sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

SãoSebastião2015-SãoJosé-1ªATUALIZAÇÃO-HISTÓRICO DA QUESTÃO DO TERRENO NO BAIRRO SÃO JOSÉ



A luta tem sido grande! – 1ª atualização
Com a mobilização da população e com as matérias divulgadas na internete, onde podem ser lidas e consultadas (onguedeolho.blogspot.com), e principalmente com a vinda da imprensa à sessão extraordinária, muita gente tem perguntado fatos no sentido de saber mais sobre a chamada e intitulada “Questão do Terreno no Bairro São José”. Assim, resolvemos fazer a seguir um histórico resumo da situação, objetivando situar os fatos temporalmente e facilitar a compreensão e os debates para todos e todas.
1 – Terrenos - ou terreno - foram comprados pelo então prefeito Sertório Ferro, onde ele construiu dois prédios municipais: A Fábrica de Ração (FR) e o Posto de Resfriamento de Leite (PRL), por volta de 2001-2002, bem como as 50 residências que se transformaram na comunidade Barro Branco.
1.1 – Como todos sabem, as 50 casas tornaram-se objeto de brigamício entre Zé Pacheco e Sertório Ferro, quando da transição administrativa de 2004-2005, quanto à inauguração das mesmas.
1.1.1 – O PRL foi construído na área que hoje está ocupada pela residência e comércio do “Quinhentos” ou senhor Elias.
1.1.2 – A FR foi construída na área que atualmente está sem construção alguma e, segundo o Projeto de Lei Municipal nº01-2015, é objeto de troca, com a utilização do artifício de um PLM. Todos os 13 vereadores, as duas comunidades e a população em geral sabem que não tem amparo na primazia do interesse público.
1.1.3 – Os dois prédios municipais foram completamente equipados na época.
2 – Na 2ª gestão do prefeito Zé Pacheco, a partir de 2005, os equipamentos dos prédios começaram a ser retirados e, aparentemente, estão na posse e uso de alguém ou em lugar não sabido pelos moradores das comunidades e pela própria população.
2.1.1 – Na 3ª gestão do prefeito Zé Pacheco o prédio do PRL foi absurdamente destruído, perdendo o seu caráter de prédio de “uso especial”.  Restando apena um “terreno nu”. Os comentários contrários à destruição foram muitos. Todavia, as próprias comunidades do bairro, os fornecedores de leite, e a população em geral não resistiram concretamente.
 2.1.2 – Posteriormente, na referida área foi construída a edificação da residência. Já na gestão do prefeito Charles Regueira foi construído prédio comercial do “Quinhentos”. Não se sabe se a Câmara aprovou as doações ou as vendas dos respectivos terrenos ou se as mesmas foram feitas na “baixa”.
2.1.2.1 – Apenas se tem notícia de que, por volta de junho de 2014, foi afixado no quadro de aviso da Prefeitura o Edital nº01-2014, que tratava de “Inscrições para Doação de Terrrenos do Bairro(sic) Barro Branco”. Com a divulgação do referido edital pela Associação Comunitária, via rádio Comunitária (RadCom) e no saite da Ongue de Olho em São Sebastião, inúmeras famílias procuraram a Secretaria de Assistência Social para fazer a tal inscrição.
2.1.2.1.1 – Mas na mencionada Secretaria as informações eram que não havia terrenos a ser doados e uma servidora, nervosa com a quantidade de gente que ali comparecia para fazer a inscrição, chegou a dizer que “nunca soube desse tal edital”.  “Nunca mandaram isso prá aqui”, arrematou. 
2.1.2.1.2 – Teria o referido edital sido alguma simulação ou mesmo baita fraude? A Prefeitura teria forjado o edital, para enganar a população e dar aparência de legalidade a falcatruas? Com a respostas as autoridades competentes, em especial as de controle e de fiscalização.
2.1.3 – No meado do ano de 2013, rapidamente, foi destruído o prédio da FR, que também foi transformado em terreno nu e, portanto, de uso dominical, como o anterior o PRL.
 2.2 – Com a destruição do prédio da FR, as comunidades passaram a debater o que deveria ser feito ali. Várias reuniões foram feitas. Decidiu-se, então, apresentar aos dois poderes municipais: Prefeitura e Câmara, as reivindicações das duas comunidades. Não foram atendidas e sequer recebidas pelo Prefeito.
2.2.1 – Ante as dificuldades de serem atendidas e até mesmo recebidas pelo gestor, as comunidades protocolizaram na Câmara e na Prefeitura, já em 2013,  emenda legislativa ao projeto da Lei Orçamentária Anual (pLOA) para 2014, na qual propunham que na área fossem construídos uma creche e um posto de saúde, além de outra reivindicações, como os 15 banheiros, sendo 6 na comunidade Barro Branco e 9 na São José.
2.2.1.1 - O teor de cada emenda foi divulgado na bicicleta de som e na RadCom, por diversos dias, e no programa radiofônico “Pajuçara na Hora”, realizado pela rádio Pajuçara FM, em Arapiraca, então apresentado pelo radialista José Rocha. As comunidades chegaram a ameaçar a fazerem uma “Cocozada”, que seria a derramada de fezes e urina defronte à Câmara e à Prefeitura, em razão da não construção dos banheiros, apesar de haver muito dinheiro para tal. Mesmo assim, não foram atendidas.
