sexta-feira, 15 de novembro de 2013

SAÚDE - MAU GERENCIAMENTO MUNICIPAL SOBRECARREGA A PROMOTORIA E JUSTIÇA

DESTA COMARCA, face à necessidade de promover reiteradas providencias judiciais para garantir o direito fundamental da população à saúde.

Que a situação dos serviços municipais de saúde está precária em todos os municípios brasileiros não há dúvidas. Todavia, a intransparência municipal e a infiscalização legislativa permitem à população fazer muitos questionamentos sobre como é gasto o dinheiro municipal na política pública de saúde.

Entre janeiro e outubro de 2013 já são quase R$5 milhões, repassados pelos governos, Estadual e Nacional, além do valor decorrente da arrecadação própria municipal.

O mau atuar do Município e da Câmara Municipal acarreta uma enorme sobrecarga à já atarefada Promotoria de Justiça desta Comarca. A população procura a Promotoria de Justiça para ter acesso a remédios e a exames médicos urgentes.

Para fazer o Município cumprir a legislação e garantir os exames e os remédios, a Promotoria de Justiça tem promovido diversas providências. Uma dessas providências é dar entrada na Justiça Estadual com processos judiciais de Ação Civil Pública.

Nesses processos, normalmente, a justiça tem deferido o pedido de liminar – uma decisão de caráter urgente – para que a população não sofra ainda mais ou mesmo não venha a falecer desassistida pelos serviços de saúde.

Segundo uma das pessoas ouvidas e que foi beneficiada com uma das liminares, “o que têm o promotor e a juíza de sensíveis falta à Secretaria de Saúde”. Ainda, segundo ela, o médico que a atendeu também tem essa compreensão.

A pessoa não quis identificar-se por entender já sofrer perseguição. Quando indagada, respondeu: “não fui pedir voto para ninguém, mas votei nele”, referindo-se ao prefeito Charles Requeira.


>José Paulo do Bomfim – são-sebastiãoense e Conselheiro de Controle Social pelo segmento da sociedade civil; texto escrito e divulgado em 15 de Novembro (Data da Proclamação da República) de 2013.

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