Em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, o Partido
dos Trabalhadores, em
São Sebastião , realizou um debate com filiados e filiadas, e
simpatizantes sobre a Proposta de Emenda Constitucional número 37, que se
encontra em tramitação no Congresso Nacional.
Historiando: a Pec-37 é de autoria conjunta de vários deputados e só
não teve o apoio de parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Foi
uma iniciativa do deputado nacional Lourival Mendes, filiado ao Partido Trabalhista
do Brasil, no Maranhão (PT do B-MA). Tem por objetivo acrescentar “apenas” um
parágrafo 10 ao artigo 144 da Constituição Nacional. Este artigo 144 trata das
competências investigatórias das polícias judiciárias. Se aprovada a Pec-37 pelo
Congresso Nacional, a investigação criminal passar a ser uma ação de
competência PRIVATIVA das polícias civis dos 26 Estados-membros, e do Distrito
Federal, bem como da Polícia Federal. Nesta última hipótese, quando a
investigação criminal envolver algum órgão nacional, tráfico de entorpecente, ou
abranger situações interestaduais. Em razão de tornar a investigação criminal
algo privativo da polícia judiciária – isto é: só as polícias civis poderão
fazer alguma investigação – a Pec-37 passou a ser chamada de “a PEC da
impunidade”. A Pec-37 iniciou a sua
tramitação em 08-06-2011 e recebeu as assinaturas de 255 deputados e deputadas
nacionais, sendo 207 assinaturas válidas. DE ALAGOAS, tem o apoio dos deputados
federais: Arthur Lira (PP), Givaldo Carimbão (PSB) e Renan Filho (PMDB), bem
como da deputada federal Rosinha da Adefal (PT do B), segundo informações da
Secretaria-Geral da Câmara Nacional. O relator da mesma é o deputado Fábio Trad
(PMDB-MS).
O debate no PT concluiu que o que está em discussão é um retrocesso
para a recuperação da absoluta competência - o poder investigativo criminal - dos
delegados das polícias, Nacional e Estadual. Se aprovada pelo Congresso
Nacional, a Pec-37 retirará o poder investigativo simultâneo e conjunto (as
tais “Força Tarefa”) do Ministério público, da União e dos Estados, bem como de
outros órgãos, como o Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras), a Receita Federal (RF do B), o Banco Central do Brasil
(Bacen), o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) etc..
Em verdade, o simultâneo ou o concomitante ou o conjunto poder
investigativo de delegados de polícia e de promotores de justiça é que resultou
na prisão de muita gente graúda, a partir da gestão do ex-presidente Lula e da
atual Presidenta Dilma Vana Rousseff.
Respondendo a pergunta: “QUEM É OU QUEM SÃO OS CULPADOS PELA IMPUNIDADE?”,
o debate concluiu que a culpa é de todos nós, pois a segurança pública é
dever-direito do Estado, mas também da sociedade, como diz o artigo 144 da
Constituição Nacional.
Assim, não se pode atribuir a impunidade apenas à polícia civil de
cada Estado e à do Distrito Federal, e mesmo à Polícia Federal. No entender do
debate, os ministérios públicos, Federal e Estaduais, e Distrital, bem com as
justiças estaduais e federais são também culpadas pela construção da
impunidade. E por que não a própria sociedade, que, atuando no tribunal do júri,
absolve praticantes dos mais bárbaros crimes ou de alguém de nós que tem a
coragem de votar em candidato sabidamente criminoso?
No entanto, o debate entendeu que se a Pec-37 vier a ser aprovada
pelo Congresso Nacional, piorarão drasticamente as ações do sistema
investigativo brasileiro, quanto as inúmeras violências praticadas por agentes
políticos ou os crimes contra a administração pública, crimes de
responsabilidade e improbidade administrativa, dentre outras ilegalidades, bem
como daquelas infrações que têm relações com as investigações criminais sobre
as violências contra os direitos humanos.
Ao final, o debate conclama a cada pessoa são-sebastiãoense – e
alagona - a telefonar ou a mandar imeio para os deputados e senadores
alagoanos, dizendo que é contra a aprovação da Pec-37 e que deve continuar,
sim, o poder investigativo criminal simultâneo ou concomitante ou conjunto das
polícias e dos ministérios públicos, e de outros órgãos. Assim, talvez, a
impunidade seja combatida por todos e todas nós.
Assinado: A Diretoria do PT de São Sebastião, Alagoas
>Texto inicialmente elaborado e divulgado em
01-05-2013 e atualizado em 04-05-2013
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