DADOS APRESENTADOS FORAM
INSUFICIENTES
Insatisfeito com as informações apresentadas pela
Câmara Municipal de Maceió, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL)
solicitará, novamente, dados complementares que justifiquem as faltas dos
vereadores às sessões parlamentares. Dessa vez, a data limite para o
Legislativo apresentar as justificativas que condizem com o Regimento Interno
da Casa, Lei Orgânica do Município e da Constituição Federal será o dia 27 de
fevereiro.
A promotora de Justiça da Fazenda Pública
Municipal, Marluce Caldas, recebeu a primeira remessa de informações
complementares nesta terça-feira (10), após oficializar a Mesa Diretora da
Câmara de Vereadores no final de janeiro. No entanto, o conteúdo que chegou ao
MPE/AL foi considerado “insuficiente” pela promotora.
Dessa vez, Marluce Caldas pede a lista dos números
de todos os processos de justificativas de falta dos vereadores referente ao
ano de 2014, já que nas cópias dos procedimentos já enviados ao MPE/AL não
constam o respectivo número de protocolo. A promotora também solicita uma
justificativa da Mesa Diretora em relação à ausência de publicação mensal das
frequências às sessões legislativas no Diário Oficial do Município ao longo do
ano passado.
“Precisamos de mais documentos oficiais para
garantir a publicidade e a transparência da assiduidade dos parlamentares à
Casa onde atuam. Não podemos deixar que qualquer tipo de justificativa seja
usada de salvo-conduto para a falta dos vereadores às sessões”, disse a titular
da 14ª Promotoria de Justiça da Capital
Marluce Caldas também lembrou a necessidade de se
comprovar a frequência não só por questão moral, como também devido à aplicação
dos dispositivos legais, que implicam em desconto dos salários e perda do
mandato. Quanto à devolução de quase R$ 150 mil que os vereadores faltosos
ficaram de fazer, o MPE/AL foi informado de que o valor seria dividido em seis
vezes, a serem pagos a partir de janeiro.
Apuração de denúncia
Em procedimento preparatório instaurado pela 14ª
Promotoria de Justiça da Capital, o Ministério Público investiga se as
justificativas das faltas às sessões apresentadas pelos vereadores estão dentro
da lei e se os faltosos devolveram cerca de R$ 150 mil aos cofres públicos em
virtude de terem recebido salários integrais ao longo do exercício de 2014.
Em dezembro, a Câmara Municipal de Maceió divulgou
no Diário Oficial Municipal uma tabela com o número de faltas justificadas ou
não de cada parlamentar. Dos 21 parlamentares, apenas três compareceram a 2/3
das 98 sessões ordinárias no ano passado.
Os demais só não perderam o mandato, conforme prevê
a Constituição Federal, porque tiveram uma grande quantidade de faltas
justificadas. Segundo o documento, o vereador Antônio Holanda Costa, por
exemplo, faltou aos trabalhos legislativos 82 vezes, sendo que em 69 delas
houve justificativa.
A atuação do MPE/AL sobre a Câmara Municipal de
Maceió foi motivada por denúncias do Fórum Nacional de Combate à Corrupção
Eleitoral em Alagoas (FNCCE). O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) também
entrou com uma representação no Ministério Público para que fosse investigada a
frequência dos vereadores.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério Público
Estadual
http://mp.al.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2044:mpeal-solicita-novas-informacoes-sobre-frequencia-dos-vereadores-de-maceio-as-sessoes-da-camara-dados-apresentados-foram-insuficientes&catid=10:noticias-em-destaque&Itemid=6
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