segunda-feira, 16 de junho de 2025

FAZEDORAS E FAZEDORES DE CULTURA PRECISAM

 SE ORGANIZAREM EM CADA MUNICÍPIO

Com a publicização dos altos montantes dos dinheiros culturais, pela PNAB (Política Nacional Aldir Blanc²) e pelo Orçamento Municipal (ou LOA), e a incorreta utilização deles, em muitos municípios alagoanos, e considerando a completa desorganização das classes artísticas, e até mesmo a omissão de organizações dessas categorias em alguns municípios, muita gente tem perguntado a este Foccomal como as mais diversas pessoas fazedoras de cultura se organizarem?

Como a popularização desse debate é muito recente, não há uma específica regulamentação ou uma espécie de “receita” para indicar a alguém.

Porém, sugere-se a organização de uma dos 2 tipos “informais” de organização a seguir. Isto é muitíssimo importante, pois a pessoa sozinha praticamente não resolve alguma questão:

>”Fórum Cultural de Artistas e de Assemelhados no Município Irapuí” (FCA²)

Em São Sebastião, Município localizado no Agreste alagoano, organizou-se a “CA³+ (Comissão de Artistas, Artesãos e Artesãs, e Demais Fazedores de Cultura) no Município São Sebastião”, que funcionou bem.

Assim, as ações promovidas pela CA³+ possibilitaram aberta e publicamente debater os montantes dos dinheiros que chegaram, os valores já liberados [R$2 mil, para 60 pessoas físicas (artistas etc.)  e R$20 mil para pessoas jurídicas (entidades etc) ou R$220 mil], bem como publicizar e debater a liberação do saldo original, acrescido dos juros, chegando a pouco mais de R$65 mil ou cerca de R$2.150,00, para 30 pessoas físicas, montantes que estão em procedimento de liberação pela SemCult (Secretaria Municipal de Cultura).

Por fim, há cerca de 15 dias a CA³+ já esteve reunida com o MinC (Ministério da Cultura) debatendo os valores dos futuros montantes, “público alvo” ou pessoas que podem receber os dinheiros, as liberações, publicação e publicizações, politização e tematização etc..


>Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas - Foccomal
Redação: Paulo Bomfim – Integrante do Foccomal

sexta-feira, 13 de junho de 2025

OLHO D’ÁGUA GRANDE - DINHEIROS DO FNDE E DO FUNDEB EM 2025

Considerando a matéria anterior, publicada em PARTIDO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS SÃO-SEBASTIÃOENSES: OLHO D’ÁGUA GRANDE E DINHEIROS DO FNDE EM 2024, que trata dos dinheiros do  FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) em 2024, para o Município Olho d’Água Grande, algumas pessoas perguntam sobre o dinheiro da merenda escolar, em 2025, para àquele Município, que, por faltar a prestação de contas da Semed (Secretaria Municipal de Educação), não foi repassado pelo Governo Nacional?

Essas informações deveriam ser divulgadas e publicizadas pelo CAE (Conselho de Alimentação Escolar) e por cada vereador ou por cada vereadora, além da própria Semed. 

Estas entidades informam os valores repassados, quanto à questão se são muitos ou poucos os dinheiros que vêm, cabe à própria população e as lideranças dos diversos segmentos sociais avaliarem e publicizarem a respectiva opinião. 

Assim, em 2025, os repasses do Governo Nacional já abrangem 5 programas educacionais, cujos dinheiros já somam R$759.729,15, até o 30 de maio.

Cada um dos 5 programas educacionais repassam um respectivo valor, que pode ser mensal ou ser anualmente.

>PROGRAMA DE TRANSPORTE ESCOLAR, R$53.533,86, que é por 3 segmentos educacionais, sendo eles: R$33.849,23, para o Ensino Fundamental, R$17.184,99, para o Ensino Médio, R$2.499,64, para Educação Infantil.

>MAIS CULTURA, ATLETA NA ESCOLA E ESCOLA SUSTENTÁVEL, R$42.317,03, para 7 escolas, sendo a Euclides Boia, R$11.128,00; a Anália Tenório, R$15.587,03, e Tarcísio de Jesus, R$3.686,00, por exemplo, etc..

>SALÁRIO EDUCAÇÃO MUNICIPAL, R$493.114,72;

>PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA, R$41.135,00, para 11 escolas, sendo uma delas a Francisco Bezerra de Araújo, que recebeu R$4.655,00, e mais 10, sendo que 3 dessas foram mencionadas na matéria anteriormente publicizada, que pode ser consultada o endereço virtual acima.

>PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, R$129.628,54, que são repassados por 5 segmentos educacionais, sendo R$61.713,54, para o Ensino Fundamental, R$15.680,00, para o Ensino Pré-Escolar, R$43.356,50, R$6.507,50, para Creche, e R$2.211,00, para Auxílio AEE (Atendimento Educacional Especializado).

Além desses dinheiros do FNDE, há os milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), que, em 2025, já somam R$8.182.896,03, que em 2024 somou cerca de R$17.711.947,57

>Produção: Fórum de Controle de Contas Municipais em Alagoas – Foccomal
Contatos - Imeios: ongdeolhoss@bol.com.br – ptssal@bol.com.br
Redação: Paulo Bomfim – Integrante do Foccomal, Abraço-AL e PT-SS

 

terça-feira, 10 de junho de 2025

PNAB¹-2 – AS BAGUNÇAS ADMINISTRATIVA E ORÇAMENTÁRIA REINAM

EM MUNICÍPIOS

Mencionados neste texto. 

