autoridades, cuja responsabilidade não pode ser esquecida.
Essa soma de faltas do conjunto das instituições e também das
ações individuais de cada um de nós é a origem e a responsável por Alagoas ter
o pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) entre as 27 unidades
político-administrativas do País e São Sebastião debater-se em uma vergonhosa
5.209ª posição no Brasil e em um calamitoso 64º lugar entre os 102 municípios
alagoanos, apesar de estar entre as 20 maiores movimentações financeiras anuais
deste Estado e também das maiores do País.
Por conseguinte...
Não espere!
Você e sua família compõem um dos segmentos mais prejudicados.
Aja e já!
Produção: Ongue de Olho em São Sebastião – ongdeolhoss@bol.com.br –
www.onguedeolho.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim
Data: 31 de julho (aniversário de você, Mariana) de 2013.
Fontes: constituições, Nacional e Estadual, Lei Orgânica
Municipal, LRF e EM, dentre outros aprendizados.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Ô CHAPAS, NÃO CAIAM MAIS NESSA, DIRIA BEZERRA DA SILVA EM SUA POÉTICA GINGA
Alertando com um
“se manca malandro”, para essas estórias de que o Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) diminuiu. Dá preocupação perceber gente concordando com
falácias.
Talvez, essa
absurda mania de crê inacreditável e xingar em vez de debater seja um dos
motivos por que Alagoas ostenta o pior Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDH-M) e os nossos municípios estejam a oferecer as piores condições
de vida do País, apesar de muitos deles movimentarem muito mais dinheiro
anualmente.
Nesse 19 do agourento ou do sortudo agosto,
mais uma vez, lemos e ouvimos mentiras de parte da nossa classe política. Se
aqui não vivêssemos ou convivêssemos ou, principalmente, não sobrevivêssemos,
daria para perguntarmos o porquê de uma entidade que usa dinheiro público
municipal mentir para quem paga a conta.
Não!
A Associação dos
Municípios Alagoanos (Ama), que desama, em verdade vos digo, não poderia jamais
dizer que o FPM diminuiu. No entanto, a fábula repete-se, apenas. Para a
aparente crença de muita gente.
Há muito tempo, sem
muito esforço, sabe-se que os dinheiros municipais sempre aumentam, apesar das
oscilações mensais para mais ou para menos. No somatório final, jamais diminuíram.
Para a imprensa e a
população não comprovarem esse fato é que não efetivam a legislação da
transparência administrativa e a legislativa também. Com descarada sutileza,
“esquecem” de citar todos os montantes e quantos são.
Quais seriam e por
que, então, não dizem os montantes mensais ou mesmo anuais da renda própria
municipal, da transferência do Estado e do repasse da União?
Como em outros
textos, alertam-se a alguns poucos desinformados e questionam-se a algumas
fortes omissões ou conivências, afirmando-se que até prova em contrária sequer
o FPM diminuiu. Menos ainda o conjunto de todos os dinheiros.
Recentemente, no
início desse agosto, este Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas
(Foccopa) realizou em
Campo Alegre , no Distrito Luziápolis, o Vigésimo Seminário
sobre Orçamentos e Balanços Municipais (Sobam).
Lá as poucas
pessoas presentes constaram que os dinheiros municipais sempre aumentam e em
todos os municípios. Apesar de oscilações mensais, que qualquer bom
planejamento saberia que aconteceria, em razão da variação do consumo e dos
serviços, e, portanto, da arrecadação de tributos.
Foi, então, com
estranha surpresa que nessa manhã de 19 lemos em jornais, saites e blogues, e
em rádios ouvimos que o FPM teria diminuído. E agora, na tentativa de convencer
a quem quer se deixar enganar, acrescenta-se mais um leque de sofredoras
senhoras alagoanas, como a real grande parte de nossas respeitáveis mulheres:
as câmaras municipais. A tentativa, acredita-se, só não foi mais frustrante
porque nela também esqueceram de dizer que o dinheiro da câmara é proporcional
à arrecadação.
Mas, enfim, fomos
tirar uns aparentes alguém duvida. Consultamos no saite do Banco do Brasil
Sociedade Anônima a arrecadação ou o repasse do FPM, fundo composto pela soma
dos tributos federais: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do
Imposto de Renda de Pessoas Físicas e Jurídicas (IRPF e IRPJ), que, para além
dos gastos municipais, aparentemente banca também inverdades.
E engano algum
houve. No período de 1º a 20 de agosto, referente aos exercícios de 2012 e de
2013, em relação aos municípios que foram objeto dos debates do 20º Sobam, a
nossa história também se repetiu.
