Hoje à tarde, chorei. E chorei bastante, até!
O motivo não foi tu, meu Cruzeiro, que não caístes, sendo o primeiro time de futebol que vi entrar em campo, ali em um Mineirão, o primeiro estádio a que fui e hoje em reforma para a Copa de 2014, lotado, além de ser o primeiro jogo de futebol a que eu assisti, exatamente contra o Atlético mineiro, na disputa do final do campeonato mineiro, quando fomos campeões, nos idos de 1974, quando havia chegado a Beagá, em julho, ainda adolescente e no ano seguinte ao assassinato do socialista Salvador Allende, no Chile, em 13 de setembro de 1973, se não me falha a memória.
Não sei se chorei de alegria ou de tristeza, estava apenas com vontade de chorar, por ti, lágrimas que agora voltam a cair.
Chorei! Chorei porque não sabia porque gostava de ouvi-lo e de vê-lo combater a desigualdade que ainda mata as esperanças da maior parte do povo, nesse “mundo” de corruptos e de corruptores, e em que a maioria da tua querida categoria profissional parece aqui não viver e lembrar porque passou, possivelmente sonhando em ir para alhures e, portanto, com nada se comprometer e não enfrentar os poderosos, sendo melhor enfrentar os seus iguais ou mesmo inferiores, mas só em gramado campo e não no campo das ideias. Ideias libertárias, revolucionárias e construtoras de um mundo melhor.
Chorei por tudo que fizestes e especialmente pelo que lutastes apenas como um dos bons e muitos brasileiros, pois apenas assim o vi jogar contra o meu Cruzeiro, no Mineirão e ganhastes, naquela peleja, e depois no Pacaembu, quando perdeste e o teu Corinthians apenas o jogo, mas não as ideias que o honravam e o caracterizavam, sem em momento algum caracterizar-se como “doutor”, algo que jamais destes valor, ainda mais para essa fauna de corruptos e de corruptores doutores, que infesta o mundo brasileiro da gestão pública, empresarial e, porque não, pessoal.
Lembrei-me e chorei. Chorei e lembrei-me!
Da revista Carta Capital, onde o li sempre e sobre tuas ideias refletia, e indagava-me por que não outros também?
Mas tenho certeza de que viajastes em paz. Como muitas outras viagens profissionais fizestes. Mas esta tua pessoal viagem será a última.
No futebol e na vida ganhastes quase tudo. Perdeste para o álcool, como estão perdendo milhões de brasileiros e brasileiras, especialmente jovens e até nem sonhadores, como tu.
Ficam-nos as lembranças do que fizestes, dissestes e escrevestes.
O povo brasileiro o reconhece e, como eu, lhe dá já saudoso
Adeus!
Senhor Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira.
O motivo não foi tu, meu Cruzeiro, que não caístes, sendo o primeiro time de futebol que vi entrar em campo, ali em um Mineirão, o primeiro estádio a que fui e hoje em reforma para a Copa de 2014, lotado, além de ser o primeiro jogo de futebol a que eu assisti, exatamente contra o Atlético mineiro, na disputa do final do campeonato mineiro, quando fomos campeões, nos idos de 1974, quando havia chegado a Beagá, em julho, ainda adolescente e no ano seguinte ao assassinato do socialista Salvador Allende, no Chile, em 13 de setembro de 1973, se não me falha a memória.
Não sei se chorei de alegria ou de tristeza, estava apenas com vontade de chorar, por ti, lágrimas que agora voltam a cair.
Chorei! Chorei porque não sabia porque gostava de ouvi-lo e de vê-lo combater a desigualdade que ainda mata as esperanças da maior parte do povo, nesse “mundo” de corruptos e de corruptores, e em que a maioria da tua querida categoria profissional parece aqui não viver e lembrar porque passou, possivelmente sonhando em ir para alhures e, portanto, com nada se comprometer e não enfrentar os poderosos, sendo melhor enfrentar os seus iguais ou mesmo inferiores, mas só em gramado campo e não no campo das ideias. Ideias libertárias, revolucionárias e construtoras de um mundo melhor.
Chorei por tudo que fizestes e especialmente pelo que lutastes apenas como um dos bons e muitos brasileiros, pois apenas assim o vi jogar contra o meu Cruzeiro, no Mineirão e ganhastes, naquela peleja, e depois no Pacaembu, quando perdeste e o teu Corinthians apenas o jogo, mas não as ideias que o honravam e o caracterizavam, sem em momento algum caracterizar-se como “doutor”, algo que jamais destes valor, ainda mais para essa fauna de corruptos e de corruptores doutores, que infesta o mundo brasileiro da gestão pública, empresarial e, porque não, pessoal.
Lembrei-me e chorei. Chorei e lembrei-me!
Da revista Carta Capital, onde o li sempre e sobre tuas ideias refletia, e indagava-me por que não outros também?
Mas tenho certeza de que viajastes em paz. Como muitas outras viagens profissionais fizestes. Mas esta tua pessoal viagem será a última.
No futebol e na vida ganhastes quase tudo. Perdeste para o álcool, como estão perdendo milhões de brasileiros e brasileiras, especialmente jovens e até nem sonhadores, como tu.
Ficam-nos as lembranças do que fizestes, dissestes e escrevestes.
O povo brasileiro o reconhece e, como eu, lhe dá já saudoso
Adeus!
Senhor Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira.
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