sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O Estado dos Fatos – Filme: “A Lei é para Todos”



Eis “[...] uma mentira!”

A frase, aspada, que intitula este texto é também o título de um filme, que pretendia convencer pessoas desinformadas ou de pura má fé, apesar de informadas. A frase, também entre aspas, que é subtítulo deste texto é a negação da pretensão exposta no mencionado filme. Mas a chamada “7ª arte” não tem culpa das más intenções de quem deveria zelar pelas opções de mero entretenimento de alguém que a procura.

Acredito que por ser petista e residir no interior de Alagoas, na chamada Região Metropolitana do Agreste, no Município São Sebastião, mais especificamente, ouvi e acho que ainda ouvirei questionamentos sobre a qualidade e veracidade do referido filme.

Quanto à qualidade do filme, dizia que devia ser boa, até porque a intenção da trama era ser “impactante e convincente” em seu enredo, especialmente para alguém abraçado pelo analfabetismo político, já exposto à humanidade por volta do 1º quarto do Século XX, pelo alemão Bertold Brecht.  

Quanto à veracidade, por sérios textos que li, o filme foi transformado em uma espécie de fraude. E se utilizado o seu próprio enredo, também um crime. Se fraudar-se a real e a materialidade histórica dos fatos fosse crime, naturalmente.

Com esse sentimento, no meado desse “setembro amarelo”, rechego ao Minas Gerais, mais particularmente, ao Belo Horizonte e seu entorno, como o fiz no início da década de 70.

Além do casamento de uma de minhas filhas, Lidiane, não deixei passar a oportunidade de certificar-me se o título do filme condizia com o conteúdo do seu enredo. De logo, confesso a você, leitor(a) a minha desconfiança, há muito retratada em outros texto, até mesmo em um outro ESTADO DOS FATOS”, que lido pode ser em http://onguedeolho.blogspot.com.br/2011/04/minas-gerais-estado-dos-fatos-i.html.

Quanto à qualidade do filme. Como leigo, não a achei das melhores e até mesmo com cenas “forçada”. Uma 1ª nota bem baixa recebe no quesito. Quanto à veracidade do conteúdo do seu enredo, plenamente concordei com os textos lidos. Recordei-me de debates havidos no 23º Seminário Internacional de Ciências Criminais, promovido pelo Ibccrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais). Em especial, com o artigo: Imparcialidade do juiz é critério para medir maturidade democrática de uma sociedade, do professor e magistrado Geraldo Prado, que também participou do documentário Justiça, de Maria Augusta Ramos. Com razão, pareceu-se Altamiro Borges ao perguntar: Quem financiou o filme da Lava-Jato?

Na tarde de ontem, domingo, no Cidade, a sessão tinha cerca de 12 pessoas. “Polícia Federal – A Lei é para Todos”, seria um “fracasso de bilheteria?”

Na dúvida, perguntei a alguém que no cinema trabalhava. A pergunta foi confirmada. Qual o motivo do fracasso, se a mídia grande tanto noticiava o filme? “Ele é uma mentira!”, respondeu-me. Por quê “mentira”, indaguei? Eis o resumo da resposta: “só um muito idiota, para acreditar nessa história de um só lado”; a “pessoa mais consciente sabe que querem acabar com o Lula”; algo ainda sem resposta: “por que de Minas e de São Paulo ninguém foi preso?” Pensei em dar a minha resposta, mas me contive.

Trabalhando aqui, qual os comentários de quem assiste o filme? “É uma farsa, disse um senhor”; “uma senhora, professora Puc, disse que poderiam ter contado a história da corrupção, mas perderam a oportunidade”. Mas o filme é bem recomendado? “Quem vai recomendar isso? Só se gostar de enganar!”

Ah, tá bom!

Amanhã, terça-feira, assistirei “Divórcio”, uma comédia. Talvez seja mais legal!

Redação: Paulo Bomfim
Data:18-9-2017

Um comentário:

  1. Leia também o comentários sobre "O Mecanismo", de Zé Padilha em http://onguedeolho.blogspot.com.br/2018/03/o-mecanismo-e-escroto-mesmo.html

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