E aí?
Bem...
Ou o saite dá
informações equivocadas ou alguém está lorotando e outros engolindo - e não é
uma boa alimentação - diria o meu saudoso tio Salú, quando vendia criações na
feira do Mucambo. O mais interessante foi que praticamente todos e todas achavam
que o Presidente da Ama, Marcelo Beltrão, Prefeito de Jequiá da Praia, não
estava utilizando subterfúgios para justificar algo não dito por muita gente à
empobrecida população alagoana.
Por favor, leia a
tabela abaixo, reflita e retire da mesma as suas importantíssimas conclusões.
AumentoDoFundoDeParticipaçãoDosMunicípios
– tabela V
Município
|
1º
a 20-8-2012
|
1º
a 20-8-2013
|
Campo Alegre
|
1.092.068,11
|
1.360.213,65
|
Coruripe
|
1.092.068,11
|
1.360.213,65
|
Teotônio Vilela
|
893.510,27
|
1.112.902,07
|
São Miguel dos Santos
|
1.092.068,11
|
1.360.213,65
|
Roteiro
|
297.836,76
|
370.967,35
|
Penedo
|
1.092.068,11
|
1.360.213,65
|
Jequiá da Praia
|
397.115.58
|
494.623,16
|
Junqueiro
|
694.952,43
|
865.590,50
|
São Sebastião
|
794.231,35
|
982.246,28
|
E atenção,
desatenções: os valores finais só não são mais altos porque o resultado das más
gestões fica patenteado no currículo de cada gestor(a), quando lemos os
descontos de indevidas dívidas para com o INSS e o FGTS dos trabalhadores e das
trabalhadoras municipais.
Assim, este Foccopa
- uma articulação de algumas poucas entidades da sociedade civil organizada e
até desorganizada – espera ter contribuído para alguma reflexão, cabendo a cada
um acreditar no que quiser, mas sem chorar poder depois.
Produção: Fórum de
Controle de Contas Públicas em Alagoas (Foccopa)
Redação: Paulo
Bomfim
Data: 19-08-2013, à
noite
Fonte: Matérias da imprensa em geral e da página
do BB na internete.
sábado, 17 de agosto de 2013
ATA DO XX SEMENÁRIO SOBRE ORÇAMENTO E BALANÇO MUNICIPAIS (SOBAM), REALIZADO NO DISTRITO DE LUZIÁPOLIS, NO MUNICÍPIO DE CAMPO ALEGRE, ESTADO DE ALAGOAS, ENVOLVENDO DEBATES SOBRE MUNICÍPIOS CIRCUNVIZINHOS
Ata
das atividades do XX Sobam, realizado na “extensão” (“Escola de Ensino Médio de
Luiziápolis”), localizada na Rua Dorgival Gonçalves, s-n, CEP 57.258-000,
Distrito de Luziápolis, (antigo povoado de Pau do Descanso, às margens da
BR-101, no trecho entre São Miguel dos Campos e Teotônio Vilela), em Campo Alegre (a sede
fica às margens da AL-220, no trecho entre São Miguel dos Campos e Arapiraca),
Estado de Alagoas; a “extensão” é da Escola Estadual Pedro Joaquim de Jesus,
que fica no vizinho município de Teotônio Vilela; o evento é realizado em 10-08-2013
(sábado), em parceria do Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (FOCCOPA),
com a Comissão de Cidadania de Luziápolis (CCL) e a Zonal Luziápolis, do
Partido dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Campo Alegre; as referidas
atividades começaram às 09:10 horas, quando o evento deveria ter sido iniciado às
08:30 horas; as atividades envolveram debates sobre a situação orçamentária e
de prestação de contas dos circunvizinhos municípios de Campo Alegre, São
Miguel dos Campos, Roteiro, Jequiá da Praia, Teotônio Vilela, Coruripe, São
Sebastião, Penedo e Junqueiro; no início das atividades, com a relembrança de
suas trajetórias, político-partidária e político-eleitoral, foi feita uma
homenagem ao ex-presidente do Partido dos Trabalhadores de Campo Alegre, Genildo
Correia Soares ou “Genildo do PT”, como era conhecido por todos e todas, mas
cujo assassinato, até a presente data, não teve qualquer punição, estando as
investigações e o processo tramitando desde 29-11-2009, tendo as pessoas presentes
decidido solicitar ao Tribunal de Justiça de Alagoas e ao Ministério Público Estadual
agilidade no julgamento do processo penal, bem como uma maior intervenção do PT
estadual e municipal, nesse sentido, seguindo-se a audição da música “A Enxada
e a Caneta”, de autoria de Capitão Balduíno e Teddy Vieira, interprestada por
Zico & Zeca; após, como tema de abertura todos e todas ouviram a música
“Coração Civil”, uma composição de Milton Nascimento e Fernando Brant,
interpretada por Milton; passou-se, então, ao debate sobre o conceito de
Política e qual o seu sentido, enquanto política-cidadã e política partidária,
