[No Brasil, há mais de 30
anos, Eduardo Suplicy, político paulistano petista, propõe a instituição de uma
RBC(Renda Básica Cidadã) no País. Cada família teria direito uma espécie de
salário mínimo ou algum outro valor além disso.
No mundo, diversos estudiosos
e estudiosas também pregam a necessidade de se redistribuir, a riqueza, a renda
e os dinheiros públicos. Todos os estudos defendem e advogam uma espécie de RBC,
antes de Suplicy e simultaneamente a ele.
Voltando ao Brasil,
diversas instituições defendem a instituições e a implementação de um “Orçamento
e Direitos” ou as ideias de que “o povo cabe no orçamento” público.
Ou seja: tem
dinheiro público para todos e todas, basta lutarmos e elegermos – eis uma
enorme de nossas responsabilidades nas eleições - gente comprometida com essas
ideias, nos três níveis político-administrativos brasileiros (26 estados, 1
Distrito Federal e 5.570 municípios, e a própria União).
Mas, precisamos que chegasse
em todos os países do mundo (daí a palavra “pandemia”) essa infecção chamada de
coronavírus para que se voltasse, por grande maioria, a falar no “Estado do
Bem-estar Social” (um Estado com direito a ter direitos, especialmente os
sociais), que garante direitos, melhorias, qualidade de vida etc., à população
em geral.
Ou o Estado que inclui o
povo (aqui, expressão que expressa as gentes que vivem, sobrevivem e convivem de
salários ou até de médios lucros) nos orçamentos municipais, estaduais,
distrital e nacional ou que se divida a riqueza e se redivida a renda mesmo que
de forma muito inicial.
Assim, as políticas lutas
no mundo e também no Brasil fizeram com que os dinheiros aparecessem ao menos
em teoria, mas devemos aguardar a implementação de sua real utilização pelos
mundos político-administrativos.
Então, a Câmara Nacional –
até rapidamente - aprovou uma renda emergencial mínima e esperamos que a mesma
seja aprovada pelo Senado da República, no início da semana que virá. Por
conseguinte, gaste o seu fim-início de semanas para por quaisquer meios de
comunicação exigir dos senhores senadores e das nossas senadoras a aprovação coriscal
da proposta que foi aprovado na Câmara.
Por fim, os quase 6 mil atuais
orçamentos brasileiros nos cabem neles e nos permitem uma renda básica. A
seguir, leia a resposta de parte de um excelente texto produzido pelo Inesc. No
final tem o endereço para você ler todo o escrito].
“O papel do governo é garantir o
bem-estar das pessoas – o que, hoje, implica realizar medidas rápidas para
conter o novo coronavírus e, consequentemente, a crise econômica que está
provocando. O jeito de fazer isso é compensar a queda da atividade econômica
com gasto do governo. O estímulo fiscal foi endossado pelo FMI como a ferramenta
principal para responder à crise global. A renda básica emergencial é uma das
despesas que o governo deve se comprometer imediatamente.
Mas como o governo vai arranjar dinheiro para
realizar esses gastos? Não estamos em crise, o Estado não está falido?
O governo tem uma ferramenta que ninguém mais tem:
ele pode emitir dívida e decidir em qual taxa de juros ele irá pagá-la! Assim
como a arrecadação de impostos, a emissão de dívida é uma ferramenta legítima da
União para realizar gastos e, em 2019, representou 45,1% do total de receita do
governo. Hoje em dia, nossas taxas de juros estão historicamente baixas, isso
é, não vai custar muito para se endividar. Essa é a estratégia que vários
outros países têm adotado pelo mundo – a Europa, por exemplo, está preparando títulos de dívida
específicos para o enfrentamento da Covid-19. O Brasil tem uma
dívida pública interna ainda controlável e nada impede que ela aumente.
Nada
além de vontade dos nossos governantes.
Outros instrumentos podem ser pensados para o
financiamento desta iniciativa, porém, é importante que eles não resultem na
violação de direitos. A campanha pela Renda Básica Emergencial rejeita medidas
que signifiquem uma redução de políticas sociais existentes, incluindo a
flexibilização de aspectos trabalhistas e previdenciários.
No médio prazo, entretanto, precisamos repensar o
financiamento do gasto público brasileiro, principalmente na nossa estrutura
tributária. O sistema tributário vigente agrava as distâncias entre pobres e
ricos, entre mulheres e homens, entre negros e brancos e entre regiões, porque
é altamente regressivo, onerando proporcionalmente mais os mais pobres. O Inesc
realizou uma análise sobre as propostas de reforma tributária em disputa no
congresso e explicou o que significa lutar pela progressividade do sistema
tributário aqui.”
https://www.inesc.org.br/renda-basica-emergencial-e-possivel-e-necessaria-entenda-em-5-pontos/
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