Audálio era uma das referências na luta pelos
direitos humanos e foi uma das principais vozes a denunciar as torturas e os
assassinatos, durante a ditadura civil-militar.
Audálio Dantas faleceu ontem, 30, em São Paulo, quando e onde iria completar 89 anos de idade.
Em 1975, como Presidente do Sindicato dos
Jornalistas do Estado de São Paulo, denunciou o assassinato do também jornalista
Vladimir Herzog, por torturadores.
Naquela época, a ditadura civil-militar dizia que o
jornalista Vladimir havia se suicidado.Todavia, a perícia realizada constatou
a mentira e atestou o assassinato.
Em 1981, Audálio Dantas foi agraciado com Prêmio de
Defesa dos Direitos Humanos, concedido pela Organização das Nações Unidas, (Onu),
em razão de suas lutas pela dignidade humana e pela liberdade de todos e de todas
nós.
Audálio Ferreira Dantas era alagoano, de Tanque d’Arca, e deixa viúva e 4 filhos. Também era escritor.
Como jornalista trabalhou em diversas revistas e
jornais, e também foi Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).