quinta-feira, 1 de maio de 2014

SãoSebastião2014-MINISSEMINÁRIO DEBATEU TEMAS IMPORTANTES PARA TODAS AS CLASSES TRABALHADORAS

Em comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador (http://ptssal95.blogspot.com.br/2014/04/pt2014-minisseminario-comemorara-o-1-de.html), o Partido dos Trabalhadores de São Sebastião realizou nessa manhã um minisseminário, cujos temos são por demais importantes para esclarecimento e conscientização da classe trabalhadora e para toda a sociedade em geral.
Durante a realização do minisseminário foram focados dois temas dos três propostos: “Copa 2014: quem ganha e quem perde com a sua realização?” e “Direito Sindical: imposto sindical e contribuição sindical assistencial para que e a quem serve?”. O evento foi gratuito e aberto à participação de todos.
Com a justificada ausência do professor Jacinto Lino, o tema: “Marco Civil da Internete: o que é e o que significa?”  não foi debatido pelos participantes. Todavia, foi lida e debatida a reportagem da revista Carta Capital: “O marco faz história e manda recado”, da jornalista Cynara Menezes.
O minisseminário iniciou as suas atividades com o Secretário Geral do PT, Paulo Bomfim, relembrando as atividades desenvolvidas pelo PT, no ano passado, quando debateu a Proposta de Emenda Constitucional nº 37, que ficou conhecida como a “Pec da impunidade”, cujas conclusões você poderá ler em (http://onguedeolho.blogspot.com.br/2013/05/pt-realizou-debate-sobre-pec-37.html).
Posteriormente falou sobre a secular luta da classe trabalhadora e a instituição do 1º de maio como o Dia Internacional do Trabalhador, em 1919 pelo Senado francês. A data foi instituída a partir da necessidade de sempre se relembrar a tragédia acontecida com trabalhadores em Chicago, nos Estado Unidos, em 1886, quando milhares de trabalhadores lutavam pela jornada de trabalho de 8 horas diárias, na época a jornada legal era de 13.
Naquela data, já no final do Século 19 (XIX), as lutas pela redução da jornada de trabalhou acarretaram prisões e mortes, conforme sério estudo: “[...] Quando milhares de trabalhadores de Chicago, tal como de muitas outras cidades americanas, foram para as ruas no 1° de maio de 1886, seguindo os apelos dos sindicatos, não esperavam a tragédia que marcaria para sempre esta data. No dia 4 de maio, durante novas manifestações na Praça Haymarket, uma explosão no meio da manifestação serviu como justificativa para a repressão brutal que seguiu, que provocou mais de 100 mortos e a prisão de dezenas de militantes operários e anarquistas.
Alberto Parsons um dos oradores do comício de Haymarket, conhecido militante anarquista, tipógrafo de 39 anos, que não tinha sido preso durante os acontecimentos, apresentou-se voluntariamente à polícia tendo declarado: "Se é necessário subir também ao cadafalso pelos direitos dos trabalhadores, pela causa da liberdade e para melhorar a sorte dos oprimidos, aqui estou". Junto com August Spies, tipógrafo de 32 anos, Adolf Fischer tipógrafo de 31 anos, George Engel tipógrafo de 51 anos, Ludwig Lingg, carpinteiro de 23 anos, Michael Schwab, encadernador de 34 anos, Samuel Fielden, operário têxtil de 39 anos e Oscar Neeb seriam julgados e condenados. Tendo os quatro primeiros sido condenados à forca, Parsons, Fischer, Spies e Engel executados em 11 de novembro de 1887, enquanto Lingg se suicidou na cela. Augusto Spies declarou profeticamente, antes de morrer: "Virá o dia em que o nosso silêncio será mais poderoso que as vozes que nos estrangulais hoje".
Este episódio marcante do sindicalismo, conhecido como os "Mártires de Chicago", tornou-se o símbolo e marco para uma luta que a partir daí se generalizaria por todo o mundo. Seis anos mais tarde, em 1893, a condenação seria anulada e reconhecido o caráter político e persecutório do julgamento, sendo então libertados os réus ainda presos, numa manifestação comum do reconhecimento tardio do terror de Estado, que se viria a repetir no também célebre episódio de Sacco e Vanzetti. [...]”
