No
vídeo que você verá nesta matéria estão cruelmente retratadas as más administrações e péssimas legislaturas deste
Município, além da omissão silenciosa de muitos e da conivência de tantos
outros.
Não
tenho dúvidas!
Mas, confesso-lhe, este escrito foi a maneira que encontrei para lhe dizer adeus, até quando não sei.
E sei
que o título deste escrito também poderia ser outro. Até mesmo algo mais sensacionalista.
Gênero que milhões apreciam, talvez inconscientes de que o descaso e o sofrimento
continuarão, se não mudarmos a cada um nós mesmos, como propõe a Campanha da
Fraternidade desta Quaresma que finda e desta Páscoa que chega.
Sei
que a “Questão dos Cemitérios” é de todos e de todas conhecida nesta Terra das
Rendas de Bilro, há praticamente duas longas décadas.
De logo, seu Manezinho, sei que o senhor sabe que não é por faltar dinheiro ao cofre municipal, até porque quando, recentemente, estivemos lá no seu povoado Mata Verde, conversamos sobre os muitos dinheiros que este Município movimenta, seja produzido aqui ou seja lá fora.
De logo, seu Manezinho, sei que o senhor sabe que não é por faltar dinheiro ao cofre municipal, até porque quando, recentemente, estivemos lá no seu povoado Mata Verde, conversamos sobre os muitos dinheiros que este Município movimenta, seja produzido aqui ou seja lá fora.
E o senhor concluiu a nossa conversa exclamando um certo: "Não faz porque não quer!", quando se referia à promessa não cumprida de construção do poço artesiano.
É duro, seu Manezinho...
O senhor ter partido sem ter visto o sonhado poço artesiano.
Entendo
também que a crueldade do que fizeram com o senhor e outros, só será compreendida
se a história for, mais uma vez, contada. Mas, agora, com um reforço muito grande.
Um vídeo retratando o descompromisso de gestões anteriores de um médico ou algo semelhante a
“Um Município Pior para Todos e Todas”, em contraponto ao eslogam da atual administração:
“Uma Cidade Melhor para Todos”.
Sepultar-se, seu Manezinho, não é o problema, já que ao pó e ao sal da mãe terra retornaremos. O escandaloso para a decência final, no limite, é ter que ser sepultado por cima de outros, por irresponsabilidades e crimes de gestores e de legisladores municipais.
Seu Manezinho, com esta caneta, cravo-lhe este texto. Faço-lhe uma justa homenagem pelas vezes que o vi "puxando" a sábia enxada. Logicamente, não expressivamente, como a poesia de Zico & Zeca.
Seu Manezinho, como de costume, este escrito é longo!
Mas prometo-lhe contar para os seus familiares - que tristes estão - e para todo o São Sebastião a história das lutas que estão conhecidas na nossa História Municipal como a "Questão dos Cemitérios".
Ei-la!
Por volta de 1993, mais precisamente, no mês das marias, das mães, das noivas e das trabalhadores - e no Dia da Defensoria Pública - fundamos esta Ongue de Olho em São Sebastião.
Uma das suas iniciais atividades, há quase duas décadas, foi exatamente cobrar dos dois poderes municipais, prefeitura e câmara, melhorias e ampliação nos cemitérios existentes e a construção de outros, sob condição de "num futuro bem próximo enterrar-se uns em cima dos outros", literalmente.
Uma das suas iniciais atividades, há quase duas décadas, foi exatamente cobrar dos dois poderes municipais, prefeitura e câmara, melhorias e ampliação nos cemitérios existentes e a construção de outros, sob condição de "num futuro bem próximo enterrar-se uns em cima dos outros", literalmente.
E quase 22 depois, foi isso que as mocas gestões e legislaturas fizeram com o senhor.
Acredite, seu Manezinho, foi eles!
E o senhor sabe os nomes de todos eles!
Não foram os seus amigos que fizeram isso como senhor.
Ao contrário, sou uma das testemunhas que presenciaram a revolta de todos os seus amigos e amigas, bem como de seus familiares.
Estes, seus entes queridos, saudoso Manezinho, tiveram foi um aumentado sofrimento, nessa tarde de Quarta-feira Santa.
Acredite, seu Manezinho, foi eles!
E o senhor sabe os nomes de todos eles!
Não foram os seus amigos que fizeram isso como senhor.
Ao contrário, sou uma das testemunhas que presenciaram a revolta de todos os seus amigos e amigas, bem como de seus familiares.
Estes, seus entes queridos, saudoso Manezinho, tiveram foi um aumentado sofrimento, nessa tarde de Quarta-feira Santa.
Acredite, eles jamais esperavam passar por isso!
Abaixo irei "decodificar" o vídeo que você assiste agora para que ele possa ser melhor compreendido por quem não vivenciou o momento e nem conhece a realidade dos cemitérios de São Sebastião.
O vídeo não retrata toda a história do sepultamento do seu Manezinho do Lídio. Quando o corpo chegou ao cemitério, existente no centro da cidade, a cova estava sendo cavada. Logo as pessoas perceberam que era bem rasa, com cerca de 3 a 4 palmos.
E ela não poderia ser mais afundada porque ali já existiam mais 3 restos mortais, segundo informações que lá circulavam.
O 3º deles estava com o seu recente esqueleto praticamente intacto. Dentro do caixão que o vídeo mostra, as pessoas presenciavam a cabeça, o tórax e as pernas e os pés.
Com a grande revolta um dos presentes foi buscar uma filmadora e ao chegar o esqueleto já havia sido coberto com um pouco de terra, mas os seus sinais ainda eram visíveis dentro do caixão, já em deterioração, mas com as suas laterais ainda bem à mostra.
A indignação dos presentes era grande, inclusive de pessoas que apoiam a administração do prefeito Zé Pacheco.
Mas... Nessa hora fazer o quê?
Apesar de tudo, o caixão do seu Manezinho foi colocado em cima dos restos mortais de outras três pessoas e de outros três caixões e sepultado na rasa cova.
Em seus pouco mais de um minuto e meio, o vídeo não retrata o momento em que o caixão era colocado em cima dos outros e coberto de terra, até "porque a revolta era muito grande e tinha descambado para xingamentos eleitoral", disse o cinegrafista.
Em antiga matéria, que pode ser lida em http://onguedeolho.blogspot.com.br/2015/04/dinheiros-para-os-cemiterios-sumiram.html, você saberá quanto dinheiro tinha para ajeitar os cemitérios e nada foi feito, mas o dinheiro sumiu.
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