bem como a atual noção de o quê seria cidadania e nessa dimensão o que seriam
cidadania-ativa e cidadania-participativa, e também cidadania-passiva, nesse
sentido produzindo apenas o(a) morador(a) e o(a) eleitor(a); depois se passou à
discussão sobre o ciclo orçamentário: Plano Plurianual de Ação (PPA), Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) ou orçamento, bem
como a prestação de contas e os balanços municipais; em continuação, passou-se ao
debate sobre a situação socioeconômica de Campo Alegre, fazendo-se uma comparação
entre os municípios, e especialmente do Distrito de Luziápolis, que, inclusive,
mantém a luta por sua emancipação político-administrativa; imediatamente,
percebeu-se que os problemas socioeconômicos existentes não são decorrentes da
falta de dinheiro municipal, cujas respectivas movimentações financeiras, em
2012 e 2011, foram bastante altas:
MovimentaçãoFinanceira –
tabela I
Município
|
Exercício-2012
|
Exercício-2011
|
Campo Alegre
|
76.795.433,67
|
Não-pesquisada
|
Coruripe
|
147.573.112,33
|
130.006.402,79
|
Teotônio Vilela
|
Não-informada
|
Não-informada
|
São Miguel dos Santos
|
150.250.107,37
|
128.909.656,69
|
Roteiro
|
Não-informada
|
15.379.672,13
|
Penedo
|
154.001.438,27
|
Não-pesquisada
|
Jequiá da Praia
|
Não-informada
|
31.427.457,77
|
Junqueiro
|
Não-informada
|
Não-informada
|
São Sebastião
|
86.029.478,48
|
72.120.724,14
|
Ressalta-se
que as informações financeiras foram colhidas na Secretaria de Estado da
Fazenda de Alagoas (Sefaz) e na Secretaria do Tesouro Nacional (STN), já que só
com muita luta, inclusive perante algumas promotorias de justiça, se tem acesso
à legislação orçamentária e aos respectivos balanços municipais, das câmaras
inclusive; frise-se que, estranhamente, os municípios de Teotônio Vilela e de
Junqueiro não têm informações na STN, referente aos anos de 2011 e de 2012, nem
estão disponíveis em cada Secretaria Municipal de Finanças e em cada Câmara Municipal;
as pessoas presentes questionam o que estaria escondido, com a negação de amplo
acesso ao sintético balanço municipal, por exemplo; os municípios de Jequiá da
Praia e de Roteiro também não têm informações contábil-financeiras na STN,
referentes ao exercício de 2012; No caso de Jequiá da Praia, a situação tem
aspectos especiais, vez que o prefeito, Marcelo Beltrão, como Presidente da
Associação dos Municípios Alagoanos (Ama), alardeia na imprensa que o FPM está
diminuindo, mas, sem explicação alguma, esquece-se de dizer que outros
dinheiros aumentaram e muito e também não cita os mais diversos valores que os
municípios recebem, inclusive Jequiá da Praia, a ponto de um dos participantes
achar que ali só recebia o “FPM reduzido, pois o prefeito diz isso na mídia”; por
conseguinte, abstraindo-se a dimensão de que “o dinheiro nunca dá para tudo”, as
pessoas presentes identificam que a reiterada e contínua má qualidade de vida
decorre das más gestões municipais; também advém das omissões do Tribunal de
Contas Estadual e do Ministério Público Estadual, além de outras instituições
públicas, como a Câmara Municipal, e mesmo das entidades da sociedade civil e
do empenho pessoal de muitas lideranças dos diversos segmentos sociais; os
dinheiros que vêm das transferências legais e voluntárias, do Estado e da
União, são muitos e somados aos valores da arrecadação própria, apesar de
aparentemente modestos, conforme tabela II, abaixo, se fossem corretamente
utilizados e priorizadas as reais necessidades da população, produziriam uma
muito melhor qualidade de vida municipal; os péssimos índices sociais dos
municípios alagoanos não aparecem por acaso; são construídos historicamente por
más atuações gerenciais e legislativas; veja a arrecadação própria de alguns
municípios:
RendaPrópria – Tabela
II
Município
|
Exercício-2012
|
Exercício-2011
|
Campo Alegre
|
5.085.839,23
|
Não-pesquisada
|
Teotônio Vilela
|
Não-informada
|
Não-informada
|
Coruripe
|
12.862.054,67
|
Não-pesquisada
|
São Miguel dos Santos
|
15.307.112,08
|
Não-pesquisada
|
Roteiro
|
Não-informada
|
168.395,33
|
Penedo
|
15.571.929,49
|
Não-pesquisada
|
Jequiá da Praia
|
Não-informada
|
3.203.037,57
|
Junqueiro
|
Não-informada
|
Não-informada
|
São Sebastião
|