Todavia, para se evitarem repetições sobre diversas situações, sugere-se, inicialmente, à cada população ou a quaisquer pessoas interessadas, a leitura da matéria “DINHEIROS CULTURAIS SÃO MUITOS, MAS COMO FORAM OU SERÃO UTILIZADOS EM SEU MUNICÍPIO?, publicada ainda em 2024 no endereço virtual: https://onguedeolho.blogspot.com/2024/09/pnab-1-dinheiros-culturais-sao-muitos.html.

 

Neste texto, se tratará de aspectos que procuram demonstrar a necessidade de a população e de lideranças dos diversos segmentos sociais acompanharem cada administração municipal. 

 

Inclusive pessoas que pretendem seguir a carreira político-eleitoral em cada município. Sem esse real, efetivo e constante acompanhamento, não há como alguém ter comprometimento para alterar, e para melhor, as condições sociais de cada população, se vier a ganhar alguma eleição.

Exemplificando, durante a viagem aos mencionados municípios, em 3 deles foi perguntado a 3 candidaturas, 1 masculina e 2 femininas qual o valor que havia chegado pela PNAB¹ e quanto havia no respectivo orçamento para o sistema cultural. 

Infelizmente, as 3 respostas foram negativas. Para piorar, uma das candidaturas não sabia sequer que havia um orçamento para a cultura.

Na tabela abaixo, releia os dinheiros da PNAB¹ e mais os dinheiros aprovados na LOA-204 para a cultura. Onde está consignado “S-I (?)” é porque não foram encontrados em cada Portal de (In)Transparência das respectivas administrações. 

Município

PNAB¹

LOA-2024

Porto Real do Colégio

169.421,89

7.248.000,00

São Braz

67.172,15

S-I (?)

Olho d’Água Grande

56.678,56

2.618.826,85

Campo Grande

81.999,05

S-I (?)

Girau do Ponciano

315.895,43

4.856.903,35

 As administrações são caóticas, no geral, quase sem exceções. Não praticam a transparência legislativa, mesmo com ações do Ministério Público Estadual nesse sentido. 

Com a chegada das leis nacionais Paulo Gustavo e Aldir Blanc 1 e 2 têm 2 espécies de dinheiros para a cultura. 

Os dinheiros de cada LOA, conforme aprovado por cada Câmara, no entendimento de muitos estudiosos é de aplicação obrigatória em montante proporcional ao da arrecadação e até o montante da dotação orçamentária, por ser o orçamento uma lei e, portanto, de cumprimento obrigatório. 

E para outros estudiosos são dinheiros discriciónários, e, aparentemente, sempre remanejados para outros interesses da administração e mesmo assim só podem ser gastos em conformidade com o interesse da população ou público.

A outra espécie de dinheiros de cada edição da PNAB são dinheiros considerados "verba carimbada" ou dinheiros vinculados a fins específicos, como os da saúde e os da educação. Em princípio, essas 2 espécies de dinheiros para a cultura abarcam praticamente a todas as administrações, como a do Município São Sebastião, por exemplo, como pode ser lido e impresso na matéria publicada em  https://ptssal.blogspot.com/2025/01/sao-sebastiao-mobilizacoes-denunciam.html

 Por conseguinte, em 5-6-2025, à noite, em reunião com o MinC (Ministério da Cultura), em Arapiraca, com comunidades culturais de diversos municípios dessa região, verificou que a administração de Girau do Ponciano ainda não havia sequer regularizado a entrega da sua DCA (Declaração de Contas Anual) de 2024, bem como do RREO (Relatório Resumido de Execução Orçamentária) do 6º Bimestre, além do Siope e do Siops.

 Mesmo nos desatualizados e incompletos portais, registre-se, se teve acesso a 3 LOAs e nelas constataram-se que, para 2024, havia altos dinheiros para a cultura, mais os dinheiros da PNAB¹, que são créditos orçamentários adicionais, suplementares ou especiais, a depender de cada LOA aprovada ainda em 2023.

 No Portal de (In)Transparência de São Brás, onde há um bom museu merece a sua visita, não se localizou na LOA-2024 e no aparente inexistente QDD (Quadro Demonstrativo de Despesas) a dotação(dinheiros) para a cultura.

 Há também uma discrepância entre as informações oficiais na DCA, que diz que o gasto cultural foi de R$1.682.888,00 e o RREO do 6º Bimestre (ou dos 12 meses), que menciona uma dotação atualizada de R$ 920.272,62.

 A situação do Portal de (In)Transparência de Campo Grande não permitiu localizar na LOA-2024 e no aparente também inexistente QDD (Quadro Demonstrativo de Despesas) a dotação(dinheiros) para a cultura. A administração daquele Município também não apresentou nenhum dos 6 RREOs.

Todavia, na DCA a administração informa um pequeno gasto ou investimento de apenas R$194.894,73 ou 9,03 vezes menor que o gasto da Câmara Municipal informado. Para piorar a situação da população a administração não apresentou nenhum Siope e nenhum Siops.

 Assim, reitera-se o apelo para que as classes artísticas em cada município se organizem, bem como a população em geral e suas lideranças. 

Este Foccomal e a Abraço-AL podem ajudar nessa organização, se necessário for, e já têm publicizado os montantes aprovados em cada LOA e os vindos pela PNAB¹, também publiciza os respectivos gastos ou investimentos, situações que trazem muitas surpresas em todos os municípios que já tiveram esses publicizações. 

>Produção: Fórum de Controle de Contas Municipais – Foccomal
Contatos: ongdeolhoss@bol.com.br
Redação: Paulo Bomfim