No Brasil, Edgar Rodrigues, historiador do movimento operário, “afirma que a primeira tentativa de comemorar o 1º de maio foi em 1894, em São Paulo, por iniciativa do anarquista italiano Artur Campagnoli. Aquela iniciativa foi frustrada pelas prisões desencadeadas pela polícia. No entanto, na década seguinte, iniciaram-se as comemorações do 1º de maio em várias cidades, sendo publicados vários jornais especiais dedicados ao dia dos trabalhadores e números especiais da imprensa operária comemorando a data. São Paulo, Santos, Porto Alegre, Pelotas, Curitiba e Rio de Janeiro foram alguns dos centros urbanos onde o nascente sindicalismo brasileiro todos os anos comemorava esse dia à margem da legalidade dominante.”
No entanto, é preciso muito cuidado: “Hoje, a classe dominante, nos seus diversos segmentos, quer comemorar essa data, sem mencionar e sem relembrar as fortes lutas que levaram à redução da jornada de trabalho e à conquista de outros direitos trabalhistas”, concluiu Paulo Bomfim.
Tratado do tema: “Copa 2014: quem ganha e quem perde com a sua realização?”, o Presidente do PT são-sebastiãoense, Dimas Francisco, concluiu que, apesar das compreensíveis críticas, a realização da Copa do Mundo a partir de 12 junho próximo tratará o saldo positivo para a população brasileira. “Só a maldade da oposição político-eleitoral, especialmente PSDB, DEM e PPS, torce para o Brasil perder a Copa”, disse.
E concluiu que “ela (a oposição) torcia para a Copa do Mundo não acontecer no Brasil, mas essa triste opção foi descartada, após o Brasil realizar com sucesso e ganhar a Copa das Confederações no ano passado” a Presidenta Dilma ter encarado a parte legítimas das manifestações populares com naturalidade. Além de ter atendido parte das legitimas manifestações, como o fato de propor uma Constituinte Exclusiva e Soberana”, concluiu.
Focando o tema: “Direito Sindical: imposto sindical e contribuição sindical assistencial para que e a quem serve?”, Paulo Bomfim informou que a estrutura sindical brasileira: sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais são mantidas com dinheiro dos trabalhadores em geral.
O financiamento dessas estruturas sindicais, que essencialmente defendem os interesses da classe trabalhadora, apesar de alguns costumeiros problemas, vem de duas fontes de recursos: 1 - imposto sindical, que é obrigatório e cobrado de trabalhadores empregados, autônomos e profissionais liberais todos os anos, em uma só vez e em época variadas, sendo o valor estabelecido pela própria lei, consoante dispõe a Consolidação da Leis do Trabalho (CLT). O imposto sindical é pago considerando a participação de trabalhador em alguma categoria profissional e não a condição de associado a algum sindicato; 2 – contribuição sindical assistencial (CSA) é paga pelo trabalhador que é associado ao sindicato de sua categoria profissional. Ao contrário do imposto sindical, a CSA só é cobrada de alguém que é filiado a algum sindicato. O valor da CSA é fixado pela Assembleia Geral de cada sindicato e a partir daí devido por todos os filiados, sendo cobrada mensalmente, por desconto na respectiva folha de pagamento.
“Enfim, apesar de não ser obrigatória, torna-se muito importante que cada trabalhador ou trabalhadora se filie ao sindicato da sua categoria profissional, face à necessidade de fortalecer cada instituição e as lutas por melhores e maiores direitos trabalhistas, concluiu Paulo Bomfim.
Alertou, também, que a categoria econômica – a dos patrões – também paga o imposto sindical e a contribuição sindical assistência. No entanto, há um forte e, estranhamente, silenciado problema: os valores pagos pela classe patronal são repassados ao custo dos produtos.
Assim, “a classe trabalhadora termina também pagando o financiamento da estrutura sindical patronal. Portanto, nós – os trabalhadores e as trabalhadoras – pagam duas vezes. Uma, enquanto trabalhador e outra enquanto consumidor”, disse Bomfim.     
Finalmente, senhores Trabalhadores e senhoras Trabalhadoras, recebam os sinceros parabéns do PT.
Publicação: http://ptssal95.blogspot.com.br/2014/05/saosebastiao2014-minisseminario-debateu.html

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