sábado, 29 de junho de 2013

INTRANSPARÊNCIA E MALVERSAÇÃO DE DINHEIROS INDICIAM E MARCAM, FORMAL E MATERIALMENTE, O MAU GERENCIAMENTO DO ÚLTIMO ANO DA 3ª GESTÃO DO PREFEITO ZÉ PACHECO – Parte3

Na tabela abaixo fique ciente da movimentação financeira de São Sebastião, em 2012 e a compare com as dos demais exercícios, apesar do Prefeito e dos vereadores esconderem as informações.


Fonte: com dados da STN -  Imeio: ongdeolhossl@bol.com.br;  Blogue:www.onguedeolho.blogspot.com.br;
Produção: Ongue de Olho em São Sebastião – Redação: Paulo Bomfim: data: 30-05-2013.


Chega ao fim o 4º ano da 3ª gestão do médico e prefeito Zé Pacheco. As irregularidades, formais e materiais, continuaram. Necessária uma reflexão sobre o porquê de más gestões de pessoa bem escolarizada. Ponto de fundamental importância porque se o gestor for semialfabetizado, mesmo cercado por pessoas bem escolarizadas, o discurso ser de que a gestão não tem qualidade por faltar conhecimento técnico. Mas, praticamente, omite-se a falta de vontade política.
Na 1ª gestão, em respostas às críticas, dizia-se que faltava experiência. No 2º mandato, informava-se que a causa era o despreparo de servidores. Discurso feito por diversos prefeitos, procurando justificar as irregularidades. Como era uma fala inverídica, logo caiu em desuso. No 2º ano da 3ª gestão, dizia-se que as irregularidades aconteciam porque o então Presidente da Câmara mandava em tudo e porque o Prefeito d’então não ficava no Município.
Às críticas no 3º ano da 3ª gestão, respondia-se com falas sobre uma suposta diminuição de dinheiros municipais. Inverdades também ditas pela Ama, como algumas entidades e parte da imprensa demonstraram. Em conversas sobre as perspectivas do 4º ano da 3ª gestão percebia-se que ninguém duvidava do péssimo resultado que a gestão continuaria a produzir. Tinha-se a certeza que o dinheiro seria canalizado para o processo eleitoral. Fato confirmado durante a eleição, que se tornou objeto de uma longa disputa judicial eleitoral entre as duas candidaturas. 
A má qualidade em que vive, convive e sobrevive a população decorre de descompromissos, administrativos e legislativos, nos 53 anos de emancipação político-administrativa municipal. As reconhecidas consequências da má qualidade de vida atinge a todos. Adeptos da gestão e seus opositores. Todos sofrem com a falta de políticas públicas ou a precariedade das existentes. Mesmo a grande maioria da população situacionista não vive, convive ou sobrevive da garantia dos direitos ou do direito a ter direitos, mas de constantes “favores”, que acabam humilhando até pessoas que são aliadas à gestão, e refletiram na pequena diferença eleitoral entre as duas candidaturas na última eleição.
  As leis dizem que o Balanço Municipal deve estar à disposição da população na Secretaria Municipal de Finanças e na Câmara Municipal, durante todo o ano, e na internete. Nem a Prefeitura e nem a Câmara cumprem com os respectivos deveres. Intransparências, administrativa e legislativa, são regra, tristemente. Sem acesso ao balanço, a população fica impedida de exercer o seu direito-dever de fiscalizar os dois poderes municipais.
As constituições, Nacional e Estadual, bem como a Lei Orgânica Municipal, dizem que a Câmara deve amplamente divulgar que a prestação de contas está à disposição da população, por 60 dias, antes de remetê-la ao Tribunal de Contas. No referido prazo, qualquer pessoa, física ou jurídica, pode escrever texto fazendo questionamentos sobre a qualidade e quantidade ou outros quaisquer aspectos dos gastos municipais.
Como a Câmara não cumpriu a lei também nesse aspecto, esta Ongue foi ali protocolizar ofícios pedindo uma cópia do balanço e a ampla divulgação das informações à população. Mas... Acredite! O Presidente da Câmara, advogado Afonso Pacheco, recusou-se a receber os ofícios. Imagine entregar a cópia e a fazer a ampla divulgação? Então, a Ongue imediatamente protocolizou representações na Promotoria de Justiça desta Comarca e no Ministério Público de Contas do Estado, e aguarda as providências das referidas instituições.
Em provisória análise a informações financeiras oriundas dos governos, Nacional e Estadual, via internete e respectivos diários oficiais, vê-se que São Sebastião é o 9º município a mais movimentar dinheiro entre os 102 existentes. A informação só não é a mais exata porque o Prefeito e a Câmara negam acesso ao balanço e escondem as informações da sociedade. Assim, quando o Ministério Público fizer o Município cumprir a lei e divulgar-se a prestação de contas, a informação poderá ser modificada, com valores para mais ou para menos. Nesta região, a movimentação financeira de São Sebastião só é inferior a de Penedo e a de Arapiraca.
Daí, a atitude de cada pessoa para mudar essa realidade deve ser “tematizar”, “problematizar”, “dramatizar”, “debater” as questões municipais e realmente “responsabilizar” os produtores dessa triste situação municipal, obedecendo-se a lição de Soraia da Rosa Mendes.
Portanto, precisamos deixar a vergonha ou o medo para trás e dizer não à continuação do sofrimento e do desrespeito que tanto prejudicam a população são-sebastiãoense.
Vamos agir?
Publicada em www.onguedeolho.blogspot.com.br/2013/06/saosebastiao2013-gestao-2009-2012.html