2.2.1.1.2 – Em 2014, ao pLOA para 2015, a emenda foi renovada, com duas alterações, em relação à anterior.
2.2.1.1.3 – Foi retirada a necessidade de construção de uma residência de alvenaria, em substituição à casa de taipa existente, para a senhora Geilza dos Santos, na rua Marizete Maria da Conceição. No entanto, por irresponsabilidade do Prefeito e dos vereadores da época, a referida senhora veio a falecer, sem ter morado em uma almejada “casinha de tijolo”, como ela se referia à pretendida residência.
2.2.1.1.4 – Na emenda legislativa ao pLOA-2015, incluiu-se a necessidade da construção de uma área de lazer ou praça ou “mesmo uma área verde”, como alguém da comunidade sugeriu. No entanto, a emenda sequer foi debatida e menos ainda subscrita por algum dos nossos 13 vereadores.
3 – Agora vem uma irresponsável e ilegal tal “troca”, que passou a receber concreta resistência das referidas comunidades, como todos já sabem, por intermédio da Comissão de Cidadania e da Associação Comunitária do referido Bairro São José, recebendo apoios de outras entidades e da imprensa. Com essa resistência e, inclusive, o forte questionamento sobre o valor do aluguel, partindo, inclusive de vereadores da oposição, a 1ª edição do PLM foi retirada da pauta da sessão extraordinária, que aconteceria em 29-1-2015.
3.1 – A resistência continuou com a Nota Pública de Protesto sendo divulgada no carro de som e na rádio comunitária. Convocada outra sessão extraordinária, sem nenhuma divulgação à população por parte da Câmara, descobriu-se que o PLM foi alterado, recebendo a sua 2ª edição uma estranha modificação no valor do aluguel, que caiu de R$4383,82 para R$2.400,00, por mês.
3.1.1 – Como o aluguel do imóvel edificado onde funciona a Secretaria Municipal de Agricultura é antigo, sobraram dúvidas sobre qual realmente era ou é o valor do tal aluguel. Além disso, vereadores da oposição questionaram a forma da torna do valor remanescente ao montante de 24 meses de aluguel.
3.2 – Somando-se a resistência efetiva das comunidades, a publicização de parte dos fatos, os debates dos vereadores da oposição e mesmo da situação, bem como a presença do jornal Tribuna Independente e da RadCom, e para não constranger os vereadores que possivelmente quisessem aprovar a também irregular 2ª versão do PLM, a 2ª retirada da mesma da pauta, “sem nenhuma explicação aos vereadores sobre os motivos dessa 2ª retirada”, como denunciou da tribuna o vereador Vando Canabrava, foi a solução encontrada pela administração.    
3.2.1 – Aguarda-se agora o 2º retorno do PLM nº 01-2015 à pauta, possivelmente alterado pela 2ª vez ou aditado também pela “troca” do imóvel edificado onde funcional a sede do Conselho Tutelar, cujo projeto ainda “não veio” para a Câmara, como informou um dos vereadores.
3.2.2 – Para “salvar a convocação da sessão extraordinária”, a administração remeteu às pressas e em um suposto “regime de urgência” dois PLM e um de resolução, que poderiam ter sido mandado desde junho ano passado ou aguardado o retorno do recesso parlamentar, eis que não tinham nenhuma real urgência.  
3.3 – Para quem não conhece o mencionado terreno, algumas informações complementares sobre o mesmo. Ele fica localizado no Bairro São José, na margem direita da Rodovia AL-110, no sentido São Sebastião-Arapiraca, onde está sendo construído mais um posto de combustível, a uns 150 metros da avenida de acesso/saída da cidade na direção de Arapiraca.
3.3.1 - É uma área das mais valorizadas de São Sebastião e que mesmo após ter sido desvalorizada com as destruições dos dois equipamentos (prédios públicos) municipais, foi mais ainda subavaliada pela administração no estranho laudo que produziu.
3.3.2 - A subavaliação municipal foi de R$133.822,15. Mas um comerciante, quando soube do “negócio”, disse que pagará imediatamente R$150 mil e outro disse que dará R$200.000,00, também de imediato, se houver a necessária e legal concorrência ou se lhes for oferecido. A lei determina que a Prefeitura faça uma licitação, na modalidade de concorrência pública, pois já está provado que haverá um melhor preço para esse importante patrimônio público municipal.
3.3.2 – Então, às comunidades prejudicadas, para além da forte luta de resistência que efetivam, resta-lhes pedir o apoio de todos e de todas. A luta continua e é gigantesca, como todos podem claramente perceber.
Assim, pedimos que REMETAM IMEIOS de apoio à justa luta para: contato@saosebastiao.al.gov.br, e cópia para: associacaosaojose.al@gmail.com.
Muito obrigado a todos e a todas!
Comissão de Cidadania
Associação Comunitária do Bairro São José
Texto atualizado em 10-2-2015

Publicação inicial do texto: http://onguedeolho.blogspot.com.br/2015/02/saosebastiao2015-saojose-historico-da.html

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