Milhares de veículos com placa de táxis têm circulado por ruas e
por rodovias alagoanas. Por trás desta situação pode existir um derrame de alvarás
por administrações municipais a supostos taxistas. Esse possível “derrame” pode
decorrer do conluio de administrações municipais com pessoas ligadas a cada
administração e até a eleitores.
Esta última situação surgiu em razão de cabos eleitorais ou
outras pessoas que votaram ou fizeram campanha eleitoral para determinadas
candidaturas terem aparecido com veículos com placa de táxi, ou seja, placa
vermelha, mas que no dia a dia não trabalha como tal.
As situações comportam diversas irregularidades, que vão de
crime a outros ilícitos, inclusive, a prática de atos de improbidade a
administrativa. Essa “farra” ou “derrame” é velha conhecida das autoridades
fiscais, pois abrange centenas de municípios, país afora.
Quem tem alvará fornecido por qualquer prefeitura pode comprar
veículo para - de fato - usá-lo como táxi, sem pagar tributos nacional,
estadual e até municipal. Assim, o carro é comprado por um valor bastante
inferior ao que tem os tributos inclusos.
A depender do modelo, o conjunto da diferença dos tributos no preço pode ser “superior a 50% do preço do automóvel“, informou um vendedor de veículo à reportagem.
A depender do modelo, o conjunto da diferença dos tributos no preço pode ser “superior a 50% do preço do automóvel“, informou um vendedor de veículo à reportagem.
Se a situação não for real, pode gerar sonegação de tributos
nacional, estadual e municipal, em razão da participação de alguma
administração na fraude. O fato tem levado à redução da arrecadação de cada
ente público e tem sido verificado o financiamento de milhares de veículos como
táxi.
Tudo indica que as investigações chegarão a São Sebastião. Será que
aqui há essa situação?
Esse fato é antigo. No Estado, também já foi investigado
anteriormente. Quando era Superintendente Estadual da Polícia Federal, o então
delegado Pinto de Luna, que nacionalmente ficou muito famoso pela investigação
Taturana, investigou e combateu essa espécie de fraude.
Com a atuação da PF, na época, o número de táxis diminuiu bastante e em alguns municípios quase acabou, pois não foi comprovada a demanda para tal e alguns “taxistas” em verdade exerciam outras profissões.
Com a atuação da PF, na época, o número de táxis diminuiu bastante e em alguns municípios quase acabou, pois não foi comprovada a demanda para tal e alguns “taxistas” em verdade exerciam outras profissões.
Após o término daquelas investigações, começaram a aparecer
muitos veículos caracterizados como táxi, mas que, aparentemente, era uma
caracterização fraudulenta ou para simular uma situação real.
Esse retorno das investigações poderá esclarecer se o problema realmente existe ou é fruto de meras desconfianças. Todavia, existem muitos comentários sobre a existência do conluio-fraude-simulação.
Esse retorno das investigações poderá esclarecer se o problema realmente existe ou é fruto de meras desconfianças. Todavia, existem muitos comentários sobre a existência do conluio-fraude-simulação.
>Produção: Ongue de Olho em São Sebastião, em parceria com o Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas - Foccopa-AL.
Redação Paulo Bomfim (Em cumprimento de sua responsabilidade de
Conselheiro Municipal de Controle Social em São Sebastião)
Data: 26-11-2016
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