Eis “[...] uma mentira!”
A
frase, aspada, que intitula este texto é também o título de um filme, que
pretendia convencer pessoas desinformadas ou de pura má fé, apesar de
informadas. A frase, também entre aspas, que é subtítulo deste texto é a
negação da pretensão exposta no mencionado filme. Mas a chamada “7ª arte” não
tem culpa das más intenções de quem deveria zelar pelas opções de mero
entretenimento de alguém que a procura.
Acredito
que por ser petista e residir no interior de Alagoas, na chamada Região
Metropolitana do Agreste, no Município São Sebastião, mais especificamente,
ouvi e acho que ainda ouvirei questionamentos sobre a qualidade e veracidade do
referido filme.
Quanto
à qualidade do filme, dizia que devia ser boa, até porque a intenção da trama era
ser “impactante e convincente” em seu enredo, especialmente para alguém
abraçado pelo analfabetismo político, já exposto à humanidade por volta do 1º
quarto do Século XX, pelo alemão Bertold Brecht.
Quanto
à veracidade, por sérios textos que li, o filme foi transformado em uma espécie
de fraude. E se utilizado o seu próprio enredo, também um crime. Se fraudar-se
a real e a materialidade histórica dos fatos fosse crime, naturalmente.
Com
esse sentimento, no meado desse “setembro amarelo”, rechego ao Minas Gerais,
mais particularmente, ao Belo Horizonte e seu entorno, como o fiz no início da década
de 70.
Além
do casamento de uma de minhas filhas, Lidiane, não deixei passar a oportunidade
de certificar-me se o título do filme condizia com o conteúdo do seu enredo. De
logo, confesso a você, leitor(a) a minha desconfiança, há muito retratada em outros
texto, até mesmo em um outro “ESTADO DOS FATOS”, que lido pode ser em http://onguedeolho.blogspot.com.br/2011/04/minas-gerais-estado-dos-fatos-i.html.
Quanto à qualidade do filme. Como leigo, não a achei das melhores e até mesmo com cenas “forçada”. Uma 1ª nota bem baixa recebe no quesito. Quanto à veracidade do conteúdo do seu enredo, plenamente concordei com os textos lidos. Recordei-me de debates havidos no 23º Seminário Internacional de Ciências Criminais, promovido pelo Ibccrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais). Em especial, com o artigo: “Imparcialidade do juiz é critério para medir maturidade democrática de uma sociedade”, do professor e magistrado Geraldo Prado, que também participou do documentário Justiça, de Maria Augusta Ramos. Com razão, pareceu-se Altamiro Borges ao perguntar: Quem financiou o filme da Lava-Jato?
Na tarde de ontem, domingo, no Cidade, a sessão
tinha cerca de 12 pessoas. “Polícia Federal – A Lei é para Todos”, seria um “fracasso de bilheteria?”
Na dúvida, perguntei a alguém que no cinema trabalhava.
A pergunta foi confirmada. Qual o motivo do fracasso, se a mídia grande tanto
noticiava o filme? “Ele é uma mentira!”, respondeu-me. Por quê “mentira”,
indaguei? Eis o resumo da resposta: “só um muito idiota, para acreditar nessa
história de um só lado”; a “pessoa mais consciente sabe que querem acabar com o
Lula”; algo ainda sem resposta: “por que de Minas e de São Paulo ninguém foi
preso?” Pensei em dar a minha resposta, mas me contive.
Trabalhando aqui, qual os comentários de quem
assiste o filme? “É uma farsa, disse um senhor”; “uma senhora, professora Puc,
disse que poderiam ter contado a história da corrupção, mas perderam a
oportunidade”. Mas o filme é bem recomendado? “Quem vai recomendar isso? Só se
gostar de enganar!”
Ah, tá bom!
Amanhã, terça-feira, assistirei “Divórcio”, uma
comédia. Talvez seja mais legal!
Redação: Paulo Bomfim
Data:18-9-2017
Leia também o comentários sobre "O Mecanismo", de Zé Padilha em http://onguedeolho.blogspot.com.br/2018/03/o-mecanismo-e-escroto-mesmo.html
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