No dia-a-dia, os brigamícios entre ferros e pachecos casam muitos problemas à população e não só mera enganação eleitoral.
A grande maioria dos nossos 49 anos de malezas sociais decorre das más administrações deles.
Os ímprobos Prefeitos ou a omissa Câmara Municipal ou as duas instituições juntas são as grandes responsáveis. Além desses dois grupos, nós, população, também temos a nossa parcela de culpa.
Todavia, a resposta da indagação fica a cargo do Ministério Público e o Tribunal de Contas estaduais, que podem atuar de ofício e até do pessoal do controle interno municipal (e existe?).
A agricultura são-sebastiãoense perpassa e vive com um antigo e conhecido dilema de aparência versus essência no âmbito das administrações municipais. Aparentemente tudo está ótimo.
A realidade é de enorme e de continuado descaso. Em diversas situações os fatos podem ser até crimes ou improbidades administrativas.
Em essência, se a situação estiver má não é por faltar dinheiro.
Lendo as últimas 8 leis orçamentárias anuais (LOAs), descobre-se que a agricultura de São Sebastião conta com muito dinheiro e projetos e escolas agrícolas e centros de capacitação, vacinação e formação etc., e máquinas agrícolas e implementos agrícolas etc.
Talvez só mais ações e forma de como dilapidar o patrimônio municipal.
Mas, o quê as associações comunitárias e os partidos políticos estão a fazer? Por que tanto silêncio? Será que alguém tem culpa em cartório ou seria cumplicidade?
Não se precisa de nenhuma adivinhação para saber como acontece o sumiço do dinheiro municipal e o grave descaso decorrente dos brigamícios pré, per e pós eleitorais.
Segundo Frei Betto, estes são, essencialmente, momentos eleitorais em que as candidaturas partem para ataques pessoais e dissimuladores, por faltar-lhes projetos e compromissos sociais.
Nas terras rendeiras de Nossa Senhora da Penha e do mártir São Sebastião os brigamícios vão além daqueles momentos.
São permanentes, diríamos!
Vamos lá, ou melhor, ali no povoado Sítio Novo, na “Ladeira da Rosinha”. Quando tomou posse, em 2001, o ex-prefeito Sertório Ferro, em rapidez supersônica, regularmente comprou um terreno de 20 tarefas e construiu o Centro Tecnológico de Agricultura Social e Familiar (CETASF).
E pompa não era só nome! Mas um ótimo, bonito e moderno Centro de qualificação e de capacitação para a agricultura familiar.
Não sei se há fotos de lá e tombamentos de seus modernos equipamentos e luxuosa mobília nos arquivos do viúvo, o Município.
Mas, alguém deve lembrar-se!
Sertório, no entanto, esqueceu de combinar com @s possíveis usuári@s do CETASF. Apesar disto, só aplausos!
Pacheco não aguentou tantas festas e loas ao inimigo eleitoral.
Venceu-lhe em seguida na eleição e na construção e acabou com o CETASF.
No entanto, oxalá procurando diferenciar-se do construtor derrotado, na destruição adotou a velocidade de preguiça. Dizem as “más” línguas que é uma tática para machucar ainda mais. Provocar mais lembrança... de ex-poder.
Todavia, como ótimo médico, talvez tenha encampado a idéia de que, afora a súbita morte, todas as demais finitudes são violentas ou vagarosas e, portanto, sofridas.
Muitas delas criminosas e impunes.
Até quando, josé?
Pedindo perdão a ti, pacheco e a tu, ferro, a você, CETASF, prometo lutar para não vê-lo matado pelas más administrações.
Por quê?
Bem...
Não sei se sabes, CETASF, mas sou neto, filho, irmão, sobrinho, tio, primo, cunhado, genro, amigo, alimentado e, também, um ex-agricultor que, passando pelo Mobral e Supletivo, aprendeu a ler e a temer apenas os poderosos, mas desarmados, desígnios de Deus Pai, já respondendo a inquietações que me chegam.
>José Paulo do Bomfim – texto escrito na revolta e na silenciosa madrugada de quarta-feira, 28/01/2009.
PS.: Se há dificuldade de compreensão deste texto, por favor, veja as fotografias em http://ongue.blog.terra.com.br, publicadas com o mesmo em 04/02/2009. Com certeza, elas traduzem melhor a essência da aparência.
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