Pode?”
Por
estranho que pareça, foi isto o que aconteceu na sessão em que foi votada a
questão do Fundef, em 15 de julho.
Ao
contrário de outras, havia muita gente no Plenário daquela Casa legislativa.
Professores que queriam acompanhar a aprovação da divisão do Fundef, atual
Fundeb.
Fiquei
sabendo disso, logo que o Jornal Popular divulgou os fatos ocorridos naquela
angustiante sessão.
Mas...
Durante a
semana fui procurado por uma professora com a pergunta que intitula esta
matéria.
Ante a
aparente dúvida, conversamos mais um pouco e fiquei sabendo que os 4 vereadores
e as 2 vereadoras que faltaram àquela sessão, devem ter assinado a respectiva
presenta sem ali estarem, realmente.
Talvez,
mais uma fraude legislativa.
Segundo
ela, presentes estavam a Presidenta, Ana Pacheco, e 6 vereadores: Vando
Canabrava, Marcone Móveis, Jailton da Serra, Marcelo Porto, Eliton Curtinho e
Neno Isidoro.
Afora as
ausências, mas com os fortes indícios de que as presenças foram registradas,
outro interessante fato, que gerou uma aparente dúvida apareceu.
Um tal
quórum parlamentar!
Como o
objetivo da Presidenta, cunhada do prefeito Zé Pacheco, era não votar o projeto
da divisão do Fundef, a Presidenta começou a dizer que, em face das ausências
de 4 vereadores e 2 vereadoras, a sessão não poderia ser realizada.
Segundo
ela, não havia quórum
Um
bate-boca, então, se iniciou. A Presidenta dizia que não havia quórum e os
vereadores Vando e Jailton, da oposição, e Marcelo, da situação, diziam que
sim.
Como resolver a dúvida? Todos os parlamentares e a Presidenta, bem como a população e os profissionais da educação que estavam no plenário, sabiam como proceder.
Era só
consultar o Regimento Interno (RI) da Câmara.
Daí,
começou a má “Novela Legislativa”, que tinha como enredo e por objetivo
encontrar o atual RI e atual Lei Orgânica Municipal (Lom).
Mas...
Aonde
estariam ele e ela?
A Presidenta, então, dirigiu à Secretaria do Plenário e daí há pouco retornou, dizendo um “não encontrei” o RI. Aí o bate-boca continuou porque, subterfujamente, a Presidenta dizia ter esquecido qual era o quórum. Como ela já tinha sido vereadora, esposa do ex-presidente, vereadora Presidenta e sempre frequentou a Câmara, não havia condições dela esquecer qual era o quórum: 1/3 dos 10 vereadores e das 3 vereadoras – os 13 parlamentares -, conforme determina o artigo 159 do RI.
A Presidenta, então, dirigiu à Secretaria do Plenário e daí há pouco retornou, dizendo um “não encontrei” o RI. Aí o bate-boca continuou porque, subterfujamente, a Presidenta dizia ter esquecido qual era o quórum. Como ela já tinha sido vereadora, esposa do ex-presidente, vereadora Presidenta e sempre frequentou a Câmara, não havia condições dela esquecer qual era o quórum: 1/3 dos 10 vereadores e das 3 vereadoras – os 13 parlamentares -, conforme determina o artigo 159 do RI.
Ou seja,
com 4 parlamentares já existe quórum. Tinham 7 presentes!
Atuando
contra os interesses do professorado, o vereador Éliton Curtinho, tentava
convencer os outros 5 vereadores a adiarem a votação para, segundo ele, quando
estivessem todos e todas “presentes e quórum”.
O
referido vereador, inclusive, é funcionário do Tribunal de Justiça, trabalhando
no Fórum da Comarca de São Sebastião, mas aparentemente não conhecia o RI,
apesar de lidar com legislação a todo momento.
Ante o
impasse, até porque nenhum dos 6 vereadores presentes estavam com o RI, os
debates continuaram. A Presidenta, então, tentou golpear os nobres 6 vereadores
e os profissionais presentes. Disse-lhes que não sabia se realmente o quórum era
aquele ou outro número.
Estranhamente, no entanto, sabia, de cor, qual o teor do parágrafo 3º, do artigo 157, quando ele diz que poderá ser suspensa a sessão, quando houver manifestação de alguma pessoa que estiver no Plenário.
A manifestação de alguns presente tinha ocorrido exatamente porque os presentes estavam percebendo as manobras da Mesa para não votar o projeto do rateio do Fundef.
Estranhamente, no entanto, sabia, de cor, qual o teor do parágrafo 3º, do artigo 157, quando ele diz que poderá ser suspensa a sessão, quando houver manifestação de alguma pessoa que estiver no Plenário.
A manifestação de alguns presente tinha ocorrido exatamente porque os presentes estavam percebendo as manobras da Mesa para não votar o projeto do rateio do Fundef.
A Presidenta
então, retornou à Secretaria, que fica atrás do plenário, sofismando que iria,
mais uma vez, tentar encontra o RI, que havia “sumido” ou sido “aguardado” por
alguém.
De
súbito, nesse momento surge nos debates o Analista Legislativo, editou do
Jornal Popular, Mesbla Kaldas, que além do RI e da Lom, estava também portando
o Código de Ética (CE) da Câmara. Mesbla, então, leu o artigo 159 e passou o RI
ao vereador Vando, que, coriscamente, o levou à Secretaria e à Presidenta.
O repórter
fotográfico e cinegrafista Manoel Avelino a tudo fotografava e filmava,
transmitindo os acontecimentos da sessão no feicebuque, onde poderá ser visto,
em “Comunicador Manoel Avelino”, na referida data.
A
Presidenta, então, retornou ao Plenário e, sem saída e sem mostrar ou ler, o
Parecer de alguma Comissão Parlamentar Permanente, colocou o projeto em
votação. Este foi aprovado por 6 votos: Vando, Marcone, Jailton, Eliton,
Marcelo e Neno.
Agora,
merecidamente, os professores e as professoras receberão uma boa diferença
salarial, que lhes era devida desde o período de 1998-2006, quando receberam a
menor o salário.
>Produção: Ongue de Olho em São Sebastião (Alagoas)
Contatos - Imeio: ongdeolhoss@bol.com.br - Blogue:
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Redação: Paulo Bomfim (Conselheiro Municipal de Controle Social em São
Sebastião)
Data: 22-06-2018
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