sábado, 19 de agosto de 2017

Em São Sebastião, Al, moradores se reúnem com Movimento por Moradia para debater ocupação do conjunto 28 de julho

União de Movimento de Moradia em Alagoas,
Associação dos Moradores e das Moradoras do Bairro São José,
Ongue de Olho em São Sebastião e Comissão de Cidadania.
Neste sábado, 20, no Centro Cultural Salomé, a Ongue de Olho em São Sebastião, os coordenadores da “União de Movimento de Moradia em Alagoas”, Zezé e Zé Cláudio, estiveram reunidos com a Comissão de Cidadania do "28 de julho", conjunto habitacional ocupado por cerca de 50 famílias - também esteve presente a Associação dos Moradores e das Moradoras do Bairro São José.

Os moradores disseram que uma parte vivia de aluguel e outra em casas de parentes, daí resolveram ocupar as casas abandonadas. “Esta ocupação representa um sonho realizado de adquirir a casa própria, ter dignidade”, disse um dos presentes. Também relataram as dificuldades que estão enfrentando devido, principalmente, a falta d’água encanada e de energia elétrica nas casas.

Zezé e Zé Cláudio afirmaram que o movimento é legítimo e que agora cabe ao poder público reconhecer e legalizar os imóveis para as famílias que lá, hoje, estão residindo. Em relação a falta de água e energia, é urgente que essas duas questões sejam resolvidas, pois esta situação coloca em perigo a vida das pessoas, principalmente das pessoas idosas, gestantes e pessoas com doenças crônicas.

Questionado se eles, moradores, poderiam ser despejados; Zé Cláudio disse que acha muito difícil, pois eles ocuparam casas que estavam abandonadas, e, mesmo que, em último caso, recebam uma ordem de despejo teriam “cada família” o direito de receber o auxílio do “aluguel social”, no valor de R$250,00 mensal. Mas é preciso que os moradores estejam organizados para buscarem regularizar essa situação e os demais problemas que afligem, neste momento, as famílias.

 “Uma vez que as famílias saem das casas dos parentes ou de aluguel para ocupação, não tem mais para onde voltar”. Afirmou Zé Cláudio.

Paulo Bomfim, Conselheiro Municipal de Controle Social, disse que os responsáveis pela não entrega das casas devem responder, inclusive, judicialmente. Também chamou atenção para os altos valores aprovados no Orçamento Municipal para melhorias habitacionais em 2017, só para Ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário, um dos problemas enfrentados pelas famílias do conjunto, é de 1.680.000,00. Dinheiro tem, afirmou o Conselheiro.

Em seguida, os coordenadores da União de Movimento de Moradia em Alagoas, junto com os moradores foram até o local da ocupação, o conjunto habitacional 28 de julho.
Visita ao conjunto 28 de julho,
União de Movimento de Moradia em Alagoas

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