domingo, 26 de junho de 2016

Escolarização2016: CAFU DEFENDE LUTAS DE ESTUDANTES



Jogador de vários clubes brasileiros e estrangeiros, bem como da Seleção Brasileira, durante sua participação em programa esportivo, Cafu surpreende e faz intervenção no sentido de defender a luta de estudantes da Universidade de São Paulo, por melhores condições de escolarização.

A seguir leia a matéria e assista ao áudio divulgado pela revista Fórum : “Na Fox Sports, ex-jogador Cafu sai em defesa de estudantes da USP em greve
 Data da foto: 1998
Cafu, do Brasil, comemorando gol durante jogo da Copa do Mundo.
Marcos Evangelista de Morais, o Cafu, é conhecido por sua habilidade no futebol. Fez parte das equipes vencedoras das Copas do Mundo de 1994 e 2002, sendo capitão do Penta. Jogou também nas copas de 1998 e 2006. Hoje, ele participa de programas como comentarista do esporte. E numa de suas participações na Fox Sports, canal de TV pago, Cafu aproveitou para dar seu recado em solidariedade aos estudantes da Universidade de São Paulo, em greve.
“Estão dizendo que os alunos são vândalos, são baderneiros, pelo contrário. Os alunos da USP estão lutando pelo direito de igualdade, pelo direito de cota racial, cota social, direito de igualdade de grandes funcionários, professores gabaritados que estão sendo mandados embora e não estão colocando os professores à altura para que nosso ensino possa ser melhor. Acabaram com a cota do HU da USP, estão eliminando os dormitórios para os alunos que vêm de fora”, denunciou.
Hoje, o ex-jogador toca a Fundação Cafu, que se define como uma “entidade sem fins lucrativos, geradora de oportunidades de desenvolvimento que atua no combate à desigualdade social”.
Na TV, ele ainda cobrou os governantes maior atenção às reivindicações dos estudantes e destacou que a universidade “é do povo”.
“Acho que tem que levar em consideração o que esses meninos estão reivindicando. Não são baderneiros, não são bagunceiros, estão reivindicando aquilo que é deles. A USP é do povo. E o povo merece ter um ensino adequado. A USP era uma de nossas maiores referências. E tem que continuar sendo uma das maiores referências no ensino brasileiro. Vocês que têm o poder deem uma olhada melhor o que está acontecendo lá na USP”, concluiu.

Cafu, em fala magistral em defesa da luta dos estudantes

http://www.revistaforum.com.br/2016/06/26/na-fox-sports-ex-jogador-cafu-sai-em-defesa-dos-estudantes-da-usp-em-greve/

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Imprensa2016: JUÍZES TÊM OS ALTOS SALÁRIOS DIVULGADOS E PROCESSAM JORNALISTAS



Desde que o recebimento de altos salários por juízes paranaenses foi divulgado, jornalistas passaram a ser perseguidos, inclusive, com a entrada de diversos processos em locais diversos, como forma de dificultar a defesa dos mesmos.

Esses fatos foram debatidos em São Paulo, durante a realização do 11º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). Uma das palestrantes foi a ministra do judiciário, Cármem Lúcia, que disse: “Ataque a jornalistas mudou conceito de censura judicial, diz Cármen Lúcia
O caso dos juízes que estão processando jornalistas no Paraná, após terem seus salários divulgados em reportagens, mudou o conceito sobre censura judicial no Brasil, opina a ministra Cármen Lúcia, do STF; ela destaca que, até então, a censura judicial tratava-se de liminares concedidas por juízes para impedir a publicação de determinadas notícias; agora, com o novo caso, os juízes passaram para o polo ativo do processo; "Fico preocupada se essas ações buscam criar um lugar no espaço público onde jornalistas não poderiam entrar", afirmou.
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Por Marcos de Vasconcellos, do Conjur - O caso dos juízes que estão processando jornalistas no Paraná, após terem seus salários divulgados em reportagens, mudou o conceito sobre censura judicial no Brasil. A opinião é da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, que palestrou para jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira (24/6).
Cármen explicou que, até então, a censura judicial tratava-se de liminares concedidas por juízes para impedir a publicação de determinadas notícias. Agora, com o novo caso, os juízes passaram para o polo ativo do processo.
"Fico preocupada se essas ações buscam criar um lugar no espaço público onde jornalistas não poderiam entrar", afirmou Cármen Lúcia. Isso porque, diz ela, as notícias em questão listavam os salários dos juízes, que são servidores públicos.
Cármen discursou no 11º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, organizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em São Paulo. A plateia era composta de cerca de 300 jornalistas e estudantes; no palco com a ministra, estava a jornalista Míriam Leitão.
Questionada sobre as gravações usadas na operação "lava jato" com políticos dizendo que tinham ministros "garantidos" no Supremo, a ministra foi direta: "Há blefe o tempo todo". Ela afirma que esse tipo de discurso é algo quase corriqueiro entre advogados, que querem convencer seus clientes de seus poderes.
"Como ser humana, eu sou muito grata, mas, como juíza, sou de uma ingratidão total", disse, afirmando que a estratégia trata-se de venda de fumaça. "Ninguém tem a audácia de chegar a um juiz e dizer que quer isso ou aquilo desse ou daquele jeito. A primeira atitude de um juiz ao se deparar com isso será criminalizar, será denunciar a tentativa de cometimento de um crime."
"Os juízes podem ser vendidos, só não podem ser comprados", brincou. A ideia, diz, é que não há como evitar o blefe por advogados e políticos. "Há juízes no Brasil, e o cidadão brasileiro pode dormir tranquilo."
Cármen Lúcia também ressaltou o fato de o Brasil ainda não conseguir lidar com a corrupção nos diversos níveis administrativos. "O Brasil engole um elefante e engasga com a formiga. É um país que consegue fazer um impeachment, mas não tira o vereador da cidadezinha do interior que todo mundo sabe que é corrupto. Isso mostra que as instituições estão funcionando, mas a cidadania precisa fazer sua parte."
Em um discurso que louvou a imprensa, a ministra afirmou que o papel da mídia no Brasil ganha mais importância por causa da pouca educação. "Diferente de sociedades onde a educação formal é para todos. Por isso, a importância da liberdade de imprensa no artigo 5º é ainda maior."
Questionada sobre como será a sua atuação como presidente do Supremo, Cármen Lúcia evitou falar sobre isso: "Próximo capítulo: em setembro".

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/240234/Ataque-a-jornalistas-mudou-conceito-de-censura-judicial-diz-C%C3%A1rmen-L%C3%BAcia.htm