segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Presidenta ou a Presidente tem uma X na questão

Desde a possibilidade de eleição de Dilma Vana Rousseff começou um debate, “até sem muito sentido” para alguns poucos e muitíssimo interessante para maioria dos mortais.

Com a história de termos a primeira mulher no comando da República até esquecia-se que já tivemos outra mulher no comando do Brasil.

Desvendando o mistério, li algumas argumentações e em um desses textos o autor indagava mais ou menos assim: se já tivemos uma Princesa e não uma Príncipe, por que não termos uma Presidenta ao invés de uma Presidente?

Seria, então, uma espécie de machismo republicano?

Fui pesquisar e deparei-me com a “lei de gênero” dos cargos públicos. A Lei Nacional nº2.749, de 05/04/1956. Projeto do senador Mozart Lago, sancionado pelo então mineiro, como tu, Dilma, Juscelino Kubitschesk de Oliveira, que a promulgou e a publicou quando as mulheres começaram a ocupar fortemente as denominações profissionais e os cargos públicos.

“Adiantadíssima” e muito criticada por conservadores e machistas, mesmo por muitas mulheres, a citada lei diz que a questão de gênero prevalece nos cargos públicos e nas denominações profissionais. Daí juíza, professora, fraudadora, delegada, presidiária, enfermeira, funcionária, médica, promotora, soldada, empregada, reitora, caba, bandida, maconheira, trabalhadoras etc..

Aliás, sempre ouvi falar em a esposa e não em a esposo; em a viúva e não em a viúvo. Em ... E não em ...

Portanto, a partir de agora e sabendo que nas palavras terminadas em “ente” não se adquiriu o costume de flexioná-las em gênero, as minhas cartas irei dirigi-las à presidenta Dilma Vana Rousseff, desconfiando, que estarei legalmente garantido, apesar das demais concepções ilegais, mas tão legítimas, como a Presidenta.

Eita positivismo arretado!

Até porque por volta de 1899, final do Século XIX, o meu amigo Cândido de Figueiredo já consignava em seu Dicionário: Presidenta, mulher que preside, neologismo; feminino de presidente. Algo histórico, como diz determinada jurista, os fatos existem e a lei os regulamenta.

Por conseguinte, senhora ex-candidata, dentro do possível, fiz sua campanha nos dois turnos e neles votei com prazer em Vossa Excelência, pois acredito na vossa gestão e nas das nossas ministras ou seriam as ministros da Presidenta?

Por que, então, a discórdia?

Sei não!

Mas...

Desconfio que seja algo bem machista, como qualquer violência contra, você, mulher.

Aliás, por que, então, não dizer a homem?

Aleluia!

Daí: Feliz Ano Novo para você que lê essas coisas...

>Produção: Ongue de Olho em São Sebastião
Contatos – imeio: ongedeolhoss@bol.com.br – blogue: onguedeolho.blogspoto.com.
Redação: Paulo Bomfim - Integrante desta Ongue, do PT, da Abraço-AL, do Foccopa e das lutas
Teve atualização

Nenhum comentário:

Postar um comentário