por
Aprigio Vilanova
Acho que
os termos que tentam limitar um ou outro a isso ou aquilo é sempre perigoso,
pois assim não há limite; apenas as abstratas palavras. Mas o momento em que
vive o Brasil precisa ser pensado para além disso.
Coxinhas
e Mortadelas não resumem nossa sociedade, nós somos mais que isso. Mas somos
muito menos também. Experimentamos o poder, na prática, que a mídia exerce de
forma alienante em grande medida.
Até a
eleição de 2014 a maioria da população votou em uma plataforma política
minimamente progressista, mas a avalanche de notícias de corrupção mudou a
mentalidade do eleitorado brasileiro pouco politizado.
Hoje
assistimos perplexos o desmantelamento do mínimo projeto progressista que vinha
sendo implementado. A grande mídia brasileira é responsável pela despolitização
da população.
O Brasil
é um país de analfabetos e a maioria da população se informa única e
exclusivamente pela televisão. A TV exerce um poder onipresente, onisciente e
onipotente, em nenhum país a televisão tem tanta importância.
O
discurso único reproduzido pela televisão entorpece e aliena. Os oprimidos
acabam por concordar com os opressores e são levados ao ódio. O desmantelamento
começou e o plano entreguista já começa a tomar forma.
O fica de
esperança é o curto período deste governo comprometido com os interesses dos
historicamente beneficiados. É preciso muito mais esforço para desconstruirmos
a mentalidade brasileira de vira lata.
*
Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto -MG
http://blogdobob.blogsdagazetaweb.com/
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