4.770.991,52
|
5.701.443,42
|
De
regra, as câmaras municipais e as prefeituras negam o acesso a cópias da
legislação orçamentária; de balanços municipais, inclusive; claramente, cometem
crimes contra a administração pública em geral e crimes de responsabilidade,
além de improbidade administrativa e infração político-administrativa, mas não
são punidas pelo TCE e pelo MPE, com algumas exceções individuais de promotores
de justiça e, agora, dos recentemente empossados membros do Ministério Público
de Contas (MPC); sequer, amplamente divulgam a legislação, mesmo por meio da
internete ou em suas irregulares, mas constantes, propagandas de promoção
pessoal; Luziápolis sofre as consequências desse descaso; “as pessoas aqui
vivem do bolsa família, de aposentadorias e pensão por morte”, disse um dos
presentes, e também do amparo assistencial (LOAS); “outra parte, agora ‘os mais
fortes’, trabalha na cana”, o setor sucroalcooleiro estadual, com salário
mínimo; Luziápolis é um distrito
distante da sede, cujo acesso interno entre o mesmo e a sede se dá pela “Madeira”,
uma estrada vicinal há muito com promessas reiteradas de pavimentação, que
resulta em um desanimado “nunca vai sair”; ali a infraestrutura e os
equipamentos municipais são precariíssimos; aqui falta quase tudo e parece que
nada mudou, disse-nos uma senhora quando transitávamos pelas esburacadas e
lameadas “ruas”; “até a escola é de fora’, completou, referindo-se à extensão;
naquele Distrito vivem, convivem e sobrevivem cerca de 23 mil habitantes;
médicos ficam em São Miguel,
a cerca 25Km e em
Teotônio Vilela, a cerca de 20Km distância; e dentistas?
“Muita gente nem conhece”; casas de taipa e casas sem banheiro são muitas, mas
não há política habitacional e de melhorias sanitárias; os gastos do dinheiro municipal retrata a
falta de planejamento e de prioridades, em descaso total com a vida; veja e
compare alguns gastos, em 2012; alguns, como comunicação aparentam ilegalidade,
pois não são contabilizados; nota-se uma falta enorme de planejamento municipal
e que as LOAs e os balanços aparentam montagem, como a finalidade meramente
formal e contábil; não há uma padronização desses documentos; também percebe-se
uma variação muito grande de receitas ou gastos, o que não aparentam
normalidade, dúvidas que poderão ser esclarecidas quando o acesso à real
prestação de contas for algo real e de punição, em razão desse descumprimento :
GastosEntreSetores (órgãos e políticas
públicas) - Tabela III
Gastos-Custos
|
Valores
|
Câmara Municipal
|
1.854.504,84
|
Agricultura
|
52.812,61
|
Desporto
|
00,00
|
Segurança Pública Municipal
|
00,00
|
Assistência à Criança e à Adolescência
|
785.648,96
|
Assistência à Pessoa Idosa
|
00,00
|
Assistência à Pessoa com Deficiência
|
4.821.51
|
Lazer
|
285.895,84
|
Habitação
|
00,00
|
Comunicação
|
00,00
|
Gestão ambiental
|
206.103,20
|
Essa realidade só será modificada a partir do momento que
deixarmos de lamentar e agirmos racional e conscientemente, como dizia o
saudoso Betinho; no entanto, a prática diária demonstra que muitos – mesmo
alguns milhares que reclamam - são coniventes, por ação ou omissão; um grande
grupo de escolarizados ou até semialfabetizados, mas “cercado” por gente bem
escolarizada são os produtores desses vergonhosos índices sociais alagoanos,
apesar de em muitas oportunidades, algumas fontes desse desastre fazerem e
escreverem um certo discurso em contrário e de aparente combate; seriam índices
vindo do além, pois há uma certa recusa na identificação dos causadores dessa
tragédia, como mostra o recente divulgado Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDH-M), conforme tabela abaixo; muitas vezes, observamos alguém ou
por má-fé mesmo ou por desinformação atribuir os índices à falta de
escolaridade da população ou ao seu semialfabetismo; no entanto, percebe-se que
a “mãozada” é dada por gente bem escolarizada, inclusive alguns “doutores de
várias áreas do conhecimento humano”; a posição difícil de Campo Alegre na
colocação do IDH-M, inclusive, com certeza deve ser muito pior no Distrito de
Luziápolis:
Índices do
IDH-M – Tabela IV
MUNICÍPIO
|
IDH-M
GERAL
|
IDH-M
RENDA
|
IDH-M
LOGEVIDADE
|
IDH-M EDUCAÇÃO
|
COLOC.