CADA VEREADOR CUSTOU R$150.822,27, EM 2012 – Parte2



Continuando o debate sobre o Balanço Municipal (BM), nesta parte2 falemos sobre o Custo dos Vereadores (CV)”, em 2012. O CV é apurado dividindo-se o duodécimo repassado pela Prefeitura à Câmara Municipal (CM) e o montante gasto pela mesma. O CV de São Sebastião é um dos maiores entre os 102 municípios alagoanos. Essa situação explica o fato dos vereadores esconderem a prestação de contas e também não fazerem a fiscalização dos gastos da Prefeitura, gerando uma má qualidade da atuação parlamentar. 
Quando se comenta sobre as questões político-administrativa-legislativas do município, uma das questões mais focadas é o custo da CM para a sociedade. A prefeitura e a CM não cumprem a Lei Orgânica Municipal (LOM) e outras normas que determinam a esses órgãos municipais colocar a prestação de contas à disposição da população o ano todo, possibilitando acesso e análise da mesma. As contas devem ficar na CM e na Secretaria Municipal de Finanças.
As informações podem ser obtidas com qualquer parlamentar, pois eles têm uma cópia de cada Balanço Municipal (BM). Nesse documento estão os valores recebidos e gastos. As informações do BM permitem à população saber com o quê foi gasto, com quem, quanto e como. São informações públicas, mas que são escondidas, exatamente para não espantar a quem paga a conta.
Também cabe a cada partido político, ongue, oscip, associação comunitária, igreja, rádio, blogue, saite etc. fazer a ampla divulgação das questões orçamentárias e lutar para que os respectivos filiados e filiadas, bem como a população em geral, tenham conhecimento das informações.
Como a Prefeitura e a CM não dão acesso ao BM, utilizam-se as informações da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que podem sofrer pequenas alterações quando o BM for divulgado espontaneamente pelos dois poderes municipais ou por ação do Ministério Público Estadual ou o de Contas.   
Em 2012, o duodécimo repassado pelo Município à CM foi de R$1.357.400,00. Então? Para se perceber o alto custo da CM são-sebastiãoense basta comparar com os gastos de outros setores municipais: Secretaria de Agricultura: R$529.360,95; segurança pública municipal: R$00,00; assistência à criança e à adolescência: R$368.688,34; Assistência à Pessoa Idosa: R$1.530,00; Assistência à Pessoa com Deficiência: R$1.480,00; Desporto e Lazer: R$312.860,23. Mesmo quanto a estes valores inferiores, existem fortes dúvidas se os mesmos foram realmente gastados e mais ainda corretamente. Apesar de tantas casas de taipa, choca o valor gasto com habitação: R$00,00; ninguém duvida que as propagandas da gestão são muitas, mas existem fundados indícios de fraudes, pois os gastos com comunicação foram: R$00,00; Gestão ambiental: R$00,00.
Se a CM gastou tanto, qual foi, então, o custo de cada vereador e vereadora?
É uma simples equação matemática. Divide-se o valor repassado pelo Município pelo então número de vereadores, encontrando-se o custo anual de cada parlamentar: R$1.357.400,40 : 9 = R$150.822,27. O custo anual dividido pelo número de meses do ano gera o custo mensal de cada parlamentar: R$150.822,27 : 12 = R$12.568,52.
O custo do parlamentar é um debate que ganha corpo em todo o país, pois é superior ao custo de uma médica, motorista, professora, assistenta social, gari, odontóloga, vigia etc., sendo essa situação acontece em São Sebastião e na grande na maioria dos municípios alagoanos. Quando você tiver acesso ao BM, não se esqueça de fazer a comparação.
Eis a explicação para o esconderijo das informações da população e a não citação de valores, inclusive por parlamentares de oposição, na maioria das câmaras.
No entanto, você também tem o direito-dever de concretizar a sua cidadania, agindo e exigindo a divulgação das informações, debatendo-as com a população.

Fonte: com dados da STN – Produção: Ongue de Olho em São Sebastião
Redação: Paulo Bomfim: Data: 30-05-2013
Publicada em www.onguedeolho.blogspot.com.br/2013/06/saosebastiao2013-quanto-custaram-os.html