No entanto, a Associação Brasileira de Portadores da Síndrome da Talidomida, rejeitou o pedido de perdão e se opôs à homenagem.
Dos braços eles eram pequeninos!
Não sei bem as datas, mas no final da década de 50 e início dos anos 60, a talidomida era usada no combate a enjoos de mulheres grávidas, além de outros sintomas como tosse, insônia e dores de cabeça.
Todavia, constatou-se que a substância ativa provocava a dismelia. Dismelia é o nome que se dá ao nascimento de pessoas sem o desenvolvimento regular dos membros, superiores ou inferiores ou dos dois ao mesmo tempo.
Braços ou pernas não se desenvolvem e ficam pequeninos ou mesmo, conjuntamente, os braços e as pernas ficavam deformados, em razão dos efeitos colaterais do medicamento.
Pessoas com essas características são muito encontradas nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Pelo que percebo, no Nordeste, são poucas as pessoas afetadas pelos efeitos da talidominada.
As deformações podem atingir também a outros órgãos, como olhos, genital, coração, aparelho digestivo etc. e nesses casos provocar a morte da pessoa.
O uso do remédio, durante a gravidez, foi proibido no mundo inteiro, embora haja informações de que ainda é indicado para pessoas portadoras de hanseníase (lepra) e AIDS.
Em todo o mundo, muitas famílias receberam indenização da empresa Grünenthal e dos governos, que não fiscalizaram a produção do medicamento.
No Brasil, as vítimas da talidomida também têm direito a benefício previdenciário específico e vitalício.
Fiquei sabendo da talidomida em julho de 1974, quando cheguei à Belo Horizonte, Minas Gerais e lá fui morar no Edifício Lisboa, na rua da Bahia, onde já moravam duas garotas afetadas pelas deformações da talidomida.
Produção: Ongue de Olho em São Sebastião – imeio:ongdeolhoss@bol.com.br – blogue: onguedeolho.blogspot.com - Redação: Paulo Bomfim
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