NO BR
|
COLOC.
EM AL
|
Campo
Alegre
|
0.570
|
0.531
|
0.742
|
0.470
|
4.841ª
|
40ª
|
Teotônio
Vilela
|
0.564
|
0.549
|
0.700
|
0.466
|
4.965ª
|
49ª
|
Coruripe
|
0.626
|
0.591
|
0.769
|
0.541
|
3.561ª
|
8ª
|
São
Miguel dos Canpos
|
0.623
|
0.612
|
0.770
|
0.514
|
3.631ª
|
9ª
|
Roteiro
|
0.505
|
0.524
|
0.672
|
0.365
|
5.515ª
|
98ª
|
Penedo
|
0.630
|
0.602
|
0.774
|
0.536
|
3.487ª
|
7ª
|
Jequiá
daPpraia
|
0.556
|
0.517
|
0.772
|
0.430
|
5.116ª
|
59ª
|
Junqueiro
|
0.575
|
0.586
|
0.714
|
0.454
|
4.742ª
|
32ª
|
São
Sebastião
|
0.549
|
0.537
|
0.714
|
0.432
|
5.209ª
|
64ª
|
Com certeza, os
índices comprovam que os dinheiros municipais não estão sendo usados de forma
correta e integralmente em prol da população de cada município; a situação
precisa ser forte e urgentemente modificada; o problema é que essa mudança
depende de cada um de nós; a tragédia
não atinge só Campo Alegre, veja-se a situação de “São Sebastião ocupa a 5.209ª posição, em 2010, em
relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 5.208 (93,58%) municípios
estão em situação melhor e 357 (6,42%) municípios estão em situação igual ou
pior. Em relação aos 102 outros municípios de Alagoas, São Sebastião ocupa a
64ª posição, sendo que 63 (61,76%) municípios estão em situação melhor e 39
(38,24%) municípios estão em situação pior ou igual”; como
um município com tamanha arrecadação tem uma qualidade de vida tão deteriorada,
pode ser perguntado; todavia, no Distrito de Luziápolis,
mais uma vez, replanta-se o esperançar em cada um de nós e com o debate de
casos concretos, passou-se ao encerramento desse Vigésimo Sobam, agradecendo-se
à professora Jildete Guedes, Diretora da extensão; a próxima edição deverá ser
em Piranhas ou em
Delmiro Gouveia, na região do Alto Sertão alagoano, onde
estão localizados muitos dos nossos empobrecidos municípios.
Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (Foccopa)
Redação: Organização do XX Sobam
Data:11-08-2013
P.S.1: Com a
divulgação interna da proposta da ata às pessoas que estiveram mais envolvidas
nas atividades ou que disseram que iriam participar das atividades do Sobam,
mesmo por telefone, algumas retificações gramaticais no procedidas na Ata; também
se fazem alguns aditamentos, acolhendo-se as sugestões a seguir: o Sobam é uma
das atividades do chamado “Curso de Noções sobre Administração Pública
Municipal”, que também tem outra atividade: ExpoContas Públicas; quanto ao
porque Arapiraca não constar nas tabelas, decorre da não participação de
pessoas daquele Município, o 2ª mais populoso de Alagoas e onde o material foi
divulgado para algumas lideranças e nas escolas Hugo Lima, Premem e Quintella
Cavalcante, bem como para alguns mototaxista, que fazem ponto na Praça João
Ribeiro Lima (“Praça da Prefeitura”), mas lá será realizada a ExpoContas, a
depender do interesse e a participação de lideranças daquela região Agreste;
quanto à inexistência dos índices de Junqueiro e Teotônio Vilela, ainda não
existe uma informação oficial; elas foram solicitadas à STN e à Sefaz, e ainda
não foram recebidas; quando chegarem, as divulgaremos, escrevendo um P.S.2; mas realmente, em 23 de julho e
em 6 de agosto, passados, nem a LOA e nem o BM não estavam nas respectivas
Secretaria Municipal de Finanças e nem na Câmara Municipal, e menos ainda uma
cópia à disposição de alguém interessado, como manda a legislação; também não pedido
pessoal a alguém influente – o chamado e sabido “tráfico de influência” - nem
com modestos servidores, daqueles municípios e das câmaras municipais; tenta-se
fazer um relacionamento institucional; quanto ao Palestina, a situação é
caótica, pois a prestação de contas há muitos anos não é feita, inclusive por
duas vezes foram pedidas intervenções, mas estas não foram decretadas pelo o
Governo Estadual; para roteiro e Jequiá da Praia, acredita-se também
aguardam-se as respostas; realmente foi notada a ausência de lideranças de
segmentos sociais e de componentes de conselhos municipais, convidados,
“pessoalmente” pela atividades de mobilização; sabido e lá debatido que muitas
lideranças têm dificuldades de atuar, em razão de vínculos variados, sejam
familiares, políticos ou eleitorais, ou a cooptação mesmo, com a gestão
municipal ou a câmara municipal; no entanto, fazendo alegações, algumas de
conotação estranhas ou mesmo com o emprego de “subterfúgios”, como dito em Igaci,
anteriormente, na calada procuram saber sobre o material utilizado no evento e
os debates ali acontecidos; essa aparente “fragilidade” da sociedade em geral e
especial de suas lideranças precisa ser debatida claramente, se se quiser mudar
algumas atuações e práticas; finalmente, quanto à ortografia: Luziápoles ou
Luziápolis? Há divergência! Alguns entendem que seria realmente Luziápoles,
considerando-se que é inusual a terminação em “i” no nosso idioma, e assim a
referida grafia foi adotada na redação inicial; todavia, quando leu a ata, uma
das pessoas participantes nos contou um pouco da história do então povoado Pau
do Descanso, assim chamado porque ali havia uma enorme árvore chamada
Açoita-cavalo, onde as pessoas e animais descansavam; no final da década de 80
o povoado passou a ser chamado de Luziápolis, hoje já distrito; seria “terra de
Luzia”, em homenagem à Santa Luzia, ali muito venerada e padroeira, bem como
teria assumido uma característica de nome próprio e, portanto, deveria ser
escrito Luziápolis, com “i”, daí fazermos a modificação na ata e neste
aditamento; pela história, Luziápolis seria a junção das palavras Luzia,
referente à Santa, com pólis, relativa à cidade, fizemos então a correção;
Luziápolis teria surgido da luta e da mobilização lideradas
pelo religioso católico Dorgival Gonçalves, que, segundo informações, estaria
por volta dos 90 anos de idade, e residiria em Maceió; quanto aos índices do
IDH-M na colocação estadual, ausentes na tabela, que é a IV e não a “II”, decoreu
de não haver tempo para pesquisa, mas agora passamos a informá-los, atualizado
as pesquisa; finalmente, no
IDH-M de 2013, Campo Alegre está na “4.841ª posição, em 2010, em relação aos
5.565 municípios do Brasil, sendo que .4840 (86,97%) municípios estão em
situação melhor e 725 (13,03%) municípios estão em situação igual ou pior. Em
relação aos 102 outros municípios de Alagoas, Campo Alegre ocupa a 40ª posição,
sendo que 39 (38,24%) municípios estão em situação melhor e 63 (61,76%)
municípios estão em situação pior ou igual”; assim vive, convive e sobrevive os
50.831 habitantes, segundo o censo de 2010; são 50,75% mulheres e 49,25%
homens, sendo que 43,61% da sua população está na área urbana e 56,39% na área
rural, com uma renda pércapita por habitante de, em tese, R$3.459,00; a
Coordenação e os organizadores do Vigésimo Sobam
esperam ter contribuído para o debate sobre a urgente melhoria na qualidade de
vida da população, algo que passa necessariamente pela compreensão e pela
participação da população no momento de “partir o bolo” – ou melhor – os
dinheiros municipais, que é a elaboração e votação do orçamento, bem como a
prática de um efetivo controle social popular. Assinatura: Foccopa - XXXXXX
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