sexta-feira, 19 de agosto de 2016

BRASIL TEM UMA PRESIDENTA ASSUMIDA E UMA PRESIDENTE COM DESCONHECIMENTO DA EVOLUÇÃO DA LÍNGUA E DA GRAMÁTICA BRASILEIRAS

Lendo ou ouvindo matérias na imprensa e até julgamento em tribunais ou aulas percebe-se a dificuldade de compreensão da questão de gênero, mesmo quando o debate está posto há mais de séculos.

A questão se Dilma é a presidenta ou a presente tornou-se luta machista ou misoginia e não mais uma questão do bom brasileiro ou português.

Como você já leu, ao menos duas vezes, no Blogue desta Ongue  - hhttp://onguedeolho.blogspot.com/2010/12/presidenta-ou-presidente-tem-uma-x-na.html – logo no início do mandato da Presidenta e depois, como forma de chamar a atenção da população são-sebastiãoense para o debate de gênero -  http://onguedeolho.blogspot.com/2016/08/desde-possibilidadede-eleicao-de-dilma.html - a palavra “presidenta” é correta e empregada há mais de dois séculos, na língua brasileira, a ponto de tornar-se dicionarizada há mais de um Século, desde o início do Século XX.

Quando Dilma foi eleita, assumiu que seria tratada por “Presidenta”, afirmando a natureza de gênero e também a feminilidade do maior cargo público brasileiro.

A polêmica começou em razão de não assumidas raízes machistas, pois, apesar de o Brasil ter um percentual maior da população e do próprio eleitorado composto por mulheres, nunca alguma delas tinha sido eleita Presidenta.

Apesar de já termos tido uma outra mandatária no País: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, que redentora para com a população negra nunca foi.

A oposição político-eleitoral e até muitas mulheres não gostaram da ideia. Preferem ficar com o machismo social brasileiro, sob o pretexto de que não haveria a palavra presidenta. Todavia, presidenta existe na gramática como na língua e na política brasileiras.

Bem recentemente, a polêmica retornou porque a presidenta do STF (Supremo Tribunal Federal) preferiu se chamada de “Presidente”. Para tal alegou que é “amante” da língua portuguesa, quando, em verdade, deveria ser da língua brasileira, incluída nessa ideia a gramática brasileira também.

A polêmica irá perdurar por mais tempos. Mas um dos mais respeitados e atuais gramáticos brasileiros, diz que a palavra “presidenta” é correta como correta é a presidenta Dilma Vana Rousseff, que, inocente, está prestes a sofrer um golpe parlamentar, via o subterfúgio de um impítima.

A seguir leia matéria da revista Fórum sobre a questão:Professor Pasquale corrige Cármen Lúcia: ‘presidenta’ está correto

Ministra rejeitou ser chamada de “presidenta” do STF; Pasquale Cipro Neto explica por que a expressão é considerada correta segundo as normas da língua portuguesa
 
A ministra Cármen Lúcia, que assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), disse não querer ser chamada de “presidenta”. “Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa. Eu acho que o cargo é de presidente, não é não?”, argumentou durante uma sessão da última semana.

No entanto, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira (18), o professor de Português Pasquale Cipro Neto contestou a explicação da ministra e afirmou que o termo “presidenta” está correto. “Na sua edição de 1913, o dicionário Cândido de Figueiredo registra ‘presidenta’, como ‘neologismo’. Um século depois, esse ‘neo-‘ perdeu a razão”, observou.
 
“A edição de 1939 do ‘Vocabulário Ortográfico’ registra o termo. A última edição de cada um dos nossos mais importantes dicionários e a do ‘Vocabulário Ortográfico’ também registram”, prosseguiu.
 
A polêmica em torno da palavra “presidenta” teve início com a eleição de Dilma Rousseff, que preferiu usar essa forma como uma maneira de acentuar a posição feminina, por ser a primeira mulher a presidir o país. Desde então, vem sendo bastante criticada sob a falsa ideia de que a expressão iria contra as normas da língua portuguesa.
 
http://www.revistaforum.com.br/2016/08/18/professor-pasquale-corrige-carmen-lucia-presidenta-esta-correto/

Nenhum comentário:

Postar um comentário